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Estrelas Olímpicas mostram a sua classe em Portugal #ICFsprint #Montemor2015

Original em www.canoeicf.com – foto de Lisa Carrington @Cláudia Matos – Fotografias de Canoagem

CARRINGTON esteve imparável na final do K1 W 200m que foi quase uma cópia da sua prestação no K1W 500m. A campeã Olímpica de 25 anos parece ter sempre, no último terço da prova, um pouco mais velocidade do que as adversárias. A cubana Yusmari RODRIGUEZ conseguiu bater pela margem mínima a actual campeã da Europa Sarah GUYOT (FRA), para alcançar a merecida prata numa prova extremamente competitiva.

OLDERSHAW deu uma lição de táctica e técnica na C1M igualando os pódios de CARRINGTON. O canadiano não se impressionou com a explosiva largada de Qiang LI da China e gradualmente fez notar a sua presença na competição, aumentando o ritmo de pagaiada sensivelmente a meio da prova.O corajoso LI aguentou a prata com o Iraniano Adel MOJALLALIMOGHADAM a completar o pódio assegurando a primeira medalha em Taças do Mundo da ICF para o Irão.

Laurence VINCENT-LAPOINTE (CAN) também teve êxito, alcançando por duas vezes o mais alto lugar do pódio. A canoísta com mais títulos na canoa feminina somou o ouro da C1W 200m ao alcançado na mesma distância no dia anterior mas em C2W. KATIE VINCENT (CAN), colega de equipa de VINCENTE-LAPOINTE, segue os seus passos, alcançando a prata à frente da brasileira Valdenice NASCIMENTO.

O francês Maxime BEAUMONT bateu o actual campeão do Mundo, Mark DE JONGE (CAN) numa das provas de K1M 200m mais rápidas de todos os tempos. Sébastien JOUVE, colega de equipa de BEAUMONT, alcançou o bronze dando, à equipa de França, 3 medalhas nas duas provas mais rápidas do dia.

Wiktor GLAZUNOW e Vincent SLOMINSKI (POL) cruzaram a linha da meta em 1º lugar na C2 M 200m. Max POULIN e Aaron RUBLEE (CAN) terminaram em segundo com a tripulação local de Bruno AFONSO e Nuno SILVA (POR) a completarem o pódio.

A húngara Krisztina FAZEKAS-ZUR que alcançou o bronze no K1W 500m, conseguiu o lugar mais alto do pódio no K1W 1000m.A espanhola Laura PEDRUELO e a chinesa Zhangli LI terminaram com a prata e o bronze respectivamente.

Mathieu BEUGNET e Adrien BART (FRA) foram os mais rápidos na C2M 1000m. Mateusz KAMINSKI e Michal KUDLA (POL) arrecadaram o prata, com a dupla canadiana Benjamim RUSSEL e Gabriel BEAUCHESNE-SÉVIGNY a assegurar o bronze.

Uma vez mais um quarteto australiano bateu a elite mundial no K4M 1000m. Com uma equipa alterada em relação à tripulação que alcançou o ouro nos Jogos Olímpicos, a tripulação constituída por David SMITH, Jacob CLEAR, Murray STEWART e Jordan WOOD mostrou estar acima dos adversários na rápida pista portuguesa.Duas tripulações espanholas completaram o pódio, com a equipa de Javier HERNANZ, Óscar CARRERA, Rodrigo GERMADE e Iñigo Peña a serem os mais rápidos no duelo espanhol.

O francês Cyrille CARRÉ cruzou a meta à frente de Adam VAN KOEVERDEN (CAN) no K1M 500m. A ponta final do francês foi decisiva para lhe garantir o ouro. O neozelandês Marty MCDOWELL ficou com a terceira posição.

Jaimee LOVETT, Aimee FISHER, Caitlin RYAN e Kayla IMRIE ganharam o K4W 500m à frente das equipas da Polónia e de Portugal.

Na prova mais rápida do dia, o K4M 200m de Espanha parou o cronómetro nos espantosos 29,448. A equipa de Carlos ARÉVALO, Cristian TORO, Carlos GARROTE e Jesus SOLER bateram os quartetos da Hungria e da Argentina.

A equipa de Portugal de Joana VASCONCELOS, Beatriz GOMES, Francisca LAIA e Helena RODRIGUES foram vitoriosas no K4W 200m, vencendo com o tempo de 34,54.

