Tendo como base o artigo publicado a 10 de Dezembro de 2014, com o título “O peso da formação escolar na cultura náutica”, as diretrizes do Programa do Desporto Escolar 2013-2017, e ainda os eixos de desenvolvimento da Estratégia para o Mar do estado português, lanço uma caracterização resumida da nossa península de Setúbal, simultaneamente com as potencialidades possíveis de desenvolver.Os dois centros de formação desportiva na Península de Setúbal, ao nível das atividades náuticas, estão no Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama e outro no Agrupamento de Escolas da Caparica, em Almada. A Vela, Prancha à Vela, Remo, Canoagem, Surf e Natação, são as várias atividades desenvolvidas no momento, contanto com centenas de alunos nas suas práticas, concentrando no seu espaço uma diversidade de material e instalações predisponíveis à prática destas modalidades, assim como recursos humano especializados nestas modalidades.A Federação Portuguesa de Canoagem em colaboração com a DGIDC, apostou no ano letivo 2009/2010, num Circuito Nacional de Desporto Escolar de Kayak Indoor, que culmina ou numa Final Nacional, reunindo os alunos com melhores prestações nos vários escalões/géneros (iniciados e juvenis), na implementação do Kayak Indoor em várias zonas do país.
Simultaneamente, várias delegações do Desporto Escolar, apostaram na prática da Canoagem no meio aquático, em piscinas, rios, albufeiras e no próprio mar, no sentido de apostar na implementação de uma “cultura” náutica nos nossos alunos, a fim de os despertar para a náutica de recreio e os desportos náuticos em termos generalizados, e neste caso, culimando com circuitos e competições nacionais finais, na Canoagem.
Não é certos os resultados obtidos com este propósito ao nível local, e ao nível do desenvolvimento da prática desportiva das várias modalidades náuticas, e neste caso com a Canoagem, mas, são vários os casos de sucesso existentes a nível nacional, quando são integrados num sistema de trabalho colaborativo e sinergia, entre as escolas, clubes de canoagem e autarquias, o desenvolvimento patente da modalidade e da região: Ponte de Lima, Prado, Alhandra, Amora, Mértola, Milfontes, entre outros.
Tendo como referência a influência das autarquias junto do sistema de ensino básico, ao nível das instalações e recursos, porque não influenciar também a formação das nossas crianças ao nível da motricidade e prática desportiva, enaltecendo a influência do meio ambiente, da fauna, flora e do meio aquático, através de uma modalidade de baixos recursos e espaço, como a Canoagem?
Fica ao critério dos nossos autarcas…
Ivo Quendera – licenciado em Desporto. Treinador da equipa Nacional de Paracanoagem
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