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***Ouro*** – José Ramalho K1 Senior Europeu de Maratonas #Bohinj #canoagem

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Foto FPC – José Ramalho no final

José Leonel Ramalho revalidou, há minutos, o título Europeu ao vencer a maratona em Bohinj, Eslovénia. Uma grande prova português que controlou muito bem o seu esforço, não respondendo a todos os ataques para jogar a sua cartada na portagem que o levaria ao Ouro.

Alfredo Faria também fez uma grande prova, terminando na 7ª posição.

Parabéns José Ramalho!!

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Classificação final. Foto Canoe Bohinj

Mais detalhes em breve. Foto FPC.

***Bronze*** – Nuno Barros C1 Senior Europeu de Maratonas #Bohinj #canoagem

Nuno Barros alcançou a primeira medalha para Portugal nos Europeus de Maratona a decorrer em Bohinj, Eslovénia.

O atleta de Ponte de Lima terminou na 3ª posição após os 22,755 km da prova.

Mais detalhes em breve. Foto FPC.

1ª Taça do Mundo em Cidade realiza-se em Hamburgo #ICFsprint #canoagem

Sportscene.tv Artigo e fotos: Tiemo Krueger | Proofreader: Tom Collings . A ICF e a Associação Alemã de Canoagem (DKV) acordaram na organização da 1ª Taça do Mundo em Cidade entre os dias 11 e 13 de Setembro.

A Taça do Mundo em Cidade vem no seguimento da Hansewerk AlsterCup realizada no ano passado no Lago Alster no centro de Hamburgo.

O objectivo da Taça do Mundo em Cidade é mostrar os desportos Olímpicos de remo e canoagem aos mais de 10.000 espectadores esperados para o evento.

Tem início na 6ª feira com equipas de empresas a participarem nas provas de remo e continua no Sábado com a final da Liga de Remo da Alemanha com a presença de 8 das melhores equipas mundiais nos 270 metros da proa de velocidade.

No Domingo juntam-se os canoístas com algumas das melhores equipas mundiais de kayak-polo a mostrarem as suas habilidades em frente à Jungfernstieg, o mais popular passeio marítimo da cidade.

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A Taça do Mundo em Cidade será organizada na distância de 200 metros em sistema de eliminatórias em duas pistas. Os 4 melhores atletas de cada categoria também participam numa prova de perseguição de 1000 metros. Finalmente os 2 melhores dos 200 metros e dos 1000 metros competem nos 500 metros.

Estão previstos vários eventos incluindo também de paracanoagem.

Hamburgo prepara a candidatura aos Jogos Olímpicos de 2024 e com este evento espera mostrar o potencial da cidade.

Treinador húngaro de #velocidade #canoagem: mais atletas, mais oportunidades #ICFcanoesprint

Original sportscene.tv

A equipa do Honved Canoe Clube vai na 2ª semana de treino no centro de treino de Tata. Os atletas de Istvan Kiss vão a meio da preparação de inverno e anseiam pela ida para Sevilha, Espanha para regressarem à água.

Estiveram muito bem, em Dezembro, nos testes físicos e selectiva para a equipa nacional. Ao ver a melhoria nos resultados dos kaysks homens, o treinador, Istavan Kiss, tem boas perspectivas para a época de 2015.

De acordo com o novo sistema de qualificação, a primeira distância a apurar para os Campeonatos do Mundo, vai ser o K2 1000. Devido ao crescimento da equipa, o clube consegue competir com, pelo menos, 5 tripulações diferentes. Istvan Kiss:

“Acho que foi muito bom para a equipa a entrada de novos atletas. Os novos atletas são os irmãos Noé, Matyas Koleszar e Olivér Gergely. Enquadram-se muito bem no grupo e todos eles encontraram o melhor colega de treino na equipa de modo a puxarem um pelo outro, por exemplo, na corrida e na natação.”

