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Seletiva Nacional Canoa Feminino #Mundial JUN/Sub-23 e Absoluto #canoagem #Womencan

Dando Cumprimento a uma das prioridades estratégicas da Federação Portuguesa de Canoagem para os próximos anos e tal como já tinha sido comunicado na nota explicativa da Taça de Portugal de Regatas em Linha, a FPC está a desenvolver um programa de desenvolvimento da canoa feminina, visando o aumento quantitativo e qualitativo nesta categoria, que fará parte do programa olímpico em 2020. O primeiro passo já foi dado, com a inclusão desta categoria em todas as provas do Campeonato Nacional, das diversas especialidade, que entrou em vigou este ano.

O compromisso assumido com a ICF, obriga a equipa nacional a participar com uma embarcação, quer no Campeonato do Mundo de JUN / Sub-23, a realizar em Montemor-o-Velho, quer também no Campeonato do Mundo Absoluto, a realizar em Milão, de 19 a 23 de Agosto.

No decorrer do Campeonato Nacional de Velocidade, a decorrer no CAR de Montemor-o-Velho, nos dias 28 e 29 de Junho, será realizada uma selectiva com vista ao apuramento das atletas, Esta Seletiva será realizada fora do programa do Campeonato Nacional,  de acordo com os seguintes números:

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Atletas a convocar – Comunicado oficial n.º 20/2015

Jesus Morlan eleito técnico do ano pelo COB #canoagem #Brasil #Piraguismo

O Comité Olímpico do Brasil (COB) escolheu o espanhol Jesús Morlán, da Canoagem Velocidade, e o dinamarquês Morten Soubak, da seleção brasileira feminina de handebol, como os melhores técnicos do ano, nas categorias modalidade individual e coletiva, respectivamente. Eles receberão o troféu durante a cerimónia do Prémio Brasil Olímpico, no dia 16 de dezembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Um dos mais vitoriosos treinadores do mundo, o espanhol Jesús “Suso” Morlán chegou ao Brasil há menos de dois anos e já colocou o país em um novo patamar no cenário mundial da canoagem velocidade. Comandando um grupo de elite de quatro atletas, Jesús foi o grande responsável pela evolução de Isaquias Queiroz, contribuindo decisivamente para que o baiano alcançasse o bicampeonato mundial do C1 500m em 2014.

“Recebo o prémio com muito carinho, mas a minha maior alegria, o meu prémio pessoal, são as medalhas e o reconhecimento dos atletas e da Canoagem Brasileira. É uma grande surpresa ganhar este reconhecimento, pois estou há apenas um ano e meio no Brasil. A Confederação Brasileira de Canoagem e o COB sempre me deram apoio, assim como o BNDES. O que mais gosto de tudo isso é que reconheçam a canoagem do Brasil. Primeiramente eu dedico este prémio aos atletas, depois a todos que trabalham comigo, pois todos me ajudaram de alguma forma para isso. Sozinho eu não teria chegado a lugar algum”, explicou Jesús, que, antes de vir ao Brasil levou o canoísta espanhol Davi Cal a se tornar o maior medalhista olímpico da história do seu país.

Artigo completo CBCa

Pagaiar dia a dia rumo ao Sonho Olímpico #ICFSprint #canoagem #PlanetCanoe #Espanha

RFEP PRESS

No CEAR La Cartuja, em Sevilha estão concentrados 29 dos melhores canoístas espanhóis , treinando arduamente em direção ao sonho olímpico. O grupo recebeu a imprensa para mostrar o seu dia-a-dia de treino, apesar da chuva torrencial que caiu em Sevilha. O grupo, que conta com os olímpicos Saul Craviotto e Paco Cubellos, em alusão ao seu slogan “Os 16 do Brasil 2016”, aproveitou para oferecer ao CEAR La Cartuja um décimo da lotaria de Natal com o número 16216 pela sua inestimável contribuição na preparação dos canoístas.

O dia começa cedo, pelas 07:00, com o grupo dos kayaks 1000 metros a chegar ao refeitório para o pequeno-almoço. Apesar de ensonados é possível ver a determinação no olhar. O treinador Luis Brasero quer maximizar a proximidade da água e no grupo do olímpico Paco Cubelos, todos sabem que cada dia de treino é essencial para atingir os seus objectivos desportivos.

