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Canoagem, que futuro? Opinião [Madeira]

Site AgoraMadeira

Cabe a mim desta vez falar sobre canoagem. Como todas as modalidades da RAM, a canoagem atravessa dificuldades e tem o futuro muito incerto, fruto não só das dificuldades económicas actuais, mas também da ineficácia de uma política desportiva com mérito em alguns casos, mas desenquadrada da realidade em outros, como é o caso da canoagem. A forma vergonhosa como fomos tratados no processo de requalificação de São Lázaro também não ajudou em nada.

Na RAM, nos últimos cinco anos, houve um decréscimo para um terço do número de federados e de praticantes da modalidade. A canoagem nas escolas, na esmagadora maioria dos casos, é inexistente e o pouco que é feito é com pouca qualidade.

O Clube Naval do Funchal, embora continue com presenças assíduas em grandes eventos Nacionais e Internacionais e embora seja o clube com maior expressão Regional nos últimos anos, não ficou imune às dificuldades, pois, além da já expressa pouca adesão de novos praticantes, a canoagem adaptada teve de ser suspensa durante vários meses por falta de condições.

Para além disso, a participação Nacional, que é de extrema importância para o desenvolvimento dos praticantes, é reduzida e em consequência os resultados desportivos têm decrescido de uma forma preocupante. Resta-nos ainda alguma dinâmica na organização de eventos como o Madeira Ocean Race e nas excelentes participações internacionais de David Fernandes e Helena Rodrigues.

Está claro que para continuar a ter nas nossas fileiras canoístas deste calibre muito terá que ser feito não só pela tutela mas por todos aqueles ligados ao desporto, porque muitos falam em alta competição e alto rendimento mas poucos são aqueles que efectivamente sabem o que é, e o quão difícil é trabalhar ao mais alto nível nesta Região, talvez não o saibam por estarmos num Pais onde infelizmente a falta de cultura desportiva abunda.

O futuro só pode ser positivo se houver menos promessas e mais coragem pois sem investimento não há desenvolvimento. A canoagem tem características que permitem a auto-sustentação, mas para isso tem que haver investimento em recursos e infra-estruturas com planeamento e coordenação, de modo a que a canoagem bem como todas as atividades realizadas no mar estejam acessíveis ao maior número de pessoas contribuindo para uma melhor cultura desportiva e para um estilo de vida mais saudável.

Ultimamente tem-se falado muito nas potencialidades do mar que até parece que são recentes, mas não, sempre existiram. Como todos nós sabemos a canoagem em Portugal desenvolve-se a um ritmo alucinante e é já uma indústria de milhões sendo o País mais visitado por canoístas de todo o mundo principalmente canoístas de elite. Nós, por cá, parecemos não muito preocupados com isso visto que para além de promessas que já vêm de há muito tempo (se bem me lembro logo após os jogos Olímpicos de Atalanta de 1996 em que estiveram dois velejadores madeirenses) nada foi feito.

A RAM fez um grande investimento público para oferecer um parque desportivo de qualidade e que fosse de encontro as necessidades das populações mas isso foi só para alguns desportos pois no que diz respeito às actividades náuticas, estas foram esquecidas e tratadas como modalidades de segunda categoria.
A canoagem, além de ser um desporto dos mais completos do ponto de vista motor, é também um desporto muito versátil com diversas vertentes e classes que se pode ajustar às diferentes expectativas da cada praticante; pode ser um desporto individual, um desporto colectivo, praticado em piscina, em pistas, em ondas, em águas calmas e águas bravas, temos muito que explorar e alternativas não nos faltam, o que falta sim são oportunidades.

Para finalizar não posso deixar de referir que para os próximos cinco meses a canoagem do Clube Naval do Funchal tem desafios bem aliciantes, a começar neste mês de Maio no Europeu na República Checa e em Montemor-o-Velho com a primeira Taça do Mundo de Pista realizada em Portugal, passando em Junho pelos Jogos Europeus em Baku, e, por fim, no mês de Agosto as atenções vão todas para Itália onde, em Milão, o David Fernandes e a Helena Rodrigues terão a única oportunidade de obter mínimos olímpicos em K4. Para isso, basta que se classifiquem nos oito primeiros do mundo o que é um feito bem possível de atingir. Espero, sinceramente, que alcancem esse objectivo.

