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David Cal anuncia oficialmente a retirada #DavidCal #piraguismo #canoagem “ICFsprint

Foto Jorge Landín

Um emocionado David Cal anunciou oficialmente a sua retirada do desporto profissional. Na Câmara Municipal de Cangas, o canoísta galego, disse em conferência de imprensa que não se “sentia bem e que “perdeu a motivação”, a garra para seguir competindo e por isso tomou a decisão.

Cal de 32 anos, é o desportista olímpico mais laureado de Espanha com cinco medalhas: quatro pratas e um ouro. Quis agradecer o apoio de todos os que o acompanharam, desde o início, durante tantos anos de competição.

O diário MARCA anunciou na quarta-feira a sua retirada. Em relação a isso, lamenta a forma como teve de o anunciar. Imaginei a minha despedida de outra forma, falando primeiro com o meu círculo mais chegado e despois torna-lo público.

“Quando vi a MARCA na quarta-feira disse: aí está! O que me havia de acontecer. Fui apanhado de surpresa, desabou tudo. E no final tivemos de dar esta conferência de imprensa à pressa”, diz David Cal ao microfone da Radio MARCA.

Escolheu Cangas de Morrazo para o anúncio porque ali estão as pessoas que sempre o acompanharam, é a sua terra e onde cresceu.

Entre outras coisas, esta é uma das razões da sua retirada. Durante o último ano estava a treinar em São Paulo, muito distante do seu lar: “Sou uma pessoa muito caseira e estava a 8000 km de casa, da minha família e dos meus amigos”.

Mas “o motivo principal é falta de motivação”, disse. “Se não tens garra e não estás disposto a pagar o preço que tens de pagar para conseguir uma medalha olímpica, tens de parar”, assegura.

SACRIFÍCIOS

David Cal perdeu a motivação para se manter ao mais alto nível e, pouco a pouco, isso foi tendo consequências no momento de se esforçar, de trabalhar e preparar-se para competir.

“Treinar por treinar para ver se me motivava… Não estava a gostar da situação, e era muito duro, não o fazia com a mesma intensidade. O acumular de tudo isso começou a desgastar-me. São muitos anos a competir”, afirma Cal.

“Em alguns momentos senti-me sozinho, não tinha ninguém que acompanhasse os treinos. Isso vai-te desmotivando, a intensidade vai baixando e a garra desaparece”, por isso não se sentia preparado para ir aos Jogos Olímpicos. Razão pela qual decidiu abandonar: “É melhor retirar-me agora do que sofrer uma grande desilusão desportiva”.

O SEU TREINADOR

Acerca dos rumores de que o seu treinador, Suso Morlán, tinha sido uma das razões da sua retirada, o canoísta quis deixar claro que não é assim.

“Nunca me falhou, o único que falhou fui eu. Estive 18 anos com o meu treinador, disse que tive problemas com ele mas eu e o Suso estamos bem. Suso teve uma grande responsabilidade nos meus êxitos e só posso agradecer todos os momentos que passámos, os bons como os maus”, concluiu.

A DECISÃO

Ao David Cal o que mais lhe custou foi contar aos seus pais. Não sabia qual seria a reacção mas depois de lhes contar recebeu imediatamente o seu apoio e compreensão.

“Custou-me muito contar aos meus pais que me iria retirar mas depois de lhes contar a minha mãe apoiou totalmente a decisão. Não hesitou e apoiou-me desde o primeiro momento”.

Cal assegura que é uma decisão muito ponderada, que “tentas sempre ver as coisas pela positiva” e “dar a volta” mas “as coisas vão-se complicando e no fim é isto que acontece”.

UM PRIVILEGIADO

O olímpico mais medalhado de Espanha sabe que é um privilegiado e dá muito valor a tudo o que alcançou.

“Sinto-me um privilegiado. Pratico canoagem desde os 8 anos e alcancei tudo aquilo que estabeleci. Competir nuns Jogos Olímpicos e conseguir uma medalha… E ainda me tornei campeão” disse Cal, recordando os seu êxitos desportivos.