Pouco tempo depois chega o resto do grupo: o duplo medalhado olímpico Saul Craviotto com os seus colegas do grupo dos kayaks 200 metros, a equipa feminina e o promissor grupo dos kayaks Sub-23. Um total de 29 canoístas de alto nível que aspiram arrecadar 8 das 12 medalhas olímpicas de velocidade do programa do Rio de Janeiro 2016.

Um objectivo pelo qual vale a pena molharem-se e a chuva torrencial, pouco comum em Sevilha, não altera o treino. Ouvimos dizer “de qualquer maneira vamos molhar-nos” acompanhado de risos e de seguida “Os 16 do Brasil 2016” começam um novo dia de treinos rumo aos seus objectivos.

Após terminar o primeiro treino de água do dia, que não será o último, ainda têm energia para atender às solicitações da imprensa. Saul Craviotto, antes de explicar os seus objectivos para a época de 2015, reconhece que as condições de hoje não são usuais porque, normalmente, Sevilha “tem umas excelentes condições para treinar no Inverno”. Cauteloso como sempre, um duplo medalhado olímpico assegura que “primeiro tenho de garantir o lugar na equipa de Espanha porque há muita gente com sede de vitória”. Depois adianta que o objectivo é “ir ao Campeonato do Mundo em Milão em Agosto e aí qualificar-me para os Jogos e evitar problemas. Já passei pela situação de estar a 2 meses dos Jogos sem estar qualificado e a verdade é que isso te afecta muito e eu gostaria de estar tranquilo neste ciclo Olímpico”.

Os mesmos objectivos, persegue Paco Cubelos, que treina com os canoístas que levaram o K4 1000 metros à vitória na Taça do Mundo de Velocidade em Milão 2014. Cubelos sente-se satisfeito por pertencer a um grupo de tão elevado nível, “julgo que não há nada sem medalhas internacionais, é o melhor grupo de 1000 metros que eu já vi e isso ajuda-nos a melhorar”. O trabalho diário permite-nos olhar para o futuro com confiança e assegura que “em Londres 2012 era o mais jovem, mas agora aspiro a mais do que a presença na final e conseguir um diploma olímpico, espero estar lá e lutar por uma medalha”.

O grupo de kayaks Mulheres considera precipitado falar de medalhas. A galega Ana Varela é a canoísta mais experiente do K4 500 metros que em 2014 terminou em posição de qualificação olímpica [8º lugar na final A no Mundial de Moscovo] mas apesar disso não podem acomodar-se porque “aqui estão, em teoria, as 10 melhores mas não pode haver tranquilidade porque sabemos que há muita gente fora com bom nível”.

Campeão do Mundo, Josef Dostál, testa novo K1 para condições extremas

Original canoe.cz, traduzido para inglês para Sportscene.tv por Barbora Zehanova

Dóstal, recentemente, esteve de férias em Paris, apanhou cogumelos na floresta perto da casa de férias da família e relaxou no Hawaii. Participou uma Maratona na Bohemia onde sofreu para terminar a prova mas enquanto falamos com Josef Dostál, o Campeão Mundial de K1 e K4 1000 metros, ele prepara afincadamente a nova época. Durante o mês de Novembro vai trocar as nuvens da República Checa pelo sol da Califórnia.

Qual o teu maior objectivo com o treino em Chula Vista, Califórnia?

Durante as 4 semanas nos EUA vamos treinar resistência. É a melhor base de trabalho para a época.

Após terminada a tua época passaste umas férias no Hawaii. O que achaste?

Foi fantástico. Fui visitar um amigo, Ryan Dolan, que treina connosco em San Diego e visitei 4 ilhas do Hawaii que são lindas. Fomos à pesca em outrigger canoes. Fizemos um pequeno percurso a rebocar fios de pesca com isco e apanhamos 3 peixes de 50 cm o que é óptimo.

Quando começaste os treinos para a nova época?

Assim que regressei do Hawaii. Com apenas 30 km de treino na primeira semana decidi participar na Maratona Krumlov. Arrependi-me aos 15 km de prova e acho que ter terminado a prova foi uma das prestações mais corajosas da minha carreira. Doeu muito! Sofri dos 15 aos 25 km. A doer no peito era demais e tive muitas cãibras. No fim da prova não conseguia respirar ou andar.

A caminho dos EUA foste a Portugal. Ouvi dizer que o construtor NELO KAYAKS desenhou um kayak especial para ti. É verdade?