“Um dos benefícios de ter um grupo grande é conseguir alinha, pelo menos, 5 equipas nas provas de qualificação e assim termos mais hipóteses, tanto nos seniores como nos sub-23 ou sub-21…”

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Ele destaca o Bence Dombvari (medalha de bronze em K1 1000 nos mundiais de 2013) que gostaria de ver competir em K1 na qualificação para os Jogos Olímpicos, em Milão. “Estou contente com o novo sistema de qualificação porque assim não precisamos de desistir na 2ª melhor dupla e temos muito tempo para testar as melhores tripulações. Vou testar várias soluções.

Demorámos muito tempo a encontrar a melhor combinação que alcançou a prata no Campeonato do Mundo e o 4º lugar no Europeu (a dupla Gonczy/Kokeny). Acredito que este ano também vamos conseguir ter duplas muito fortes.”

Roland Kokeny & Tibor Hufnagel têm grandes espectativas para a próxima época mas também espero muito dos irmãos Noé que, ou correm juntos ou com outro colegas nas provas de qualificação.

Quero acreditar que 3 a 4 atletas meus vão estar ao mais alto nível nos seniores. Existe um grande potencial para melhorar entre os 20 e os 23 anos.”

Campeã do Mundo de Maratona, Renata Csay, adia a despedida #ICFcanoemarathon #canoagem #Planetcanoe

Original em kajak-kenu sport, traduzido para inglês no sportscene.tv 

Renata Csay alcançou, em Oklahoma, o 15º título Mundial da sua carreira desportiva. A atleta com mais sucesso da cidade de Gyor, é um icon da cidade e um modelo a nível internacional. Falei com ela sobre o futuro, o seu reconhecimento no desporto e a sua paixão pela canoagem.

Como estás e como consegues manter-te no topo da disciplina?

“É simples. Eu adoro o que faço. Encontrei o meu espaço na disciplina e faço a minha vida de acordo com isso e consigo treinar e preparar-me para as regatas internacionais. Na verdade estou com receio da próxima época porque afirmei que me retirava depois do Campeonato do Mundo de Maratonas em Gyor 2015.

Então gostarias de adiar a tua “despedida”?

“Sim, gostaria! Porque gosto do que faço. Não me sinto cansada, não sofro, não tenho lesões e o mais importante é que continuo no topo. Por isso começo a stressar um pouco porque não quero para já. Mas depois de 2015 gostava de continuar de forma diferente e, em simultâneo, preparar a minha carreira de treinadora. Gostava de criar uma equipa, aqui em Gyor, com o meu treinador.”

Que tipo de saudações recebes, dos teus adversários, quando chegas a uma prova internacional?

“Bem, as rivais de longa data estão a desaparecer, cada vez há mais jovens nas provas. Recebo sempre saudações calorosas e de alegria e muitas vezes vêm ter comigo para pedir alguns conselhos.”

És um modelo para elas?

“Não tenho a certeza mas espero continuar a ser.”

Sentes que os teus resultados são reconhecidos aqui na Hungria?

“Antigamente, quando treinava com o Robert Ludasi, ele tinha cerca de 10 campeões do mundo na sua equipa. Nessa altura sentia que era apenas mais uma. As coisas são diferentes aqui em Gyor. As pessoas conhecem-me, ficam contentes por me ver e recebo cumprimentos muito simpáticos na escola do meu filho e no infantário da minha filha. O dono da loja vegetariana e as pessoas no super mercado deram-me os parabéns depois da vitória no Campeonato do Mundo. E claro, o meu clube apoia-me a 100%! É muito importante para mim, todo o apoio que recebo deles.”

Na próxima época deves estar ainda mais no centro das atenções porque o Campeonato do Mundo de Maratonas vai ser aqui em Gyor…

“Vai ser um ano muito importante para mim e claro que o grande objectivo é o Campeonato do Mundo aqui na minha cidade. Mas também não ponho de lado tentar alcançar o título Mundial de Velocidade nos 5000 metros. Essa distância encaixa bem no meu programa de preparação para a maratona…”

“Pagaiar é perfeito para nós” #ICFparacanoe #canoagem

Foto Mundial 2013 na Alemanha – Christian Mathes à dta.

