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Bridgitte Hartley prepara qualificação Olímpica #Rio2016 #ICFsprint #canoagem @for_bridgitte

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Para a canoísta-estrela, do Natal Canoe Club, só havia um objectivo em 2014: “Vencer uma medalha de bronze nos Campeonato do Mundo”, disse sem hesitação. Esse resultado confirmou que, a canoísta medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres’2012, continua entre a elite da canoagem mundial.

Foi um grande resultado depois das dificuldades que teve no ano anterior devido a ter contraído varicela. “Em 2013 a varicela atacou-me o corpo. A questão não era restabelecer e recuperar a força. Foi um recomeçar de início. De qualquer forma, em 2013, não tinha o objectivo que fazer uma época brilhante, por isso, foi um mal menor”, disse Hartley.

2014 foi um ano de grandes mudanças para Hartley, especialmente a nível do ginásio em que começou a trabalhar com o especialista em biocinética, Gareth Ford da EAP [EAP Active]

“No início foi muito difícil porque tive de confiar nele [Gareth Ford], enquanto tinha dúvidas e queria voltar a cumprir o meu programa de ginásio anterior e fiquei muito preocupada quando o novo programa de ginásio me deixou tão dorida que nem conseguia pagaiar”, disse Hartley.

“Foi um grande desafio e foi bom podermos conversar e explicar que há certas coisas que preciso de manter e não posso deixar de cumprir porque isso seria como ‘reinventar a roda’. Comparando com o treino anterior, nesta fase da época, já noto melhorias. Estou mais forte do que nunca e mais até do que antes dos Jogos [2012].

A medalha alcançada nos Mundiais de Moscovo não foi resultado apenas das melhorias físicas, Hartley explica que se deve também a melhoria psicológica. “Penso que os resultados de 2014 me deram a confiança de que as mudanças feitas no ginásio valeram a pena.”

“Sempre tive dúvidas se valeria a pena fazer alterações que não valessem a pena”, admitiu, “mas aprendi a compreender a forma de reagir do meu corpo, ao longo dos anos, e decidi que as alterações no ginásio para fortalecer todo o corpo, trabalhando todos os grupos musculares, em vez de apenas alguns, me iria ajudar e acho que ajudou.”

O início da época é para trabalhar a base, trabalhando volume, que depois permite a Hartley concentrar-se nas grandes provas que se disputam a meio do ano.

“O principal objectivo é o Campeonato do Mundo em Agosto”, disse. “As Taças do Mundo são para praticar e o que conseguir está bom. Claro que gostaria de ter bons resultados nas Taças do Mundo mas, para mim, isso não é o mais importante. Já houve épocas em que batalhei muito e estive doente e depois nos Mundiais consegui brilhar.”

Com sinceridade, acrescentou: “Ainda me falta a confiança mas os meus resultados mostram que consigo melhores performances nas grandes provas. As coisas correm-me bem quando é a sério, não sei como mas correm.”

A parte do ano mais importante é de Maio a Agosto, “porque eu não compito nos Campeonatos Europeus ou noutras selectivas onde tenho alguém a tentar vencer-me”, explicou Hartley. “Para mim, nessa altura, concentro-me em ficar em grande forma para os Mundiais e normalmente junto-me a grupos de treino internacionais para conseguir esse objectivo.”

Em simultâneo, isso faz-me treinar ainda mais entre Maio e Agosto porque não posso dizer que alcancei uma medalha em Maio e que sou boa. Significa que tenho mais alguns meses para melhorar e tornar-me melhor que as adversárias que alcançaram bons resultados nas Taças do Mundo.”

Reforçando as suas ambições, para este ano em vésperas de Jogos Olímpicos, Hartley conclui: O principal objectivo é terminar nas oito primeiras e ficarei satisfeita com isso. Obviamente se conseguir melhor ficarei muito contente com isso mas, por enquanto, há que treinar muito e reforçar as minhas qualidades e combater as minhas fraquezas e calmamente garantir que a cada ano me torno mais rápida.”

