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Canoísta campeão da Europa fala “em bom momento da canoagem nacional”

Canoísta campeão da Europa fala “em bom momento da canoagem nacional”

Ouros nos Europeus de maratonas (canoagem) é estímulo para a pista – Vítor Félix

Ouros nos Europeus de maratonas (canoagem) é estímulo para a pista – Vítor Félix

K2 SEN – NUNO BRANDÃO / NUNO NANITA 5º LUGAR E ALFREDO FARIA / MIGUEL RODRIGUES 7º LUGAR – EUROPEU MARATONAS

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K2 Nanita e Brandão PiestanyNuno Brandão e Nuno Nanita – Foto FPC

K2 Alfredo Faria e Miguel RodriguesAlfredo Faria e Miguel Rodrigues – Foto FPC

 

 

 

José Ramalho: «Não é o triunfo que melhor me soube na carreira»

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José Leonel Ramalho em Piestany – Foto de Nuno Nanita

TÍTULO EUROPEU APÓS DESCLASSIFICAÇÃO DE ESPANHOL

O canoísta campeão da Europa de K1 maratonas José Ramalho assumiu hoje que este título não foi o que mais prazer lhe deu, consumado após a penalização do adversário espanhol em Piestany, Eslováquia.

“É um facto que não é o triunfo que melhor me soube na carreira. Mas não fui eu quem prevaricou, pelo que estou de consciência mais do que tranquila”, disse.

Em declarações à Lusa, o canoísta do CF Vilacondense assume: “Estou triste com a situação, com tudo o que se passou. Preferia ganhar de outra forma. Mas não fui eu quem prevaricou ou julgou a situação. Acho que foi feita justiça, porém nada há como um `sprint’ limpo”.

Mudanças várias de trajetória no sprint final – ilegais, como, por exemplo, no ciclismo – custaram ao espanhol Ivan Alonso uma penalização de cinco segundos, o que valeu o título a José Ramalho, que tinha ficado a 2,9 segundos, após desistir do ouro nos metros finais.

“Não tinha necessidade de ter mudado bruscamente de direção por duas ou três vezes. Num sprint, todos procuram o caminho mais reto e curto para a meta. Não foi o caso“, explicou José Ramalho.

O português já falou com o rival espanhol: “Ele acha que não foi tão acentuado. No entanto, já é reincidente. Numa prova em Amesterdão fez-me ‘comer’ todas as margens, mudando também bruscamente de direção. Curiosamente, hoje assumiu que merecia ter sido desclassificado nessa prova. Quem insiste em atitudes destas, sujeita-se. Foi o que aconteceu”.

Agora, José Ramalho promete preparar-se para estar “ainda mais forte nos Mundiais de setembro”, pois a sua ideia é “bater todos os adversários, de forma inequívoca e limpa”.

José Ramalho, de 31 anos, conquistou o título Europeu em 2011 e 2014 e foi “vice” em 2009 e 2013: a nível mundial, foi prata em 2012 e bronze em 2009.

[LUSA]

Canoísta Nuno Barros campeão da Europa de maratonas C1

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Foto FPC

O canoísta Nuno Barros sagrou-se, este sábado, campeão da Europa de maratonas, em C1, elevando para duas medalhas de ouro o atual pecúlio da seleção de Portugal em Piestany, Eslováquia.

Campeão da Europa em 2011 e do Mundo em 2010, o atleta voltou ao topo da canoagem internacional com uma prova consistente, arrancando, imparável, para o “sprint” final a 400 metros da meta, deixando os rivais da Hungria e da Espanha para trás Para Nuno Barros, este título é a “justa recompensa” pela forma como reagiu às adversidades e o corolário da forma física e mental com que se apresentou na Eslováquia.

“Este título Europeu sabe simplesmente a desfrutar. Passei por momentos difíceis. É uma recompensa por isso. Dedicado a todos aqueles que este tempo em que estive inibido de competir me apoiaram e deram força para persistir. Voltei ao topo, mostrei que tenho valor e continuo vivo”, vincou.

Em declarações à Lusa, o canonísta limiano assumiu ter vivido um “ano complicado, fruto de “um golpe” que nunca esperou viver na vida – castigo de um ano por controlo positivo de doping “ainda sem explicação” -, recordando que é “sempre leal e limpo” em tudo o que faz.

Com discurso emotivo, congratulou-se por não ter cedido aos que lhe sugeriram “desistir”, enaltecendo o “orgulho por dar mais uma medalha a Portugal” e assumindo que não compete por dinheiro, pois “o prazer de treinar e competir” são a sua maior recompensa.

“Na prova, pensavam que estava morto. Queriam desgastar-me, mas eu vinha na onda deles. Foi na última viragem que senti que ia ganhar. Os dois rivais perderam-se um pouco e ataquei. Fiquei sozinho. O campeão do Mundo era o único que me podia fazer frente, mas ambos perceberam que estava mais forte. Que era o meu dia”, sintetizou.[JN]