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K4 perde meio milhão de euros #ICFsprint #PlanetCanoe #canoagem

Em Sevilha: E-D: Rodrigo Germade, Iñigo Peña, òscar Carrera e Javier Hernanz – Foto Toni Rodriguez (Diario AS)

No meio da canoagem [de Espanha] é dos êxitos de David Cal e Saul Craviotto que se fala e confia-se muito no K4 que faz tempos de medalha olímpica. Um K4 que conquistou o ouro na Taça do Mundo em Maio e trouxe à memória um outro K4 histórico, o de Herminio Menendez, Misione Ramos, José Maria e Sosé Ramón Díaz Celorrio-Flor, prata nos Jogos de Montreal 1976 e campeão do mundo no ano anterior.

O asturiano Javier Hernanz (31 anos), os galegos Rodrigo Germade (24) e Óscar Carrera (23) e o basco Iñigo Peña (24) olham para o Rio’2016 no seu objectivo desde que se juntaram há 1 ano e meio com o objectivo claro de estar no mais alto lugar do pódio mas também digerem a falta de sorte. Um fenómeno anormal que no passado mês de agosto os deixou sem aproximadamente meio milhão de euros: a subvenção máxima da ADO a que teriam direito por conquistarem o título de Campeões do Mundo em Moscovo.

“Íamos em 2º lugar a 200 metros do final com a regata controlada para subirmos na recta final quando sentimos uma guinada e percebemos que não tínhamos leme”, recorda Hernanz.

Um veio de 6 milímetros que sustenta o leme e que se partiu. “Nunca tinha visto nada assim. Deve ter sido por defeito ou fadiga do material – A Federação solicitou uma pesquisa ao Centro de Experiências Hidrodinâmicas de El Pardo, que concluiu não ter havido sabotagem. Ficaram a 40 segundos do ouro e do reconhecimento que merecem, estes atletas que treinam 8 horas por dia, e isso é muito difícil”, recorda Luis Brasero, o treinador.

A desclassificação teve outra consequência, económica. “Perdemos meio milhão de euros, porque assegurávamos uma subvenção de 70.000 euros num ano e 60.000 euros no seguinte. Agora, com um pouco de sorte, vamos receber 700 euros por mês”, calcula Hernanz, a quem dói mais a consequência desportiva: “Há muitos anos que tento ser campeão mundial”.

Podem resolver isso em Agosto de 2015, no Mundial de Milão (os 7 primeiros apuram-se para os Jogos). Entretanto vão treinando entre Picadas (“no Inverno chega aos 8 graus abaixo de zero”, diz-nos Brasero) e no Guadalquivir em Sevilha. “Os meus parceiros de treino são muito forte fisicamente. Muito duros… e ainda por cima todos do Real Madrid”, relata o asturiano. “Neste momento estamos a melhor o descanso, a alimentação, perder gordura sem perder força…  Pequenos ajustes que nos fazem ser mais rápidos”. Um K4 que faz 6000km por ano de treino para que no Rio’2016 as últimas 350 pagaiadas sejam de ouro.