Original aqui, traduzido para inglês no sportscene.tv

Os atletas Christian e Dominik Mathes falam com Claus Wotruba sobre o grande objectivo: Os jogos Paralímpicos de 2016 no Rio. Christian Mathes venceu uma medalha de bronze na Taça do Mundo. O atleta de Regensburg quer competir em 2016 nos Paralímpicos no Brasil.

Ir para a água competir num barco não é fácil para alguém sem limitações. Para alguém em cadeira de rodas deve ser ainda mais extraordinário?

Christian Mathes [CM]: Na verdade foi tudo uma coincidência. Fomos a uns eventos onde pessoas em cadeira de rodas podiam experimentar uma série de actividades: escalada, natação, navegação, jogar mini golf. Em 2011, a Tine Wilholm e o Peter Dietl, deram a experimentar a canoagem a utilizadores de cadeira de rodas. Gostei muito e vi que até tinha bastante jeito.

O que fazias antes dessa experiência?

CM: Muita coisa. Jogávamos um pouco de basquete em cadeira de rodas e outros desportos ocasionais. Mas não praticava um desporto de competição, nem sequer um desporto certo de actividade regular.

De onde surgiu a ideia de começar um desporto de competição?

CM: Surgiu de repente e foi bastante divertido. O alto-rendimento não exclui o factor diversão. E isso também se deve à fantástica equipa, aqui em Regensburg.

O momento não podia ser melhor. A paracanoagem vai entrar pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos nos Rio 2016. Nessa altura isso ainda não era previsível ou não estava nas tuas aspirações, pois não?

CM: Nem por isso. Não tínhamos quaisquer expectativas ou objectivos. O nosso lema era: ir levando as coisas dia a dia. Depois as coisas foram surgindo. Nunca pensei que no ano seguinte estaria a competir no campeonato do mundo e ainda para mais ganhar uma medalha de bronze.

Parece que o Christian tem mais hipóteses de ir ao Rio?

Dominik Mathes: Isso é verdade (risos). Não sou tão rápido como o Christian mas fico contente por ele e desejo-lhe muito sucesso. Às vezes chateia estar a pagaiar sempre atrás dele mas também me motiva tê-lo à minha frente. É mais difícil quando não tens alguém a puxar por ti.

Então deve ser muito difícil para o Christian porque na Alemanha ninguém anda à frente dele?

CM: De tempos a tempos vou treinar a Munique onde, por vezes, tenho pessoas mais rápidas do que eu. O Dominik começou numa categoria diferente mas já recuperou muito em relação a mim.

Muita gente não sabe o esforço que está por trás disto, mesmo nos desportos paralímpicos.

CM: Envolve muitas pessoas. E não conseguíamos praticar sem essas pessoas. Eu tenho a melhor equipa da Bavaria. Há muitos que não têm a logística que eu tenho, com 2 treinadores e um colega de treino. É por isso que eu, ana Alemanha, tenho estado sempre um pouco à frente dos adversários. Infelizmente a minha equipa não compete internacionalmente. E, claro, o treino intensivo é a base de tudo isto.

Que tipo de treinos fazes?

CM: Claro que o treino de água é o mais importante. Na fase competitiva treino no Danúbio às quintas e domingos e vou para Munique todas as quartas-feiras. Lá, o treinador da região faz uma avaliação e faz correcções. E recebo um plano de treino de acordo com essa avaliação. Isso incluí, por exemplo, o treino de ginásio e de bicicleta adaptada. Há muito mais para além de pagaiar apenas. Eu, especialmente, tenho de treinar muito a força e resistência.

Já algumas pensaste competir em bicicleta adaptada?

