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Pela Turquia sem esquecer Portugal #InêsEsteves #canoagem

Inês Catarina Pereira Esteves, na canoagem só Inês Esteves, nasceu em Vila Nova de Milfontes, há 24 anos e começou a praticar a modalidade tinha apenas 9. Mas no próximo sábado iniciará uma nova etapa na sua vida. Como cidadã da Turquia, estreia-se a competir pelo seu “novo” país, depois de ter abandonado a camisola da Selecção Nacional, desiludida com a falta de oportunidade.

“Tive pessoas que me incentivaram a continuar, pois a canoagem sempre foi a minha vida desde os 9 anos de idade. Claramente, não contaram comigo em Portugal e eu queria competir ao nível internacional”, frisou a jovem, que esta semana está em Istambul a ultimar o processo de naturalização – ainda não tem o passaporte, só o documento provisório – podendo já no fim de semana competir com as cores turcas numa prova de teste em França. A primeira grande competição pela Turquia será o Campeonato da Europa, no início do Maio, na Rep. Checa. Foi aliás neste evento, em 2014, que representou Portugal pela última vez.Inês Esteves

“O seleccionador não contou comigo, apesar de ter sido a 3ª a nível nacional. A Turquia deu-me a oportunidade que não tive no meu país.”

O sonho de Inês Esteves é um dia poder estar nuns Jogos Olímpicos, mas para o Rio’2016 a tarefa perspectiva-se difícil. “Temos tripulações novas, conhecemo-nos há pouco tempo. Temos que preparar em meses o que muitas selecções prepararam em anos. Mas lutaremos até ao fim”, confessou Inês Esteves, que compete nas embarcações de K2 500 e K4 500 metros.

APOIO DA FAMÍLIA FOI FUNDAMENTAL

A família foi a primeira a apoiar a decisão de Inês Esteves de passar a competir por outra nação. “Os meus pais e o meu irmão entendem perfeitamente a situação e foram os primeiros a fazer-me ver que não faltei ao respeito a Portugal. Tanto eles como eu respeitamos muito o nosso país. Outras pessoas é que não me respeitaram. A Turquia acolheu-me, deu-me valor e a oportunidade de fazer o que mais amo.”

FPC DIZ TER SEGUIDO O TOPO DA PIRÂMIDE

Quando, no início do ano, Inês Esteves tornou pública a decisão de trocar Portugal pela Turquia, alegando falta de oportunidade, a Federação (FPC) reagiu através do DTN Ricardo Machado. “Independentemente do nível competitivo e dos objectivos definidos, qualquer selecção baseia-se no topo da pirâmide. Não sendo possível a participação de todos, há a necessidade de escolher os melhores.”

Jornal Record – link apenas para assinantes

Ana Paula Marques

Inês Esteves junta-se a Carlos Marques na seleção da Turquia #canoagem #Turquia #Portugal

A canoísta Inês Esteves vai representar em 2015 a seleção da Turquia, juntando-se ao igualmente ex-internacional português Carlos Marques, que, também `tapado´ na equipa das `quinas´, aceitou em 2014 o convite para representar aquele país.

Inês Esteves, de 24 anos, partiu em outubro com a frustração de entender que merecia mais: “Faço parte da seleção desde 2005, fui uma atleta sempre assídua em estágios, com alguns altos e baixos, mas sempre me levantei e nunca baixei os braços, pois é realmente canoagem que gosto de fazer. Sempre lutei, no entanto, nunca me deram a devida oportunidade.”

Em declarações à Lusa, o vice-presidente da federação e diretor técnico nacional, Ricardo Machado, descarta qualquer responsabilidade nas opções – “em momento algum lhes dissemos que não contávamos com eles” – e assume que a federação “não tem capacidade financeira para lhes oferecer as mesmas condições de outros países”.

“Independentemente do nível competitivo e dos objetivos desportivos definidos, qualquer seleção nacional baseia-se no topo da pirâmide desportiva. Não sendo possível a participação de todos os atletas, há naturalmente necessidade de escolher os melhores, em consequente detrimento de outros”, justificou.

