Original Frankfurter Allgemeine, adaptado Sportscene.tv
Os Jogos Olímpicos vão tornar-se mais coloridos e estimulantes. Por isso são necessários cortes. Alguns desportos podem perder a sua identidade.
Quatro semanas antes de Monte Carlo [Congresso do COI] já a ICF mostrava, no seu congresso em Varsóvia, um pouco do que que pode ser o futuro. “Sabemos que temos de mudar”, disse [Thomas] Konietzko [director da Comissão da ICF para a Reestruturação do Programa Olímpico]. Há um grande nervosismo na federação [ICF]. Assim como a Luta Livre, a canoagem não conta como modalidade com o maior número de participantes mas tem uma ampla variedade de disciplinas individuais.
De modo a aumentar as audiências e impedir cortes, tenciona-se mudar as disciplinas da canoagem de velocidade. De acordo com Konietzko, eventos em estafeta – por exemplo um circuito de 250 metros. “Uma prova lado a lado com mais emoção e que possibilita provas mistas.” Isto poderá significar que “as pistas tradicionais vão ser retiradas do programa”.
No que diz respeito à sustentabilidade, os atletas de canoagem e remo habitualmente pensam no potencial das pistas. Há uma tendência para “menos espaço necessário” disse Konietzko. Isto quer dizer que cidades com lagos e rios mais pequenos também se poderão candidatar a futuros eventos.
Em comparação, os atletas da canoagem de slalom, que não podem ser categorizados como “não-espectaculares”. As manobras ousadas em barcos rápidos e manobráveis, a passar nas portas, são um regalo para a vista. No entanto, de acordo com a ICF, há muito para fazer em relação à compreensão da disciplina por parte do público. “Uma das ideias é instalar portas semelhantes às do Ski Alpino, que fiquem fora de água mas têm de ser negociadas (passadas) com o corpo”, disse Konietzko. Desta forma, seria abandonada a penalização de 2 segundos, que muitas vezes decide a atribuição de medalhas mas que é de difícil compreensão para o público em geral.
É suposto os Europeus de 2015 em Markkleeberg, em Maio, serem um evento de teste. No entanto uma decisão já foi tomada: a partir de 2020 a C1 Mulheres substitui a C2 Homens.
Comissão de Reestruturação do Programa Olímpico da ICF
O objectivo desta comissão é assegurar que a ICF melhora o ranking da modalidade de acordo com a avaliação do COI e mantém a quota existente de atletas, medalhas e eventos.
A comissão é constituída por sete membros: Cecilia Farias (ARG), Mário Santos (POR), Jean
Cecilia Farias (ARG),Mario Santos (POR), Jean-Michel Prono (FRA), Lluis Rabaneda Caselles (ESP), Frank Garner (CAN), Simon Toulson (Secretário Geral da ICF, GBR) e o diretor, Thomas Konietzko (ALE).
Eles vão avaliar cada disciplina da canoagem na perspectiva do Programa Olímpico e arranjar formas de aumentar o Programa Olímpico da Canoagem para 2020, 2024 e 2028.