CM: Para mim, pagaiar é perfeito. A maior parte da força vem da cintura para cima. Não consigo usar as pernas, apenas o tronco. Foi uma coincidência a Tine estar naquele evento e não um atleta de bicicleta adaptada.

Na água esqueces que tens uma limitação?

CM: Absolutamente porque aí não preciso das pernas.

DM: Nem sempre. Preciso de usar as ancas e por vezes o barco faz alguns movimentos e eu não consigo contrariar com as pernas. É por isso que tenho de ter cuidado.

De onde surgiu a vossa limitação?

É hereditário. Temos a mesma deficiência: espasticidade [distúrbio motor] nas pernas

Ao crescer com essa deficiência, sentiam falta de algumas coisas?

CM: Não, não sentia. Andámos ambos num jardim-de-infância normal, escola primária e secundária. Se não o tivéssemos feito também fosse mais perceptível ou nos afectasse mais.

DM: A nossa mãe sempre quis que crescêssemos a viver uma vida o mais normal possível. Nunca me hei-de esquecer quando me disseram que não poderia andar de bicicleta sem usar rodas especiais. Mas eu queria tanto andar de bicicleta e hoje em dia ambos conseguimos fazê-lo sem problema. Outras coisas como não poder jogar à bola, simplesmente aceitamos e pronto.

Levas a mal que, por vezes, o Desporto Adaptado seja desprezado ou não haja conhecimento suficiente sobre ele?

CM: É importante que apareça nas notícias. Se for publicado apenas nas revistas para pessoas com deficiência, manter-se-á apenas nesse círculo. Ficamos contentes por as nossas provas serem em simultâneo com as outras.

A Paracanoagem teve um grande crescimento, especialmente depois de se saber que faria parte dos Paralímpicos.

CM: Nos últimos anos o melhor tempo nos 200 metros melhorou 4 segundos por ano. Isto mostra que há uma grande margem de melhoramento do material e dos assentos. Isso também pode ser melhorado internacionalmente. Neste momento em alguns países, como no Reino-Unido, está a investir-se muito dinheiro. Chegam às provas com 2 autocarros para os atletas e montam grandes tendas com ergómetros. Na nossa equipa cada um tem o seu barco e nada mais. É por isso que os britânicos ficam normalmente nos 3 primeiros. Também é uma questão do material certo. Na minha disciplina o assento é o mais importante enquanto que os barcos são quase todos iguais.

Que chances tens de chegar ao Rio? É suficiente ser campeão da Alemanha, 4º classificado nos Mundiais de 2014 e medalha de bronze nos Mundiais de 2013 para entrar para a equipa nacional?

CM: É imprescindível terminar nos 6 primeiros no Mundial do ano que vem. Para além disso tenho de ser o melhor da Alemanha. Por essa razão são feitas selectivas. Quem vencer as selectivas e terminar os Mundiais em boa posição, consegue um lugar nos Paralímpicos. Assim a decisão só será conhecida no final do próximo verão.

O Christian tem mais possibilidades mas será que vamos ter outro Mathes no Rio também?

DM: Claro que quero ir. Quero tentar melhorar na outrigger. É o meu objectivo para o início do próximo ano. Na minha categoria, um atleta de nível mundial, ainda é alguns segundos mais rápido do que eu.

Entrevista a Sarah Guyot – Equipa de França prepara-se para o Rio

Foto Alain Urban

Original Canoe Kayak Mag, adaptado de Sportscene.tv

Há algumas semanas atrás as equipas de França estavam a treinar por idade e categoria. Os juniores em Nancy, os seniores em Vaires-sur-Marne e as mulheres em Cesson-Sévigné sob liderança de Claudine Leroux.

Oito mulheres** treinaram tripulações de segunda a sexta em Rennes e Mur de Bretagne. O primeiro estágio da época foi dedicado à coesão, adaptação e técnica em tripulações. “Dá-me uma perspectiva da equipa antes do período de inverno”, explica Claudine Leroux, treinadora da equipa de França de kayaks mulheres. “Estabeleci como prioridade as tripulações mas também variei os treinos para aferir a especialização de cada uma antes do início do inverno.”