Apesar de entender a “natural frustração” dos atletas, Ricardo Machado recorda “tudo o que a federação lhes proporcionou ao longo de vários anos” e insiste que a política desportiva da canoagem na última década “tem sido a mais bem-sucedida em Portugal”: “Só em 2014 conquistamos 18 medalhas entre Europeus e Mundiais.”

“A nossa equipa técnica já deu provas de que faz bem o seu trabalho, por isso, tem a nossa total confiança, em todas as opções que toma”, insiste o dirigente.

Mais novo, Carlos Marques partiu há um ano resignado à competitividade do grupo: “A seleção de Portugal tem as vagas ocupadas para os próximos oito anos. O nível da equipa neste momento é muito alto para atletas jovens como eu terem uma oportunidade. A situação económica do país também não permite dedicar-me a tempo inteiro à modalidade, preciso de um emprego. Na Turquia posso concentrar-me apenas na canoagem.”

Além dos portugueses, a Turquia está a apetrechar a seleção com canoístas de vários outros países, incluindo da Hungria, a maior potência da modalidade.

“O nível alcançado até ao momento, por um lado, e as restrições financeiras, por outro, impõem essa criteriosa seleção dos atletas para disputar as competições internacionais. Acedemos a que representassem outro país, apenas porque não queremos cortar-lhes o sonho internacional, completou Ricardo Machado.

Desporto Sapo [link]

TURQUIA 2 – 0 PORTUGAL [Inês Esteves de partida]

Inês Esteves está de partida para a Turquia onde se vai juntar a Carlos Marques, aproveitando a oportunidade de continuar a competir internacionalmente.

O texto “Um recomeço” com os motivos da ida está disponível no seu facebook [AQUI].

Obrigado por estes anos e muita sorte nesta nova fase da vida!

Vítor Félix: “Temos uma geração de canoístas fantástica”

Site do Sport Lisboa e Benfica, 15/07/2014

Vítor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, em declarações à BTV, comentou os excelentes resultados da comitiva portuguesa no Europeu de Canoagem, no qual participaram três atletas do Sport Lisboa e Benfica, João Ribeiro, Teresa Portela e Joana Vasconcelos.

“Houve uma conjugação de resultados positivos que levaram à obtenção de seis medalhas neste Europeu. Qualquer embarcação nos dava garantias de presença nas Finais. Vencer seis medalhas no Europeu é óptimo. Temos uma geração de canoístas fantástica”, começou por dizer.

Esta é uma geração de Canoagem fora de série e convém lembrar que quatro das seis medalhas foram conquistadas por atletas benfiquistas. Quando instigado a comentar a prestação dos canoístas do Benfica, Vítor Felix felicitou e comentou as suas recentes prestações.

“Felicito o regresso da Teresa Portela às competições. Correspondeu da melhor maneira ao vencer duas medalhas em distâncias olímpicas, K1 200 metros e K1 500 metros. Prespectiva-se, da sua parte, uma boa prestação no Campeonato do Mundo, tendo como barómetro este Campeonato da Europa. O João Ribeiro acaba por estar em duas medalhas portuguesas. Foi Campeão da Europa em K2 500 metros e no K4 1000 metros  entrou no pódio. A Joana Vasconcelos, há cerca de 15 dias, foi Bronze no Campeonato da Europa de Sub-23 e irá estar agora presente em K1 500 e K1 200 no Campeonato do Mundo de Sub-23, onde depositamos grandes esperanças. É uma excelente atleta e tem uma grande margem de progressão”, concluiu o presidente da Federação de Canoagem, resumindo a prestação dos “encarnados”.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FELICITA CANOÍSTAS

O texto poder ser lido na íntegra no site da Presidência da República [AQUI].

“A canoagem portuguesa alcançou, neste fim-de-semana, o seu melhor desempenho de sempre em Campeonatos Europeus de pista, com seis medalhas – uma de ouro e cinco de bronze.