#Dusi Canoe Marathon – 19 a 21 de Fevereiro – África do Sul #ICFcanoemarathon #Planetcanoe #canoagem

É já esta semana a edição de 2015 da mítica Dusi Canoe Marathon. Fundada em 1951, o “Dusi” como é mais conhecido, tem um percurso de 120 km entre as cidades de Pietermaritzbugr e Durban em Kwazulu-Natal, na costa este da África do Sul.

É a maior prova de canoagem de África e uma das maratonas de rios mais populares de todo o mundo, atraindo entre 1600 a 2000 canoístas a cada ano.

Podem competir em K1, K2 ou K3 (até um K4 já terminou um Dusi). A construção tem de ser robusta para aguentar as pancadas nas rochas e leme de “maratona”. Os canoístas são obrigados a usar saiote e colete e em condições muito extremas – caudal do rio muito elevado – a organização obriga também ao uso de capacete.

A prova começa no rio uMsindusi, que atravessa Pietermaritzburg e tem vários açudes e rápidos de grau 1 e 2 no seu percurso. A cerca de meio da prova o rio uMsindusi aflui no rio uMngeni  que é mais largo e aí a prova torna-se mais difícil com rápidos de grau 3+ e alguns rápidos muito técnicos, como o Island 2 que pode ser feito por uma portagem. A maior parte dos rápidos podem ser feitos em portagem, se os atletas quiserem.

Dia 19 – 42 km de Camps Drift (Pietermaritzburg) até Dusi Bridge

DayOne

Dia 20 – é a etapa mais dura e mais longa da prova, 46 km da Dusi Bridge até Msinsi Resort na barragem Inanda e termina com 11km em águas planas na barragem.

DayTwo

Dia 21 – 36 km da barragem Inanda até à Blue Lagoon (Lagoa Azul) em Durban. Começa com 4km em águas planas e termina com 10 km também em águas planas já no estuário do rio.

DayThree

No site a prova podem ver fotos espectaculares da edição de 2014 – AQUI

Faleceu o fundador da Dusi Canoe Marathon – RIP Dr. Ian Player

Foto Anthony Grote – Gameplan Media

A edição de 2015 da DUSI CANOE MARATHON será um tributo ao seu fundador, o Dr. Ian Player, que faleceu pacificamente na tarde de domingo.

O Dr. Player, de 87 anos, sofreu um derrame na 5ª feira e faleceu tranquilamente rodeado da família na sua casa em Karkloof.

Player foi um dos 8 aventureiros que participaram na 1ª edição da Dusi Canoe Marathon em 1951 e foi o único a terminar a prova, tornando-se o primeiro vencedor da ultra maratona de canoagem e corrida de Pietermaritzburg para Durban.

A edição do Dusi de 2015 será um tributo especial a Player que mantinha uma força ligação à maratona que ajudou a criar há 64 anos. “Estamos devastados com a notícia do falecimento do  Dr. Player”, disse o director da prova, Brett Austen Smith. “Ele era um grande Sul-Africano, um homem cuja visão e atitude eram inspiradores. A sua paixão pela aventura e conservação ficará sempre na memória dos 12374 homens e mulheres que seguiram os seus feitos e terminaram a Dusi e por todos os atletas que participam na edição de 2015”, disse Austen Smith.

“Conseguimos avaliar a atitude das pessoas perante a conservação da natureza pelo estado dos seus rios,” afirmou Player no início deste ano. “Nada me deixaria mais satisfeito do que vir à largada do próximo Dusi e ver as margens e a água, limpas para que todas as pessoas deste vale as possam disfrutar”.

Player foi um conservacionista reconhecido mundialmente que defendeu a protecção do rinoceronte branco, em particular. É reconhecido mundialmente como o fundador da conservação da natureza na África do Sul. Irá a enterrar numa pequena cerimónia familiar privada mas estão previstos muitos os tributos em sua memória.