Humberto Fernandes / Coordenador de canoagem do Clube Naval do Funchal

Os problemas da #canoagem na #Madeira – opinião David Fernandes

Foto Cláudia Matos

Cabe-me a mim falar um pouco do desporto no qual sou viciado. A canoagem, como grande parte dos desportos náuticos, está a passar por uma fase complicada. Quando parecia que o número de praticantes iria aumentar, impulsionada pelos grandes resultados dos canoístas madeirenses quer a nível nacional quer internacional, a modalidade acabou por estagnar e o futuro não é risonho. Isto porque alguns clubes acabam por extinguir a modalidade, outros optam por não federar grande parte dos atletas e os que têm um numero considerável de canoístas acabam por vê-los desistir. É compreensível pois os apoios são poucos ou quase nenhuns, as verbas para as participações nacionais são cada vez menores e os nossos acessos ao mar e instalações náuticas estão a regredir.

No que toca a participações nacionais, tornou-se muito difícil conseguir levar grande parte dos atletas porque o orçamento é apertado e o formato de apuramento requer um grande número de federados, o que leva, por exemplo, a podermos ter um atleta de nível mundial impossibilitado de ir aos nacionais, por haver poucos federados na canoagem, quando em outras modalidades o índice de apuramento não é a quantidade mas sim a qualidade. Era importante rever este aspeto, porque na verdade é um fator desmotivador para os atletas, que acabam por procurar outras modalidades em que possam ter sucesso numa carreira desportiva. Mas é a nossa política desportiva!

Triste é a nossa situação em S. Lázaro. Houve clubes que ficaram a ganhar com as novas instalações náuticas, mas os grandes clubes ficaram a perder pois viram grande do seu espaço reduzido. Para um clube que tem diversas modalidades é complicado ficar reduzido a 1/3 das instalações anteriores. Como se não bastasse as dificuldades dos clubes com o espaço, a rampa de acesso ao mar está a precisar de manutenção. Há quem diga que deveria ser os clubes? Mas é usada pelos clubes, por atletas, pescadores, amantes de atividades náuticas, ou seja, por um número infindável de utilizadores que esperam que seja uma alma caridosa a limpar.

No entanto, as duas rampas (a antiga e a que foi construída devido às obras da ribeira) já estão com uma cor verde e vão continuar a estar. Para culminar temos a rampa de acesso ao varadouro do Funchal com uma estátua em frente ao portão. Não havia outro sítio para colocá-la? Pelos vistos não… E agora com tanta versão do novo local onde vai ficar situado o novo museu, não me admirava nada que as atividades náuticas fossem novamente prejudicadas. Atenção: não sou contra a estátua nem contra o museu de um super atleta – o melhor do Mundo no futebol e que merece tal reconhecimento ficando a Região a beneficiar com isso – mas só gostaria que ninguém ficasse prejudicado, porque, vendo bem, o Funchal ainda é grande e existe muitos espaços para colocar estátuas e museus.

Mas para quê batalhar mais? Há quem diga que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, mas eu não acredito nisso. Na verdade, passados 22 anos que ando por S. Lazaro, no que nós designamos por “calhau”, já se tornou habitual ver desportos com piores resultados do que a canoagem e até em relação aos restantes desportos náuticos, a terem melhores condições e maior visibilidade. E esta falta de visibilidade que nós temos não é por falta de informação da associação e dos associados, pois esses fazem por chegar aos meios de comunicação social e outras entidades as atividades que são realizadas dentro e fora da região. A responsabilidade acaba mesmo por ser a nossa cultura desportiva. Não acham?