Houve alterações nos K2 e K4 para evidenciar as qualidades de cada uma. “ O Rio e os Mundiais de 2015, estão muito perto, são amanhã afirmou Claudine Leroux. Para conseguires vagas tens de definir uma estratégia e para isso tens de saber os pontos fortes e as limitações de cada uma das atletas. Consegui definir a melhor voga para o K4 e a predisposição de cada uma para as outras posições e ao juntar as Sub-23 consegui identificar as melhores qualidades destas atletas.”

O próximo encontro está previsto para Dezembro com os testes de ginásio e corrida antes do estágio de preparação geral (bicicleta, corrida, natação e ginásio) com uma equipa mais pequena em Lanzarote em Janeiro.

** Sarah Guyot, Sarah Troel, Léa Jamelot, Joanne Mayer, Amandine Lhote, Gabrielle Tuleu, Léa Caurant e Caroline Constancis

Entrevista Sarah Guyot

Sarah Guyot, a melhor canoísta francesa, fez uma excelente época em 2014, vencendo 2 títulos nos Europeus de Sub-23 em K1 500 metros e K1 200 metros e ao terminar em 5º lugar em K1 200 metros nos Mundiais de Moscovo. Ela fez connosco um balanço da época, do seu progresso e objectivos.

Sarah, como revês a época de 2014, foi emotiva?

“Num misto de sensações porque fiquei contente com os títulos e a final de 200 metros em Moscovo mas lamento e tenho algumas dúvidas em relação aos 500 metros. Este ano fui melhor nos 200 metros porque treinei mais essa distância o que me permitiu fazer boas provas. Nos 500 metros tive muitas dúvidas e acho que isso me fez perder a estratégia. Tenho que trabalhar esse aspecto da prova.”

Evoluíste muito desde o teu título de K1 500 metros nos Mundiais de Sub-23 [Niagara – Canadá]. Como explicas isso?

“Depois dos Jogos de Olímpicos de 2012 fiz uma introspecção. Mudei tudo: a forma de treinar, as pessoas à minha volta e redefini os objectos que teria de alcançar para evoluir. Reflecti sobre o que a canoagem é para mim, o que pretendia e como me via neste desporto o que obviamente me ajudou. Não encontro outra explicação. Era necessário e agora estou a colher os frutos disso. Desde aí, em todos os treinos, aplico-me para evoluir e é uma dedicação constante e fundamental.”

Estás neste momento a treinar com a equipa feminina de França. Com a chegada do inverno queres ir treinar para fora, em regiões mais quentes, com estrangeiros como alguns dos homens fazem?

“Sim, eu gostava de um fazer mas não é a altura ideal para mim porque durante o inverno eu aplico-me muito nos meus estudos (está a estudar fisioterapia). Ainda me faltam 3 anos e quero dedicar-me aos estudos. Depois de me licenciar, porque não? Gostaria de experimentar a experiência de treinar num ambiente competitivo.”

A próxima época vai ser decisiva para os Jogos e das famosas quotas. Como antevês isso?

“É um ano chave para o acesso ao Rio mas não quero antecipar muito as coisas. Obviamente receio não me qualificar mas o certo é que neste momento ainda não defini a minha estratégia. Posso especializar-me numa distância mas é uma grande decisão e ainda não tenho a certeza de querer perder uma distância.”

200 metros ou 500 metros, o que preferes?

“Prefiro claramente os 200 metros porque sou melhor mas também porque na época passada não consegui acertar com a estratégia para os 500 metros.”

Para conseguir uma vaga estás disposta a correr em tripulações? Gostavas de o fazer?