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Dr. Ian Player com o troféu da Dusi Canoe Marathon – Foto Dave McLeod

McGregor e Adie vencem Hansa Fish River Marathon – África do Sul

McGregor desce o açude de Cradock – Jetline Action Photo / Gameplan Media

Dois novos nomes vão ficar gravados no Troféu da Maratona HANSA FISH RIVER depois das memoráveis vitórias de Hank McGregor e Abby Adie nos supercompetitivos escalões de K1 absolutos de homens e mulheres enquanto, Nic Burden, Adam Nisbet e Jean-Luc Mauvis se sagraram campeões 2014 em K3.

Hank McGregor, 5 vezes campeão do mundo de maratonas, superou por margem mínima o “voador” Andy Birkett nos derradeiros metros da etapa de 82 km de desde a barragem de Grassridge até ao Complexo Desportivo de Cradock, somando a vitória em K1 às cinco vitórias consecutivas K2.

Sou bicampeão Mundial (maratona) e duas semanas depois, termino a época com uma vitória no ‘FISH’, a prova que eu queria vencer há muito tempo” disse, visivelmente satisfeito, a estrela da equipa Jeep/Kayak Centre.

“Foi uma prova muito difícil; Fui pressionado até à meta. 

Tive alguma sorte porque no açude de Gauging optei por uma trajectória errada e quando o Andrew [Birket] me apanhou eu mantive-me junto a ele até o conseguir passar na água lisa e manter a vantagem até ao final tal como o Len Jenkins me fez há 2 anos atrás”, acrescentou.

McGregor regressou à África do Sul, há duas semanas, cansado mas satisfeito depois de vencer os 2 títulos mundiais em K1 e K2 nos Mundiais [Oklahoma], no entanto estava determinado em vencer o “FISH” em K1.

Com a mulher Pippa e o filho Thorsten a acompanhar os dois dias de prova nos bancos de areia, McGregor estava satisfeitíssimo pela vitória.

“Viemos todos ao Fish e foi uma viagem de família de sucesso! Vê-los (Pippa e Thor) ao longo da prova e depois no final foi excelente!”, disse McGregor.

“É excelente ter tantos espectadores no final!” acrescentou  ao comentar a decisão de inserirem a ordem de largada invertida que foi tão popular no Maratona Dusi no início do ano.

Birkett começou o dia com 46 segundos de desvantagem para McGregor mas o atleta da Eurostell voltou a mostrar a sua tenacidade e força de vontade ao apanhar o líder depois do açude de Gauging.

“O Hank aumentou a vantagem para 1 minuto no início mas comecei a sentir-me muito bem e consegui recuperar quando faltavam 30 minutos para o final e depois fomos em disputa até ao final.”

“O Hank venceu 2 títulos mundiais há duas semanas e eu consegui recuperar-lhe uma desvantagem de 1 minuto e fui mais rápido em um ou dois açudes e isso é para mim um feito pessoal numa excelente prova e estou muito satisfeito por terminar na 2ª posição!”, disse Birkett, satisfeito.

Só 2 dias antes da prova é que Jasper Mocké (Mocké Paddling) decidiu participar na edição deste ano, no entanto, o atleta da Cidade do Cabo, mostrou de novo a sua raça ao terminar na última posição do pódio à frente do herói local Gre Louw (Knysna Racing) e de Grant Van Der Walt da equipa Jeep/Varsity College.

No 2º dia de prova a líder e actualmente a melhor atleta de maratonas na África do Sul, Abby Adie (Natal Canoe/Kayak Centre) rapidamente aumentou a vantagem de 29 segundos para 3 minutos.

A jovem estrela foi posta à prova ao virar-se a apenas 8 km da meta na rampa de Marlow [Chute] no entanto conseguiu recuperar e chegar em 1º lugar somando este título a uma longa lista de vitórias em 2014 que incluem o Campeonato Nacional no Drak Challenge, o Non Stop Dusi, Umkomaas River Canoe Marathon e a Berg River Marathon.

“Foi um dia duro mas bom. A Michelle levou-me ao limite mas o meu objectivo era vencer o K1 e consegui, por isso, estou muito satisfeita!”, disse Adie

“Foi uma óptima forma de acabar o ano antes do descanso para recomeçar os treinos para o Dusi do próximo ano!”, acrescentou.