“Agora quero estar na minha casa, com a minha família, os meus amigos… Disfrutar com eles. Quero também fazer algo relacionado com o desporto para me manter ligado a ele. Acho que posso transmitir muita experiência”, finalizou David Cal.

MARCA

David Cal despede-se esta tarde #DavidCal #canoagem #piraguismo #ICFsprint #Espanha

O inexplicável silêncio de David Cal terminará esta sexta-feira e com ele eventuais soluções: a sua retirada é definitiva. Segundo anunciou a Radio Galega e confirmado na Cadena Cope, o alcaide de Cangas de Morrazo, José Enrique Sotelo, o canoísta confirmará a sua despedida e explicará as razões numa conferência de imprensa que terá lugar às 16:30. Apesar de ter admitido que, nas últimas horas, lhe foram oferecidas por parte várias autoridades as condições para continuar a treinar em Espanha longe do seu treinador de sempre, Jesus Morlan, o alcaide confirmou a sua decisão,“embora seja muito difícil, não há volta a dar”.

Como comentou na cadena episcopal, Sotelo, com o Secretário Geral de Deporto da Xunta, José Ramón Lete, ele falou por uma hora com Cal na quinta-feira em sua casa em Pontevedra. “Eu tentei, mas diz que não é uma questão de encontrar um novo treinador. Eu não acho que a retirada seja por causa de Morlan. Eu não digo que eles não tiveram as suas tricas, mas não é por isso” afirmou o dirigente insistindo que fosse o atleta a explicar as razões porque “os fãs merecem”. “Eu tenho-o visto muito calmo, como de costume. Acho que fui eu mais tomado pela emoção do que ele”, observou Sotelo.

“Ele queria despedir-se de outra forma mas o aconteceu o que aconteceu. Queria fazer as coisas bem e agora não há volta a dar. Há pessoas que lhe estenderam uma passadeira vermelha para a retirada”, encerrou o alcaide, referindo-se a polémica criada entre o presidente do Comité Olímpico Espanhol (COE), Alejandro Blanco, e algumas pessoas mais chegadas ao atleta. Cal, depois de falar com os seus pais, disse na segunda-feira a Blanco, antes de falar com o seu representante, ao próprio Morlán, a amigos e ao seu principal patrocinador, a Universidade Católica de Murcia, o que levou muitos a não acreditarem no anúncio.

O sinal de alarme, de fato, já tinha surgido semanas antes, mas muitos não quiseram acreditar. O atleta espanhol com mais medalhas Olímpicas na história em fevereiro passado decidiu cancelar seu regresso ao Brasil, onde treinou a partir de 2013, e ficar em casa por tempo indeterminado. A dureza do processo que tinha pela frente para se qualificar para os Jogos Rio 2016, que o obrigava a uma nova dieta por um ano e meio para perder 20 quilos, juntou-se ao incómodo de ter que treinar no Brasil partilhando o treinador de toda a sua carreira com mais 5 canoístas.

 elmundo.es

David Cal rompe com Suso Morlán, seu técnico de sempre  #DavidCal #piraguismo #canoagem

Uma possível retirada do galego era coerente com o mau momento físico e anímico que o quíntuplo medalhado Olímpico está a passar. Acaba de romper com o técnico de toda a sua vida, Suso Morlán, com quem treinava no Brasil. O próprio Morlán enviou um e-mail muito duro à Federação (RFEP) onde dava conta do seu baixo rendimento. O técnico chegou a afirmar: “Cal tem 20 quilos a mais”.

Perante este panorama, desanimado, o canoísta equacionava a jubilação desportiva ao 32 anos mas o regresso ao seu ambiente e os seus amigos do Club Ría de Aldán podem inverter esta situação, na Galíza, junto dos seus entes queridos e com um técnico local. Estão até dispostos a trazer um treinador da Alemanha. O seu médico de sempre, Fernando Huelin, também não o dá como acabado apesar da evidente má forma.

As mostras de carinho têm chegado a Cal que não fecha a porta. Apoio não lhe falta. Pablo Rosique, director desportivo da UACM Murcia, mostrou-se “muito surpreendido” com o anúncio da retirada e contactou Saborido [manager de David Cal] para oferecer-lhe “tudo o que necessite”.

