Foto Sporting
Josefa Idem que nasceu alemã e se naturalizou italiana e até ao verão passado foi ministra do Desporto do seu segundo país, esteve em oito edições dos Jogos Olímpicos, de 1984 a 2012. É um record praticamente impossível de igualar, dada a exigência da canoagem. A seguir só existem três atletas com seis presenças e 17 com cinco. Entrar nesta elite que conjuga competitividade e longevidade é uma das metas de Emanuel Silva, que foi sétimo em Atenas, ainda com idade de Júnior. Chegou às meias-finais em Pequim’08 e foi medalha de prata em Londres’12.
“Já tenho três Jogos Olímpicos e conto ir a mais dois ou mesmo três. No Rio’16 tenho 30 anos, em Tóquio irei nos 34 e recordo que, ainda nos Jogos de Londres, um atleta do K2 húngaro tinha 37 anos. Por isso, se as condições se mantiverem, vontade da minha parte não falta”, diz o canoísta do Sporting, que aos 28 anos adora treinar e diz ter muito para conquistar. “Quero dar continuidade ao bom trabalho. Se já me consideram o melhor atleta nacional da canoagem, irei trabalhar para o continuar a ser durante muitos e bons anos. Se o João, o Fernando e o David quiserem ser melhores, eu também o quero. É desta rivalidade entre nós que surge o alto nível competitivo. Se formos todos igualmente bons, então perfeito”, exclama.
Querendo trabalhar com uma fasquia alta, o canoísta bracarense tem o sonho de “ser campeão olímpico, além de também ser o canoísta português com mais presenças nos Jogos”. Para lá chegar, são se pensa em “escolhas de barcos”. “Fosse num barco-dragão ou a nado, quero é ser campeão olímpico e não temos tantos quanto isso.” E deixa a certeza “Se no Rio de Janeiro tivermos um barco no pódio, eu espero lá estar, seja K1, K2 ou K4. Uma medalha olímpica, só sendo entregue de quatro em quatro anos, é muito especial. É uma medalha pesada e sempre bem vinda, até porque estou numa modalidade que há alguns anos poucos conheciam.”