As últimas três provas foram disputadas na distância de 5000m, com Haiping LIU (CHN) a vencer o K1W, Fernando PIMENTA (POR) o K1M e Serguey Madrigal TORRES (CUB) a C1M.

A próxima Taça do Mundo é em Duisburgo na Alemanha.

Adam Van Koeverden: “O importante é estar limpo”

Original The Globe and Mail, 07/11/2014

Não sou fá de Alex Rodriguez [banido do baseball por 211 jogos]. Não sigo o baseball. Não sou especialista em substâncias dopantes usadas [performance enhancing drug  – PEDs]no desporto profissional ou amador.

O que me leva a desabafar é a coluna do The Globe and Mail de quinta-feira. Quando o colunista do Globe-Desporto tweetou: “O Alex Rodriguez usou drogas. Eu também usaria. E tu também.” Eu tweetei que não me revejo nessa categoria mas antes disso li o artigo. Esperava encontrar alguma sátira ou ironia ou que o Kelly admitisse que estava a ser faccioso.

Não encontrei nada disso. O que encontrei foi uma vã tentativa de justificar o uso de substâncias dopantes [PEDs] no desporto.

O Kelly afirma que gostaria de ouvir a opinião de pessoas que tenham sido confrontadas com a decisão de tomar PEDs no desporto.

Nunca pensei tomar drogas para melhorar a minha performance. Nem uma única vez. Suponho que seja uma escolha mas nem uma só vez ponderei essa hipótese, apesar de estar a treinar para os meus quartos Jogos Olímpicos, ter 32 anos de idade, e a aproximar-me do final da minha carreira de canoísta – como o Kelly descreveu a fase em que Rodriguez optou por escolher o lado negro.

O que mexeu logo comigo foi o Kelly assumir que os atletas, em primeiro lugar, são artistas. Nós somos pessoas e competidores e algumas pessoas acham que isso é um “espectáculo”. Não fazemos parte de uma coreografia ou de um pacote de diversão. É absurdo utilizar o argumento de que se justifica o uso de PEDs para incrementar o valor desse “espectáculo” e é o mesmo argumento perigoso de que os atletas “macaquinhos” devem ser usados para a satisfação dos espectadores e para subir audiências em horário nobre. Acho que isto se aplica ao desporto profissional e amador e é uma linha que se tem tornado cada vez mais ténue.

O Kelly faz uma grave suposição de que a maioria dos atletas profissionais já tomou PEDs. Esta suposição é feita com base na sua admissão de que, caso ele estivesse numa posição semelhante, utilizaria drogas para se manter no topo e continuar a colher os frutos de um contrato-milionário como profissional.

Ele compara a decisão de tomar PEDs com o dizer de uma mentira, tomar um atalho ou “um compromisso que fazemos para facilitar o caminho.”

Se alguém faz batota, só põe em causa uma coisa: a sua integridade. Clarificando, estamos a falar de desonestidade crónica quando se fala em batota. Usar drogas para aumentar a nossa performance não é uma mentirinha. É uma afronta aos pilares sobre os quais o desporto assenta.

Não estamos a falar de um código do Tetris para fazer as peças caírem mais devagar. Isto não é um programa de televisão. Isto é a vida de um atleta e sua razão de existir. É uma inspiração para as crianças e para os fãs desportivos de todo o mundo. Os batoteiros não roubam apenas o momento, a glória, as medalhas e o dinheiro, eles roubam os corações e a admiração de milhões de pessoas daqueles que mais o merecem.

A decisão de fazer batota não é tomada como resultado dos convenientes factores enumerados pelo Kelly: recuperar mais depressa uma lesão para evitar perder jogos ou combater os efeitos da idade no final da carreira. A decisão de fazer batota é tomada por ganância e vaidade. É engano, puro e simples, de alguém que é ciumento e hipócrita o suficiente para não aceitar o seu nível desportivo.

Se fazer batota se justifica tão facilmente até onde está um jornalista disposto a ir para alcançar os seus objectivos. É aceitável plagiar um Prémio Pulitzer? Mentir para fazer capas? Parafrasear erradamente alguém para retirar uma afirmação atrevida?

Obviamente a resposta é não. Não é aceitável. Não é aceitável porque somos íntegros, como atletas, escritores, profissionais e seres humanos. Sabemos a diferença entre o certo e o errado e tentamos agir de acordo com isso. Ou deveríamos fazê-lo.

