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TIAGO RODRIGUES – K2 1000MTS JOGOS 2012 “CHOREI DESDE OS 200 METROS ATÉ AO FINAL”

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Obstinado, metódico, sensível, multifacetado, Tiago Brandão Rodrigues, investigador em Cambridge, desenvolveu uma ressonância magnética muito mais potente e eficaz na deteção do cancro. Retrato de um homem singular

O dia 8 de agosto de 2012 terá ficado na memória de muitos portugueses. Nuns Jogos Olímpicos especialmente dececionantes para o País, a dupla Fernando Pimenta e Emanuel Silva, da modalidade K2, cumpria uns 1 000 metros exemplares, na canoagem, e conquistava a primeira medalha para Portugal em Londres, a apenas 53 milésimos do ouro.

“Chorei desde os 200 metros até ao final da prova. Não tenho vergonha de o dizer”, conta Tiago Rodrigues, logo nos primeiros minutos da sua conversa com a VISÃO, a partir de Cambridge, em Inglaterra.

“Hei de lembrar-me desse dia para sempre”, continua. O dia 8 de dezembro deste ano também lhe ficará na memória – e no currículo. Aos 36 anos, o cientista português publicou um artigo científico na revista de alto impacto Nature Medicine e a notícia espalhou-se à velocidade da luz. No trabalho, o investigador da Universidade de Cambridge descreve uma técnica de ressonância magnética que aumenta a sensibilidade do equipamento tradicional mais de dez mil vezes, o que permitirá monitorizar de perto a eficácia dos tratamentos de cancro e, eventualmente, diagnosticar novas situações. Jornais, televisões e rádios portugueses, mas também espanhóis e ingleses, noticiaram a descoberta. Durante todo o dia, o telefone de Tiago Rodrigues não parou de tocar.

As 1001 faces de Tiago

Uma das chamadas que mais o emocionou foi a de Rosa Mota. Tiago conheceu a campeã  durante a sua “comissão de serviço” como adido olímpico da missão portuguesa, nos Jogos de 2012. “Ficámos muito amigos”, conta. Selecionado pelos chefes da Missão Olímpica Portuguesa, Mário Santos e Nuno Delgado, para acompanhar os atletas nacionais durante a prova, sacrificou o mês de férias, mas não se arrepende. “Era um sonho de vida – entrar no estádio, na cerimónia de abertura dos Jogos. E aprendi muito com os atletas. São pessoas com capacidades únicas, que têm de ultrapassar muitas vicissitudes e nem sempre recebem o devido reconhecimento.

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