Ainda recentemente esqueceram-se que fui medalhado no Mundial de 2014, uma simples medalha de prata numa especialidade que é Olímpica. Um feito que até podem achar banal, mas que na Região Autónoma da Madeira só dois desportistas o conseguiram, curiosamente em duas modalidades náuticas. Esse prémio foi esquecido pela comunicação social nas suas habituais crónicas de final do ano, onde evidenciam os grandes êxitos dos madeirenses. Mas anteriormente já tinha sido esquecido, como tantos outros resultados que alcancei, pelo Governo Regional. Mérito desportivo? Nenhum! Muita gente acha que é apenas um reconhecimento do trabalho, mas para os atletas amadores como eu é um trampolim para apoios desportivos, patrocínios e é um fator motivador, claro. Sem visibilidade, as empresas não se interessam pelos atletas e pela modalidade. E ao fim ao cabo isto é um ciclo, que se for corretamente compreendido todos acabam por ganhar.

Por mais triste que seja, é assim que vai a canoagem na Madeira.

Agora Madeira [AQUI]

1ª edição do “Madeira Ocean Race” Surfski – Franceses dominam

Original ARCM AQUI – Foto Jantex Portugal

O Clube Naval do Funchal em parceria com a Associação Regional de Canoagem da Madeira e a Federação Portuguesa de Canoagem levou a efeito a prova rainha da Madeira Ocean Race.

A largada teve lugar na praia da Calheta por volta das 15h00 onde os canoistas tiveram de percorrer 30Km de percurso (Calheta – Funchal), sendo que o canoísta mais rápido vez o tempo de 02:05:09

No que concerne aos resultados e começando pela classe SS1, Benoit Le Roux (França) efetuou a prova em 02:05:09, seguido de Walter Bouzan (Espanha) e Federico Vega (Espanha) com os tempos de 02:06:21 e 02:09:14.

Nos SS1 Femininos a prova foi ganha pela canoísta do CNSesimbra, Sara Rafael, com 02:50:46 seguida pela Carlota Duarte (CNFunchal) com o tempo de 02:59:17.

Roland Lebeau (França) levou a melhor na sua classe (SS1 Master) com o tempo de 02:18:17, classificando-se em 2º e 3º lugar os canoistas José António Gijon (Espanha) e Mário Santos (GaiaKC) com os tempos de 02:22:49 e 02:25:48 respetivamente.

Nas tripulações a prova foi ganha pelos canoístas oriundos da ANCLobos, nomeadamente Célio Alves/José Oliveira com o tempo de 02:11:25.O pódio ficou completo com pelas tripulações Gonçalo Ornelas/Leandro Sousa (ANCLobos) e Pedro Nascimento/Marco Luís (CNCalheta), que efetuaram os 30 Km em 02:37:33 e 02:42:32 respetivamente.

A nível colectivo, Espanha ganhou com 3087 pontos, seguido pela Associação Náutica de Câmara de Lobos com 2310 pontos e pelo Clube Naval do Funchal com 2117 pontos.

Para consultar os resultados clique aqui.

HELENA RODRIGUES – PAGAIAR EM DIREÇÃO AO RIO’2016

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MadeiraSports, 7/03/2014

Com a pagaia numa mão e os livros noutra, Helena Rodrigues tem construído uma carreira de excelência. O Madeira Sports aproveitou a mais recente convocatória a um estágio de selecção nacional para fica a conhecer um pouco mais sobre a canoísta madeirense, que desde Setembro abraçou um grande desafio na sua vida.

Como começaste a praticar canoagem?
Comecei a praticar numas atividades de verão do Clube Naval do Funchal de 1994, depois saí e voltei outra vez numas mesmas atividades de verão e aí fiquei até hoje.

Em que momento acontece a decisão para investir na modalidade mais a sério?
Quando atingi o escalão de cadete de 2º ano (15 anos) decidi que queria mesmo dedicar-me à alta competição e atingir bons resultados.

Qual a tua especialidade na canoagem e que “características” têm que haver para essas provas?
A minha especialidade é a vertente de Velocidade, mais especificamente os 500m. São provas mais rápidas em que a força e a velocidade são muito importantes.