Michelle Eray a vencedora de 2012, que veio dos EUA, o seu novo país de adopção, deu tudo por tudo mas teve de se contentar com o 2º lugar enquanto a Sub-23 Jenna Ward acabou no último lugar do pódio.

Burden, Nisbet e Mauvis dominaram o grupo de mais de 100, K3, do princípio ao fim e alcançaram o título Nacional de K3 Maratonas, com o 3º melhor tempo de sempre batendo o record da prova em K3.

Lista de resultados:

Geral

  1. Hank McGregor 2:05.40 5:00.05
  2. Andy Birkett 2:04.55 5:00:42
  3. Jasper Mocké 2:04.24 5:02.33
  4. Greg Louw 2:08.39 5:06.47
  5. Grant van der Walt 2:08.22 5:07.38
  6. Stuart Maclaren (U23) 2:10.43 5:15.09
  7. Thulani Mbanjwa 2:11.13 5:15.11
  8. Tom Schilperoot 2:11.16 5:15.13
  9. Owen Gandar (U23) 2:10.49 5:15.34
  10. Richard von Wildermann 2:12.35 5:18.29
  11. Sbonelo Khwela 2:11.44 5:19.12
  12. Louis Hattingh (U18) 2:12.26 5:19.37
  13. Brendan Rice (AUS) 2:12.55 5:20.25
  14. Brandon van der Walt (U23) 2:16.17 5:21.00
  15. Austin Kieffer (USA) 2:12.18 5:22.51
  16. Ivan Kruger 2:13.14 5:23.51
  17. Clinton Cook (U23) 2:13.55 5:24.30
  18. Murray Haw (U23) 2:14.23 5:25.01
  19. Jean van der Westhuysen (U16) 2:12.55 5:25.04
  20. Andrew Houston (U23) 2:14.29

Mulheres

  1. Abby Adie
  2. Michelé Eray
  3. Jenna Ward (U23)

Original em Sport24.co.za

ÁFRICA IMPULSIONADA POR NOVOS BARCOS – Parceria NELO, CAC, ICF

Imagem

Foto Nelo Facebook

Original – ICF News

A Confederação Africana de Canoagem (CAC), a Federação Internacional de Canoagem (ICF) e a NELO KAYAKS em Portugal anunciaram a criação do novo Projecto de Produção local de barcos em África.

O projecto irá fornecer as Federações Nacionais de Canoagem de países africanos com os recursos necessários para a fabricação de caiaques e canoas de competição, com a NELO proporcionando um seminário de duas semanas, de construção de embarcações para permitir a cada país produzir os seus próprios barcos.

Os pacotes iniciais terão 60 barcos de alta qualidade, totalmente equipados, com pagaias, que deverão custar cerca de € 25.000 cada, para cada país participante, com a finalidade de treino e competições locais nas modalidades Olímpicos de canoa e caiaque.

O projecto tem como objectivo estabelecer a modalidade em países que seriam incapazes de pagar o equipamento e, ao mesmo tempo, proporcionando-lhes as capacidades e conhecimentos para produzir os barcos necessários para manter a modalidade no futuro.

O projecto irá equipar cada Federação Nacional com um alto nível de capacidade científica; fornecer oportunidades económicas para a auto-suficiência, emprego, e o desenvolvimento de outros sectores como o turismo desportivo, fabrico de barcos e transferência de tecnologia.

A componente financeira do projecto é suportada igualmente entre a CAC, a ICF, NELO e cada Federação Nacional.

Para as Federações Nacionais que mais precisam de equipamentos, e que não pode fornecer os recursos financeiros suficientes, a CAC está a promover formas de angariação de fundos para ajudar estas Federações menos desenvolvidas.

A Federação Tunisina de Canoagem é a primeira a satisfazer as condições necessárias para o projecto.

O projecto está previsto para ser lançado na Tunísia em 1 de março.

Outras Federações Nacionais que mostraram grande interesse no projecto incluem São Tomé e Príncipe, Nigéria, África do Sul, Quénia, Marrocos, Costa do Marfim e Argélia.