Idiotas como o A-Rod ou o Lance Armstrong já fugiram o suficiente. Foram capa de revistas, ídolos e campeões para as massas. Tudo baseado em falsos pretextos. Ganharam milhões e continuam a ganhar milhões através de direitos e aparições públicas, até ao fim dos seus dias. Não nos esqueçamos do seu desrespeito pelas regras. Não vamos dizer que está tudo bem porque todos fazem o mesmo.

Vamos chamar os bois pelos nomes. Eles são batoteiros e não interessa o que ganham porque serão sempre perdedores.

Adam Van Koederden faz parte da equipa Nacional de Canoagem do Canadá há 15 anos. Venceu 2 títulos Mundiais e 4 medalhas Olímpicas, incluindo o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas.

1º Dia 3ª Taça do Mundo Szeged, Hungria – ICF Report (Português)

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Foto Balint Vekassy – canoephotography.com

O primeiro dia da última Taça do Mundo de Velocidade, em Szeged – Hungria, foi disputado em condições tempestuosas.

Apesar de algumas rajadas de vento desfavoráveis, a maioria dos principais candidatos não falhou e gradualmente foram atingindo as finais “A”. Quem não teve a mesma sorte foi o canadiano, com várias medalhas Olímpicas, Adam Van Koeverden.

Quando seguia confortavelmente na liderança, a meio caminho, Van Koeverden foi prejudicado pelo vento e ultrapassado por Jo Sondre Solhaug (NOR) e Miroslav Kirchev (BUL), que estavam nas pistas um e três, respectivamente. Koverdern estava na pista mais exposta, a seis, e não participa amanhã na final “A” do K1 1000m.

O alemão Max Hoff, o vencedor do K1 1000m, nas duas K1 Taças do Mundo, e o dinamarquês René Holten Poulsen garantiram o seu lugar na final, mas, inesperadamente, terminaram em segundo nas suas respectivas semifinais.

Marko Tomicevic (SRB) foi o mais rápido, com 3:34.146  e com os dois australianos, Kenny Wallace e Murray Stewart, a final promete vir a ser explosiva.

Mais ao final do dia, o Van Koeverden recuperou da sua decepção anterior e qualificou-se para o K1 500m mas foi o australiano de 25 anos, Lachlan Tame que estabeleceu o melhor tempo de cruzar a linha em 1:40.592.

OS LOCAIS CUMPRIRAM

A húngara Danuta Kozák, campeã olímpica e mundial de K1 500m, mostrou-se confortável na sua regata favorita e estabeleceu o tempo mais rápido do dia, logo à frente da sua colega de equipa, Anna Kárász (HUN) de 22 anos.

Juntaram-se às húngaras, na final, a poderosa Franziska Weber (GER) e da China Yu Zhau, vencedora do K1 1000m em Milão, há três semanas.

Zhau também se qualificou para a final do K1 1000m, juntamente com a favorita local Renáta Csay (HUN).

Roland Kökény e Rudolf Dombi (HUN) qualificaram-se facilmente para a final “A” do K2 1000m. No entanto, os campeões olímpicos de Londres 2012 terão de mostrar a sua melhor forma, se quiserem derrotar os vencedores da última semana, Marcus Bruto e Max Rendschmidt (GER).

Duas duplas húngaras também se qualificaram para o C2 1000m homens, mas eles terão de ser mais rápidos que os vencedores da medalha de bronze em Londres 2012, o Alexey Korovashkov e Ilya Pervukhin (RUS) para que amanhã, possam ouvir o seu hino nacional do degrau mais alto do pódio.

A Grã-Bretanha, Rússia e Polónia qualificaram duas duplas para a final do K2 500 metros Mulheres mas a dupla da Áustria, Ana Roxana Lehaci e Viktoria Schwarz, foi quem estabeleceu o tempo de qualificação mais rápido com 1:47.189.

Três duplas da Ásia qualificaram-se para a final “A” do K2 1000m Mulheres. Dois da China e outro de Singapura, comprovando o grande impulso que a canoagem está a ter naquele Continente.

A Rússia continua a tentar diferentes combinações na C4 1000m Homens, mas serão, certamente, fortes candidatos na final de amanhã.

O K4 da Austrália, campeões Olímpicos de 1000m Homens pode contar com forte concorrência na final de amanhã com duas equipas da Hungria à mistura.

O campeão Olímpico de Londres 2012 em C1 200m Masculino, Yuriy Cheban (UKR) regressou em grande, na sua primeira aparição desde os Jogos, qualificando-se facilmente para a final da C1 500m Masculino.

Resultados completos AQUI.

ICF Report, 23/5/2014