Quero felicitar todos os atletas portugueses da modalidade que, com alto nível desportivo, representaram Portugal nesta prova, realizada na Alemanha.

Estão de parabéns os atletas João Ribeiro, Emanuel Silva, Fernando Pimenta, David Fernandes, Teresa Portela e Hélder Silva, pela conquista da medalha de ouro na prova de K2 500 e pelas medalhas de bronze obtidas nas provas de K4 1000, K1 200, K1 500, K1 5000 e C1 200.

Felicito, igualmente, a equipa técnica que apoia estes atletas, a todos desejando muitas felicidades pessoais e desportivas.

Aníbal Cavaco Silva”

14/07/2014

Seleccionador de canoagem espera duas ou três medalhas nos Jogos de 2016

LUSA, 14/07/2014

O seleccionador de canoagem, Ryszard Hoppe, manifestou-se esta segunda-feira “convicto” de que Portugal pode apresentar-se nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 com “um mínimo de 10 atletas e pensar em duas ou três medalhas”.

Numa análise aos Europeus da Alemanha, em que Portugal obteve o melhor desempenho de sempre, com uma medalha de ouro e cinco de bronze, o técnico polaco recordou que “a equipa está cada vez mais forte e maior”: “Trouxemos 10 embarcações, oito foram a finais A e seis conquistaram medalhas. Isto é uma grande coisa.”

“Quando houver mais apoio do Comité Olímpico de Portugal e do Instituto Português do Desporto e Juventude podemos chegar ao Rio 2016 com o mínimo de 10 atletas, e pensar em duas ou três medalhas. Recordo que destas seis medalhas nos Europeus, quatro são em distâncias olímpicas, vincou.

Ryszard Hoppe falava dos bronzes de Teresa Portela em K1 200 e 500 metros, do K4 1000 Fernando Pimenta/João Ribeiro/Emanuel Silva/David Fernandes e da C1 200 Hélder Silva – o título Europeu do K2 500 campeão do mundo Emanuel Silva/João Ribeiro e o bronze do K1 5000 Fernando Pimenta foram os pódios de distâncias não olímpicas.

“O balanço é muito positivo. Esperava bons resultados, mas ninguém pensou em seis medalhas. Três ou quatro era possível, seis é uma grande surpresa. Estou contente porque neste Europeu abrimos uma nova página com a primeira medalha das canoas em Europeus absolutos, com o Hélder Silva ou a Teresa Portela com a sua primeira medalha nos 500 metros e a terceira nos 200. Os K4 e K2 confirmaram o seu nível. Estes rapazes têm nível para chegar aos Jogos e ganhar medalhas”, garantiu.

Hoppe revelou que lhe chamaram “louco” quando passou para outros treinadores as responsabilidades técnicas dos kayaks masculinos – que nos últimos dois anos conquistaram a prata olímpica, foram campeões do mundo e vice-campeões europeus -, mas assumiu que o fez a bem de uma “pacificação” e do forçoso reforço dos meios técnicos da federação.

“Não somos diferentes, tirando uns serem mais pequenos e outros mais altos. O importante é o trabalho e um sistema que funcione. A canoagem demonstrou que tudo é possível, mesmo em Portugal. Acho que até em outras modalidades, Portugal pode estar entre os melhores países da Europa e do mundo”, defendeu.

O seleccionador afirmou ainda que se vai “reformar em Portugal”, só não sabendo se o faz após os próximos Jogos Olímpicos, quando tiver 65 anos e 46 anos de treinador.

“A vida de um treinador é a motivação. Portugal é a minha segunda terra. Nos últimos 10 anos, foi mais importante para mim do que a Polónia, onde tenho a família”, concluiu.

O seleccionador seguiu directamente da Alemanha para a Hungria, levando consigo Joana Vasconcelos, Francisca Laia e Maria Cabrita para os Mundiais de sub-23 e juniores, que decorrem no próximo fim-de-semana, em Szeged. Prova que antecede os Mundiais absolutos, em Moscovo, na Rússia, entre 7 e 10 de Agosto.