“Não quero fechar nenhuma porta. As tripulações podem interessar-me mas neste momento concentro-me em alcançar todo o meu potencial no K1. Posso entrar numa tripulação se essa for a melhor equipa possível que consiga o melhor resultado possível. Não é fácil quando és bom no K1 e estás habituado a fazer provas individuais, pensar voltar a correr em tripulações, no entanto, não quero eliminar essa possibilidade.”

Tomasz Kryk optimista para a nova época #WomenPolishTeam #ICFCanoesprint

Fonte: Gloswielkopolski.pl | Tradução para inglês: Monika Marczak – Sportscene.tv

Não é segredo, que as mulheres é que se distinguem na equipa de kayaks. As pupilas de Tomasz Kryk’s encontram-se em recuperação médica, no entanto, a operação “Rio de Janeiro” está prestes a iniciar-se com a qualificação a realizar-se nos Mundiais de Agosto do próximo ano. 

O treinador de Poznan passou os últimos dias em consultas médicas com as suas cabeças de cartaz. No início de Outubro, Marta Walczykiewicz (KTW Klaisz) – campeã do mundo de estafetas e finalista em K2 e K4 – foi sujeita a uma reconstrução de ligamento (posterior collateral) e Beata Mikolajcyk (Kopernik Bydgoszcz) teve uma artroscopia ao joelho, na Terça.

“A Marta teve uma lesão de esforço. Ela queixou-se de dores na anca durante toda a época. Como todas as lesões, tem de ser levada a sério mas não há necessidade de exagerar. Na Terça-feira a Marta vai a uma consulta e se tudo estiver bem, deixa as muletas e inicia pequenas corridas”, disse Kryk.

No Domingo vai, com a equipa de mulheres, para o 3º estágio desde a pausa de Verão. “Já fomos para Cetniewo e Wałcz e planeamos ir para Szczyrk, Poznań e esquiar em Livigno, Itália. Para Szczyrk levo 18 atletas porque as melhores juniores vão juntar-se às seniores”, disse o treinador de Poznan. Na sua opinião, no Outono, os canoístas não precisam de cumprir longas distâncias na água. Em vez disso devem manter-se muito activos e controlar o peso.

“É um período em que precisam de mexer-se para evitar ganhar peso e para sentir a fome de competição na água. É por isso que vamos passar a maior parte do tempo, da semana de Syczyrk, a treinar na piscina. Temos jogado ténis de mesa e desta vez devemos jogar futebol e vólei. As atletas em recuperação vão passar mais tempo nos exercícios de bolas de ginásio”, explicou o treinador da equipa de kayaks.

No último Campeonato do Mundo em Moscovo, a nossa equipa feminina conquistou 4 medalhas (os homens não alcançaram nenhuma) – um ouro, duas pratas e um bronze. O 1º lugar no pódio foi alcançado por Karolina Naja (AZS AWF Gorzów Wlkp), Edyta Dzieniszewska (Sparta Augustów), Walczykiewicz e Ewelina Wojnarowska (Warta Poznań) na estafeta de K1 200 mas que não faz parte do programa Olímpico. As outras 3 medalhas foram ganhas em provas Olímpicas. Naja, Beata Mikołajczyk, Walczykiewicz and Dzieniszewska alcançaram a prata no K4 500, Walczykiewicz a prata no K1 200 e Naja e Mikołajczyk o bronze no K2 500.

“Há muitos anos que acredito que a chave para o sucesso é a rivalidade no grupo. É por isso que não quero ninguém com estatuto adquirido na equipa. No próximo ano vamos ter nova selectiva e novo grupo. Isto significa que é provável virem a existir alterações nas tripulações. Na equipa de voleibol nacional masculina passou-se o mesmo. Stephan Antiga  [treinador francês da equipa nacional] assumiu que não tinha vacas sagradas e todos sabem o resultado disso [Polónia é Campeã Mundial de 2014], acrescentou Kryk.