O director de marketing da Nelo Kayaks convidou-me para testar uns barcos. Foi um misto de estágio e férias. Diverti-me imenso. Trataram-me como uma estrela e gostei muito. Andaram comigo em bons carros e não se importaram com a quantidade de comida que eu comia. Num restaurante consegui acabar com o marisco e eles tiveram de reabastecer o stock. No dia seguinte fui almoçar com o Nelo que também é boa boca e comemos meio leitão, cada um.

A NELO desenhou um kayak para condições mais extremas como as que te prejudicaram nos Europeus de Brandenburgo. Como correu esse teste?

Experimentámos o barco no mar. A proa tem a mesma altura da C2 o que é completamente diferente da maioria dos K1’s. Enquanto lá estive também testei o XXXL que é um modelo totalmente novo. Quando olhei para o barco pela primeira vez pensei que ele estava ao contrário.

Então na próxima época vais ter 2 barcos de prova, um deles para condições mais extremas?

Sim, mas ninguém vai notar a diferença, a não ser que os barcos estejam ao lado um do outro. O pessoal costuma espreitar o meu barco porque é enorme. Quero ver os comentários depois de verem este novo modelo.

Ainda falta muito tempo para o início da próxima época de provas. Quais são os teus planos para o treino de Inverno?

Depois de regressar dos EUA vou dedicar-me à Física, Matemática e mais uma disciplina na Universidade. Na passagem de ano vou duas semanas para Livigno em Itália e depois passo duas semanas em casa. Depois disso regresso para os EUA para o início da próxima época de provas.

Página do facebook de Josef Dostal:  www.facebook.com/kayakjosefdostal

Pedido de documentos à #ICF: Falha na Igualdade de Oportunidades, Universalidade e Boa Gestão #PlanetCanoe

Original WomenCan International

Na nossa publicação de 17/11 apresentámos dados que reflectem o domínio dos homens na Federação Internacional de Canoagem (ICF). Os dados mostram que quase todos os seus elementos são homens e que os Comités Executivos e os seus membros são todos homens. Mostram também que a Europa tem 87% das posições nos Comités Executivos e 52% das posições nas Comissões quando os europeus constituem apenas 25% entre todas as Federações Internacionais.

Ao questionarmos porque se mantém esta negligência grosseira na igualdade de género e universalidade, temos de ter estes dados em consideração. Apesar disso, ao longo dos anos, temos sido melhor representadas por vários homens em posições chave do que pela própria Comissão das Mulheres da ICF.

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DESLEIXO NA IGUALDADE DE GÉNERO E NA TRANSPARÊNCIA

A ICF organizou o seu Congresso anual em Varsóvia, Polónia mas pouca informação veio a público. Foram votadas alterações importantes e anunciadas alterações às regras para 2015 e aos programas dos Mundiais que afectam as Canoas Femininas. A única informação que veio a público foram os tweets da CanoeKayak Canada (CKC). Fizemos um pedido de esclarecimentos à ICF mas até agora não obtivemos resposta.unnamed

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PEDIDO

Solicitámos um comunicado de imprensa público, à ICF, com as seguintes informações:

