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#Paracanoagem na Mina de São Domingos #Mértola #ICFparacanoe

Há cerca de uma década que a paracanoagem é uma realidade em Portugal, não só na vertente recreativa, mas também na área da reabilitação e a nível competitivo, com o intuito de pôr a competir pessoas que têm mobilidade reduzida”. A afirmação é de Ivo Quendera, 34 anos, técnico da Federação Portuguesa de Canoagem, licenciado em Ciências do Desporto, com uma forte especialização em desporto para pessoas portadoras de deficiência.

O treinador nacional revelou: “A federação aposta na área competitiva desde 2009, tivemos dois atletas integrados no primeiro campeonato do mundo, no Canadá, e ambos participaram em finais e, desde aí, a federação desenvolveu um programa com uma equipa nacional. Em 2010 voltámos a estar presentes em campeonatos e a última vez que tivemos uma presença forte foi em 2013, quando o Norberto Mourão conseguiu o 5.º lugar no Europeu e o 9.º no Mundial”. Com a integração da canoagem no programa paraolímpico, e tendo no horizonte o Rio 2016, “abriram-se as portas para que a federação criasse esta equipa de trabalho que está aqui na Mina de São Domingos, num plano de água formidável para a prática desta modalidade”, sublinhou.

O objetivo é evidente. Selecionar os que estiverem melhor, esperando que consigam competir no Europeu, que se realizará na República Checa (maio), e trabalhar arduamente para o Mundial, em Milão (agosto), com a intenção de conseguir-se um apuramento paraolímpico para o Rio 2016, perspetivando-se que, pelo menos, uma das embarcações consiga esse apuramento para representar Portugal.

O treinador assume essa ambição dizendo: “A paracanoagem foi algo em que eu quis agarrar e o trabalho que o Norberto Mourão tem feito, a garra que ele mostrou e toda esta equipa de trabalho que aqui está, têm-me dado uma confiança extrema de Portugal ambicionar uma medalha em competições internacionais e marcar presença em finais paraolímpicas, porque é esse o sonho de qualquer treinador e de qualquer atleta”.

Quendera sabe que o estágio decorreu numa terra cheia de história e de simbolismo, que no século passado foi uma importante alavanca no desenvolvimento regional, só não sabe se isso será talismã para a seleção.“Acredito nas raízes que o nosso povo tem. Costumamos dizer que Portugal é um país à beira mar plantado, mas um professor meu dizia que somos um país sobrevivendo à beira terra, porque olhamos para o nosso país, para este conjunto de quilómetros de areia, de terra e de pedra e, por vezes, estamos de costas viradas para o mar”. E lembrou: “Temos uma cultura náutica muito grande, que se tem perdido pouco a pouco. Sei que a Mina de São Domingos tem uma tremenda história, que foi um alicerce do desenvolvimento da região. A potencialização desta tapada pode trazer um acréscimo económico a toda a região, e veja que durante estes dias esteve aqui a treinar a seleção da Polónia na área da paracanoagem e um atleta porto-riquenho (Eddie Montañez) que também tem treinado connosco”.

Mas Ivo Quendera não sobrevaloriza o fator integrador da canoagem por considerar que a modalidade, como qualquer outra atividade, deve ser acessível a todas as pessoas. Prefere isso, sim, a afirmação de que “a canoagem é um catalisador e potenciador de sensações e estímulos sensoriais que ultrapassa muitas das modalidades que as pessoas com deficiência praticam”. E sublinhou: “A modalidade tem traduzido melhorias exponenciais na vida dos praticantes e lembro que a primeira atleta portuguesa a participar num campeonato do mundo, a Carla Ferreira, tinha paralisia cerebral, e teve um acréscimo na sua qualidade de vida devido à prática de canoagem e isso enche-me de orgulho”.

Diário do Alentejo, 06/03/2015

Atleta de Porto Rico estagia em Mértola #canoagem #ICFParacanoe #Mértola

“Iniciou hoje estágio em Mértola o canoista paralimpico Eddie Montañez. O atleta Portorriquenho cujo treinador é Zdzislaw Szubski está a ser acompanhado nos seus treinos diários pelo jovem treinador de Mértola, Rafael Luz, e estará entre nós até final de Fevereiro. Eddie Montañez é um dos atletas paralimpicos de referencia a nível mundial tendo-se classificado em 4º lugar no ultimo mundial.”

Mértola Blog [link]

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CAR RECEBE EQUIPAS NACIONAIS DE PORTUGAL E CHILE

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A equipa do Chile e o atleta de Paracanoagem de Porto-Rico no CAR – Foto

Artigo original AQUI.

Até ao dia 25 de Janeiro, a canoagem vai estar em destaque no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho. As equipas nacionais de Portugal e do Chile, e um atleta de Porto Rico, estão a realizar estágios de preparação naquela estrutura desportiva.

Sob orientação de Ryszard Hoppe e de João Tiago Lourenço, encontram-se a participar no estágio os canoístas que estão na Residência Universitária da Canoagem, a equipa Sénior e Sub 23 de Canoas Masculinos e as atletas de Kayaks Sénior e Sub 23 Femininos.

Para o selecionador nacional de Velocidade, Ryszard Hoppe, o ano de 2014 “é muito importante para ver com que tripulações vão competir na modalidade”, sendo que se vão disputar, a título de exemplo, duas taças do mundo e os campeonatos da europa e do mundo.

Em Montemor-o-Velho, o técnico nacional dá, assim, início ao “primeiro estágio da época” e ao trabalho necessário ao apuramento para os próximos Jogos Olímpicos.

CHILE E PORTO RICO ESTREIAM-SE EM MONTEMOR-O-VELHO

O CAR “tem ótimas condições e qualquer atleta pode realizar aqui a programação a 100%”. Quem o afirma é o técnico nacional da Equipa Olímpica do Chile, Zdzislaw Szubski, que, à conversa com o vereador José Veríssimo, aproveitou para reiterar a “vontade de regressar”.

Recorde-se que Zdzislaw Szubski foi também técnico nacional em Portugal da modalidade da canoagem entre 87 e 92, tendo realizado, inicialmente, em 1985, um estágio em Lamego.

O técnico polaco e também antigo aluno e conterrâneo de Ryszard Hoppe está em Montemor-o-Velho a realizar um estágio com 10 atletas chilenos, estando também na comitiva o único atleta porto-riquenho de paracanoagem na Classe TA, Eddie Montañez.

Impressionado com “a dimensão dos hangares e com a beleza da envolvente da pista”, o atleta que ficou em 7º lugar, K1 200m, no Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade 2013, em Duisburg, na Alemanha, avançou que “se houver oportunidade gostaria de voltar”.

“A pista é ótima e os funcionários do espaço são muito prestáveis e simpáticos”, asseverou.