Também o CSD lhe enviou uma mensagem de apoio.Para além da UCAM, Cal mantém contratos assinados com Aguas de Monadriz, Grupo Vitas e a Xunta. E tinha sobre a mesa outro contrato de 100.000 dólares. Isto para além do subsídio de 24.000 euros do ADO. Estes compromissos também podem influenciar a decisão, especialmente num momento delicado para a sua família.

masdeporte.com

“Alejandro Blanco [COE] traiu David Cal” diz manager Antonio Saborido #DavidCal #Espanha #Piraguismo #canoagem

O manager de David Cal fala sobre a estranha retirada do desportista e assegura que este “não pode ser o final”.

Foi noticia na quarta-feira. Enquanto o próprio David Cal ainda não explicou as razões para a sua retirada, a estranha forma de comunicar levanta muitas questões. Antonio Saborido, o seu manager foi ao “EL LARGERO” esclarecer um pouco a decisão. “David Cal nunca me disse que ia retirar-se”, foi a sua primeira afirmação, explicando que têm reuniões agendadas na próxima semana com os patrocinadores.“Em nenhum momento anunciou a retirada”, conta com base nas conversas que tem tido com a família, visto que não conseguiu falar com o próprio canoísta. Saborido não tem papas na língua ao falar sobre o COE e a forma como Alejandro Blanco traiu a confiança de David. “Não entendo como se tenta retirar o David pela porta de trás do desporto”, critíca, acerca do comunicado do COE.

“Não creio que o David queira abandonar, acho que fez o pedido de ajuda”, conta ao explicar a ideia da visita a Múrcia e a forma com o COE decidiu fazer chegar ao público.

EL LARGERO, Cadena SER

David Cal retira-se #Espanha #piraguismo #canoagem #Galicia #ICFsprint #DavidCal

O Jornal A Marca anunciou que David Cal vai retirar-se da alta competição. O atleta espanhol com maior número de medalhas olímpicas abandona a 1 ano e meio daqueles que seriam os seus quintos Jogos Olímpicos consecutivos.

Cal perdeu a motivação e regressou a Espanha, vindo do Brasil onde treinava desde 2013.

O canoísta galega tem um palmarés formidável. Alcançou a fama nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 com um ouro e uma prata que o tornaram uma referência do desporto espanhol mas, um ano antes, já tinha sido vice-campeão do mundo no Campeonato do Mundo de Gainesville (EUA).

Ao todo ganhou 15 medalhas internacionais entre 2003 e 2012 (5 olímpicas, 5 mundiais e 5 europeias).

Depois dos Jogos Olímpicos de Londres, Cal decidiu seguir os passos de Suso Morlán, seu mentor desde criança. Foi com ele para o Brasil porque o país da América Latina tinha contrato Morlán para orientar a equipa brasileira.

No ano passado disputou o Mundial de Moscovo mas não brilhou, algo habitual nene, que só se concentrar no Mundial do ano anterior aos Jogos que é de apuramento. Na capital russa destacou-se Isaquias Queiroz, a jovem estrela brasileira com quem treina no Brasil.

O próximo objectivo de David Cal era o Mundial de Milão do próximo mês de Agosto que servirá para apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O Confidencial

Ano e meio de dieta até aos Jogos Olímpicos – David Cal #canoagem #Brasil #Espanha

Davis Cal tem de perder 20 kg até aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Os próximos 12 meses vão ser o ponto de partida para os Jogos no Rio. São muitos os desportistas que procuram o apuramento olímpico, nos 365 dias que antecedem o maior evento desportivo. O espanhol com mais medalhas olímpicas não será excepção. Quer acabar entre os 6 primeiros no Mundial de Milão de 2015, conseguirá a vaga para o Rio sem passar pelo pré-olímpico europeu.

Dono de cinco pódios (um ouro e quatro pratas) em três edições dos Jogos (Atenas’2004, Pequim’2008 e Londres’2012), Cal não sabia se continuaria a competir após o recorde.