Qual é o segredo para conciliar a alta competição e os estudos?
Neste momento não estou a fazer o curso de Medicina estou com a matricula congelada para retomar mais tarde, sou licenciada em Fisioterapia e estou neste momento a fazer o curso de Osteopatia. Penso que o segredo para conciliar a carreira desportiva com a formação académica parte um pouco da gestão do tempo e da vontade, acho que isso é o principal segredo para tudo, dedicação e vontade.

Quais foram os feitos que mais te orgulhas na tua carreira?
Ter conseguido o apuramento para os dois jogos olímpicos Pequim 2008 e Londres 2012.

Costumas treinar na Madeira? Que vantagens e desvantagens existem para quem quer treinar canoagem ao mais alto nível na região?
Neste momento encontro-me a treinar no centro de alto rendimento de Montemor-o-Velho, a principal desvantagem será as condições do mar que nem sempre permite o treino na água, em compensação o boa temperatura ao longo do ano é um fator que ajuda ao bom treino diário.

A mais recente convocatória à selecção nacional está integrada no Projecto Olímpico Rio2016, quais são os mínimos de acesso e em que provas planeias os alcançar?
Para ser integrada no Projecto Olímpico temos mínimos que temos que alcançar, eu encontro-me no Projecto devido a ter sido 6º classificada nos J.O. 2012, para ser integrado no Projecto é necessário ser finalista numa distância olímpica, depois somos divididos por 3 escalões, os medalhados (nível 1), os finalistas até o 8º lugar (nível 2), depois até ao 12º lugar (nível 3). Neste momento encontro-me a retomar a forma, porque fui mãe em Setembro passado, e o principal objetivo é o Campeonato do Mundo em Agosto.

Que conselho deixas a quem está a pensar experimentar ou a iniciar a modalidade?
Ao principio é complicado, mas também o mais difícil é o que depois dá-nos mais prazer, é uma modalidade difícil mas ao mesmo tempo muito gratificante, o contacto com a natureza, a liberdade que nos dá, conseguir apreciar a natureza de pontos que dificilmente se consegue de outra forma, acho que quem experimenta fica sempre com vontade de ir outra vez, o bichinho fica lá.

ACTIVIDADES DESTE FIM-DE-SEMANA 1 e 2 de MARÇO

NELO WINTER CHALLENGE – AGUIEIRA CUP 2014

Na barragem da Aguieira vão estar mais de 600 atletas de 50 clubes e 13 países para esta prova internacional, organizada pela MAR KAYAKS (NELO) e que é controlo nacional para a Equipa Nacional Cadete e também selectiva de apuramento para o Campeonato Nacional de Fundo 2014.

Os 2000 metros são de manhã e da parte da tarde teremos as eliminatórias e final de 200 metros. Caderno de prova AQUI.

XX SLALOM INTERNACIONAL FRIDÃO

Em Fridão, Amarante, realiza-se nos dias 1 e 2 de Março mais uma edição organizada pelo Águas Bravas Clube e o Município de Amarante em colaboração com a FPC e a ACNP. Caderno de prova AQUI.

CAMPEONATO REGIONAL DE FUNDO E TAÇA DE TRIPULAÇÕES NA MADEIRA

No sábado, na baía do Funchal temos o Campeonato Regional de Fundo e no Domingo a Taça Regional de Fundo de Tripulações. Caderno de prova AQUI.

No domingo realiza-se a Taça de Madeira de tripulações de AQUI

ASSOCIAÇÃO CANOAGEM MADEIRA ASSINA PROTOCOLO COLABORAÇÃO

Com a Delegação Regional da Madeira da Associação Nacional de Freguesias

A Associação Regional de Canoagem da Madeira e a Delegação Regional da Madeira da Associação Nacional de Freguesias celebraram, no Complexo Piscinas Olímpicas do Funchal, um Protocolo de colaboração entre as duas entidades.
Um protocolo que visa estimular a prática da modalidade, na vertente de lazer com o objetivo de ocupação dos tempos livres, estimular os hábitos de prática desportiva saudável ao ar livre dos menos jovens, proporcionar mais conhecimento sobre o mar e sobre a conservação do património natural como atividade desportiva complementar das Juntas de Freguesia existentes na Madeira e no Porto Santo.