  1. Lista de todas as moções (propostas) submetidas à ICF, por Federação Nacional e/ou trabalhadas pela ICF antes do Congresso de 2014. Cada moção deve incluir a justificação para a propostas de alteração. Esta lista deve incluir as moções aprovadas e as reprovadas e a justificação para a desaprovação;
  2. A lista de votos completa dos participantes no Congresso da ICF 2014 (nomes e Federação a que pertencem. Estiveram 248 participantes);
  3. Uma explicação sobre a forma de escolha e nomeação dos membros da ICF e de como as posições dos representantes dos Continentes são escolhidas e distribuídas;
  4. Informação detalhada sobre o Projecto de Boa Gestão da ICF;
  5. Um relatório ou resposta da Comissão de Mulheres da ICF com a sua posição/opinião sobre o actual estado das coisas (ex: falta de igualdade de oportunidades para as atletas femininas e para as mulheres no acesso a lugares de decisão e administração) e a sua estratégia para o desenvolvimento das mulheres no desporto, igualando o programa Olímpico e o aumento do número de mulheres nas posições de decisão;
  6. Reconsideração por parte da ICF sobre o programa das Canoas Mulheres para 2015.
    • A ICF deve incluir pelo menos 4 provas em todas as Competições Internacionais de 2015.
    • Para além do desnecessário adiamento do programa Olímpico para “talvez” 2020, manter adiada a implementação de um programa de provas igualitário em eventos Mundiais é uma violação dos direitos humanos à luz dos Princípios Olímpicos e da própria política da ICF para a Igualdade de Género. Esta repressão leva a que as Federações Nacionais também limitem ou impeçam o acesso e a igualdade de oportunidades das mulheres e raparigas.
    • De acordo com os dados da própria ICF há, aproximadamente, 50 países com mulheres e raparigas a competir e/ou a desenvolver a canoa velocidade ou slalom.
    • Nas competições mundiais de 2014 em velocidade e slalom, os níveis de participação chegaram aos 29 países de 5 continentes. No entanto, devido à falta de Estatuto Olímpico, muitas Federações Nacionais continuam a não levar a sério a igualdade de género, não desenvolvendo e não levando as Canoas Mulheres às grandes competições internacionais da ICF e muitas continuam a não organizar provas de nível nacional. Apenas a C1 200 metros não é suficiente para a comunidade de mulheres e raparigas que estão a competir/desenvolver as canoas e QUEREM competir em canoas.

CANOAS MULHERES 2015 E MAIS ALÉM

De acordo com os tweets da CKC durante o Congresso da ICF (7 de Novembro de 2014) o programa Mundial para 2015 será assim:

  1. Campeonato de Mundo de Velocidade de JUN/Sub-23
  • 2014: 2 provas: C1 200, C2 500
  • 2015: Programa aprovado: C1 200, Retirada a C2 500 e adicionado C1 500 e C2 200
  1. Campeonato do Mundo de Velocidade Absoluto – SEM ALTERAÇÕES
  • 2014: 2 provas C1 200, C2 500
  1. Campeonato do Mundo de Maratona Absoluto e de JUN/Sub-23
  • 2014: Sem provas de Canoas Mulheres
  • 2015: Adicionados C1 Mulheres Absolutos e JUN

PERGUNTAS

  1. Porque não há alterações ao programa dos Mundiais de Absolutos se, em simultâneo, há uma proposta de incluir as Canoas Mulheres nos Jogos Olímpicos de 2020?
  • As Mulheres esperavam e estão prontas para um mínimo de 5 provas para 2015 a todos os níveis: C1 200, C1 500, C2 200, C2 500 e C1 5000.
  • Se as mulheres podem fazer a Maratona porque não podem fazer a distância mais longa do Campeonato do Mundo de Velocidade?
  1. Porque foi retirada a C2 500 metros do programa dos JUN/Sub-23 se se mantém no programa Absoluto?

(E já agora, ICF: deixem de anunciar que as Canoas Mulheres “vão estar” nos Jogos Olímpicos de 2020. O COI é o único organismo com autoridade para anunciar isso e as decisões para 2020 vão ser feitas nos dias 8-9 de Dezembro de 2014. Os líderes da ICF começaram com estas afirmações em Maio de 2014 e deram indicações à comunicação social para fazerem o mesmo, causando litígios desnecessários na comunidade da canoagem.) unnamed (1)

CONTINUADA FALTA DE TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA

A transparência é um elemento chave na Boa Gestão, assim como a responsabilidade, profissionalismo e integridade – e tudo junto gera confiança. A falta de transparência da ICF e a informação que fizeram passar às pessoas que são mais afectadas pelas suas decisões – os atletas – e a sua contínua desinformação ao público e ao COI, deixaram os seus membros a fazer muitas perguntas sobre o futuro da canoagem no Programa Olímpico. Continua a causar desconfiança o compromisso assumido pela ICF para a Igualdade de Género e Universalidade, de acordo com a Carta Olímpica e com a Política de Igualdade da ICF e até mesmo o compromisso para com a Canoa Canadiana como disciplina com legado Olímpico.

O comportamento e decisões da ICF bem como das Federações Nacionais para com as comunidades locais/regionais de canoagem.

A ICF não definiu uma estratégia clara, compreensível e viável sobre o caminho a seguir pelas Mulheres na nossa modalidade e para a Canoa Canadiana.