O objectivo da sua equipa é conseguir seis qualificações Olímpicas nos Mundiais de Milão em Agosto. “Talvez haja mais oportunidades de qualificação depois de Milão mas o melhor é não contar com isso. A pista de Milão é de boa memória para os canoístas polacos, por isso, estou optimista”, terminou Kryk.

Krisztina Fazekas-Zur – Entrevista com a campeã olímpica e mãe

A campeã olímpica [K4 500m Londres’2012], Krisztina Fazekas-Zur, só teve uma semana para visitar a sua família na Hungria e no dia 30 de Dezembro foi para a Califórnia preparar a nova época.

“Não recomecei logo os treinos porque achei que devia passar mais tempo com o Noah. Depois do parto descansei 6 semanas e depois recomecei com exercício moderado. Fiz natação, Stand Up Paddel (SUP), alguns treinos em kayak e corrida. Depois disso competi em algumas provas de SUP na Europa. O meu marido teve de fazer uma viagem em trabalho e foi um bom pretexto para eu e o Noah irmos com ele. Os meus amigos e familiares pensaram que era uma maluquice fazer uma viagem pela Europa com um bebé tão pequeno mas divertimo-nos bastante.

Estivemos em vários eventos, começando pela Alemanha e indo até Gibraltar. Pelo meio participei em duas provas. Uma delas em St. Moritz em altitude, a 1800 metros e 5 minutos depois da largada mal conseguia respirar.”

O marido/treinador da Krisztina deu-lhe férias até ao dia 15 de Outubro, o que significa que só teve duas semanas para se preparar física e psicologicamente para a próxima época.

“Deixo a responsabilidade de coordenar o programa de treino para o Rami… Vamos ter alguns atletas de renome a estagiar aqui. A dupla da Eslováquia [Erik Vlcek / Juraj Tarr] que venceu o K2 500 e 1000 metros em Moscovo, a selecção da Alemanha e o canadiano Adam Van Koeverden. Espero poder treinar com eles e recuperar a forma.”

Achas que vai ser difícil manteres-te tão dominante e forte como a selecção de 2014 e acompanhar o ritmo das outras atletas de elite?

“Vai ser difícil. Especialmente devido à minha situação mas não tenho medo.

O único problema é encontrar uma parceira para o K2 porque a dupla Natasa Janics e Katalin Kovacs não se pode separar e a Anna Karasz e a Ninetta Vad também estão a funcionar muito bem. Da mesma forma, porque se deveria mudar a dupla Tamara Csipes / Gabriella Szabó depois de terem alcançado o ouro no Mundial [K2 500m]? Ainda assim, os critérios de selecção dizem que primeiro temos de dar provas no K1. Eu acredito que, se não for já no próximo ano, para os Jogos Olímpicos do Rio’2016 vou dar muita luta à Danuta Kozak.”

Os objectivos da Krisztina estão ao alcance, como demostram os resultados de algumas atletas de elite que têm regressado mais fortes, depois de terem sido mães.

“Eu não posso dizer que comigo vai ser igual mas uma coisa é certa; ser mãe ensinou-me muitas coisas. Nunca fui de ter muita paciência e irritava-me com facilidade. Desde que o Noah nasceu, sinto que me tornei mais calma e muito mais tolerante. Muitas das coisas que na minha vida eram stressantes, agora parecem irrelevantes. Talvez isso seja um ponto de viragem e que a partir de agora mude a minha atitude perante o treino.”   

É possível que na Primavera abra uma pequena Cresce no Centro de Treinos de Szolnok. Depois dos estágios em águas mais quentes, várias jovens mães, incluindo Katalin Kovacs e Natasa Douchev-Janics vão estar no próximo estágio.

“O Rami e eu ainda não falamos sobre a forma de gerir os dias durante o estágio mas é certo que estaremos lá os três. Passa-se o mesmo com a Kati ou a Natasa que vão lá estar com as famílias. Só temos de nos coordenar para os treinos de água… Talvez a gente arranje uma solução em conjunto com elas.”