JORNAL DA MADEIRA

DAVID FERNANDES: “AINDA TENHO ALGO PARA DAR”

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Jornal O JOGO – Sem link – Foto José d’Oliveira e Sousa

O sonho é ser olímpico, em K4, no Rio de Janeiro, numa tripulação com muita ambição.

David Fernandes está satisfeito com o regresso da paz à canoagem. “Estamos no bom caminho, com o grupo novamente unido. Era o que faltava”. Para o madeirense o que sucedeu na época passada afectou-o. “O João e o Emanuel ainda salvaram a época no Mundial. Se calhar fui o mais prejudicado, reconheceu. Agora, há que olhar em frente, para conseguir ser olímpico no Rio; “Com mais experiência, sem cometer os erros anteriores e como também seremos mais fortes, podemos estar nos Jogos para lutar por bons lugares”. O madeirense abordou a sua carreira: “O K1 é complicado para mim, devido às bases, pois comecei a trabalhar na selecção muito tarde. Não tive o que eles agora têm, mas penso que ainda tenho alguma coisa para dar, apesar de já ter 30 anos”.

HELENA RODRIGUES – “OS OBJETIVOS SÃO OS MESMOS”

Apresentacao da equipa de canoagem do Clube Naval do Funchal

Original Tribuna da Madeira. Helena Rodrigues é agora uma ‘mamã olímpica’ Tornou-se mãe a 10 de setembro, mas já está em forma e a treinar normalmente para esta altura do ano. A Madalena trouxe-lhe outra força.

A Madalena nasceu a 10 de setembro e, como é natural, mudou por completo o mundo de Helena Rodrigues. A canoísta de 29 anos, que esteve presente nos Jogos Olímpicos de Pequim e saiu diplomada nos Jogos Olímpicos de Londres, não esconde sentir outra pujança na sua carreira e espera contar com o apoio da filha no Brasil, em 2016.

Como está a correr esta nova fase da vida?

Está a correr tudo bem. A gravidez decorreu de forma normal, deu para treinar e manter a forma, consoante os diferentes momentos, só na ponta final limitei-me a fazer ginásio. Um mês e meio depois do parto recomecei os treinos, de forma gradual, e estou já a entrar em forma e a treinar normalmente para esta altura do ano.

Qual a diferença?

A disponibilidade não é a mesma, é preciso fazer um pouco mais de ginástica para conseguir conciliar horários (risos), mas é possível, também graças à ajuda da minha mãe. Mais um momento importante na sua vida, desta vez a outro nível… Cada momento na vida tem a sua importância, este é completamente diferente porque é para toda a vida.

Quais os objetivos a curto prazo em termos desportivos?

Estou a recuperar bem a forma e quero, no próximo ano, alcançar boas classificações a nível nacional para poder ser opção para o selecionador nacional e ser chamada a algumas provas internacionais, que serão importantes para poder ganhar ritmo.

A participação em estágios será possível?

A partir de janeiro começam os estágios e já sei que serei convocada. Manifestei a minha disponibilidade ao selecionador e ele respondeu que contava comigo. Vou começar mais devagar, respeitando os ritmos, e tenho a certeza que há de correr bem.

Ser mãe mudou a forma de estar na canoagem?

Deu-me uma vontade de treinar diferente. Os objetivos são os mesmos, mas quando estou a treinar sinto que tenho de dar um pouco mais, como que para rentabilizar todo o tempo em que não estou com ela. Não é por ela ter nascido que vou abdicar da minha carreira desportiva, não quero que isso aconteça ou que ela venha mais tarde a sentir isso. Quero que seja mais uma espetadora a puxar por mim.