CONCLUSÃO

Em conclusão, a ICF e as Federações Nacionais dizem estar preocupadas com os baixos níveis de participação na Canoa Canadiana, em geral, e com as Mulheres na Canoa em particular. Apesar de ser importante alterar o peso e o desenvolvimento de novas tecnologias, isso não é suficiente. Olhemos apenas para as próprias decisões da ICF sobre o contínuo adiamento de igualdade para as mulheres, nos seus programas (provas e distâncias de competição) e a sua decisão de nunca incluir a C4 nos Jogos Olímpicos desde 1936 a par do K4 que actualmente existe no programa para homens e mulheres. A prova de canoa de 4 pessoas a moverem de forma poderosa os braços, ancas e as pernas em uníssono é espectacular de ver.

Menos oportunidades aos atletas = menos incentivo para o investimento

A riqueza e a economia dos países, sofre, quando a metade da sua população, é limitado ou impedido a igualdade de acesso às oportunidades. No desporto é igual.

Cuba domina canoagem nos XXII Jogos Centroamericanos e do Caribe

Venceu 8 títulos em 12 possíveis. Yusmara Mengana teve a melhor prestação individual com 2 ouros e uma prata.

A canoagem de Cuba dominou nos XXII Jogos Centroamericanos e do Caribe no porto de Tuxpan, México.

http://www.cubasi.cu/cubasi-noticias-cuba-mundo-ultima-hora/item/33728-cuba-arraso-en-el-canotaje

K4 perde meio milhão de euros #ICFsprint #PlanetCanoe #canoagem

Em Sevilha: E-D: Rodrigo Germade, Iñigo Peña, òscar Carrera e Javier Hernanz – Foto Toni Rodriguez (Diario AS)

No meio da canoagem [de Espanha] é dos êxitos de David Cal e Saul Craviotto que se fala e confia-se muito no K4 que faz tempos de medalha olímpica. Um K4 que conquistou o ouro na Taça do Mundo em Maio e trouxe à memória um outro K4 histórico, o de Herminio Menendez, Misione Ramos, José Maria e Sosé Ramón Díaz Celorrio-Flor, prata nos Jogos de Montreal 1976 e campeão do mundo no ano anterior.

O asturiano Javier Hernanz (31 anos), os galegos Rodrigo Germade (24) e Óscar Carrera (23) e o basco Iñigo Peña (24) olham para o Rio’2016 no seu objectivo desde que se juntaram há 1 ano e meio com o objectivo claro de estar no mais alto lugar do pódio mas também digerem a falta de sorte. Um fenómeno anormal que no passado mês de agosto os deixou sem aproximadamente meio milhão de euros: a subvenção máxima da ADO a que teriam direito por conquistarem o título de Campeões do Mundo em Moscovo.

“Íamos em 2º lugar a 200 metros do final com a regata controlada para subirmos na recta final quando sentimos uma guinada e percebemos que não tínhamos leme”, recorda Hernanz.

Um veio de 6 milímetros que sustenta o leme e que se partiu. “Nunca tinha visto nada assim. Deve ter sido por defeito ou fadiga do material – A Federação solicitou uma pesquisa ao Centro de Experiências Hidrodinâmicas de El Pardo, que concluiu não ter havido sabotagem. Ficaram a 40 segundos do ouro e do reconhecimento que merecem, estes atletas que treinam 8 horas por dia, e isso é muito difícil”, recorda Luis Brasero, o treinador.

A desclassificação teve outra consequência, económica. “Perdemos meio milhão de euros, porque assegurávamos uma subvenção de 70.000 euros num ano e 60.000 euros no seguinte. Agora, com um pouco de sorte, vamos receber 700 euros por mês”, calcula Hernanz, a quem dói mais a consequência desportiva: “Há muitos anos que tento ser campeão mundial”.

Podem resolver isso em Agosto de 2015, no Mundial de Milão (os 7 primeiros apuram-se para os Jogos). Entretanto vão treinando entre Picadas (“no Inverno chega aos 8 graus abaixo de zero”, diz-nos Brasero) e no Guadalquivir em Sevilha. “Os meus parceiros de treino são muito forte fisicamente. Muito duros… e ainda por cima todos do Real Madrid”, relata o asturiano. “Neste momento estamos a melhor o descanso, a alimentação, perder gordura sem perder força…  Pequenos ajustes que nos fazem ser mais rápidos”. Um K4 que faz 6000km por ano de treino para que no Rio’2016 as últimas 350 pagaiadas sejam de ouro.