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David Cal em Londres’2012 – foto Kai Forsterling

O primeiro objectivo de Cal, em 2015, é perder peso, como admitiu o seu treinador à Folha de São Paulo: “Tem de ser um exemplo para os jovens canoístas brasileiros com que treina e para isso tem de perder 20 kg até aos Jogos”. “No entanto, temos tempo. Tenho de trabalhar todos os dias par chegar bem a 2016. Trata-se de perder peso e é possível”, disse Cal.

O canoísta espanhol treina desde abril de 2013 com a selecção brasileira como atleta convidado, graças a um convénio entre o Comité Olímpico, o Conselho Nacional de Desporto de Espanha e as autoridades desportivas brasileiras. “Foi a melhor decisão. Desde 2007 até 2012 treinávamos sozinhos, Jesús [Suso Morlán] e eu. Era uma monotonia. A mudança fez-me muito bem. Aqui tenho outra rotina, muito positiva”, afirma Cal.

O canoísta seguiu os passos do seu treinador, e não é para menos porque Morlán é o seu treinador há 16 anos. Suso foi contratado pelo Comité Olímpico do Brasil para planificar a preparação até aos Jogos do Rio. Este ano foi agraciado como um dos melhores treinadores do país, após levar Isaquías Queiroz (20 anos) ao título de campeão mundial de C1 500 metros pelo segundo ano consecutivo.

Marca.com

Jesus Morlan eleito técnico do ano pelo COB #canoagem #Brasil #Piraguismo

O Comité Olímpico do Brasil (COB) escolheu o espanhol Jesús Morlán, da Canoagem Velocidade, e o dinamarquês Morten Soubak, da seleção brasileira feminina de handebol, como os melhores técnicos do ano, nas categorias modalidade individual e coletiva, respectivamente. Eles receberão o troféu durante a cerimónia do Prémio Brasil Olímpico, no dia 16 de dezembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Um dos mais vitoriosos treinadores do mundo, o espanhol Jesús “Suso” Morlán chegou ao Brasil há menos de dois anos e já colocou o país em um novo patamar no cenário mundial da canoagem velocidade. Comandando um grupo de elite de quatro atletas, Jesús foi o grande responsável pela evolução de Isaquias Queiroz, contribuindo decisivamente para que o baiano alcançasse o bicampeonato mundial do C1 500m em 2014.

“Recebo o prémio com muito carinho, mas a minha maior alegria, o meu prémio pessoal, são as medalhas e o reconhecimento dos atletas e da Canoagem Brasileira. É uma grande surpresa ganhar este reconhecimento, pois estou há apenas um ano e meio no Brasil. A Confederação Brasileira de Canoagem e o COB sempre me deram apoio, assim como o BNDES. O que mais gosto de tudo isso é que reconheçam a canoagem do Brasil. Primeiramente eu dedico este prémio aos atletas, depois a todos que trabalham comigo, pois todos me ajudaram de alguma forma para isso. Sozinho eu não teria chegado a lugar algum”, explicou Jesús, que, antes de vir ao Brasil levou o canoísta espanhol Davi Cal a se tornar o maior medalhista olímpico da história do seu país.

Artigo completo CBCa

K4 perde meio milhão de euros #ICFsprint #PlanetCanoe #canoagem

Em Sevilha: E-D: Rodrigo Germade, Iñigo Peña, òscar Carrera e Javier Hernanz – Foto Toni Rodriguez (Diario AS)

No meio da canoagem [de Espanha] é dos êxitos de David Cal e Saul Craviotto que se fala e confia-se muito no K4 que faz tempos de medalha olímpica. Um K4 que conquistou o ouro na Taça do Mundo em Maio e trouxe à memória um outro K4 histórico, o de Herminio Menendez, Misione Ramos, José Maria e Sosé Ramón Díaz Celorrio-Flor, prata nos Jogos de Montreal 1976 e campeão do mundo no ano anterior.

O asturiano Javier Hernanz (31 anos), os galegos Rodrigo Germade (24) e Óscar Carrera (23) e o basco Iñigo Peña (24) olham para o Rio’2016 no seu objectivo desde que se juntaram há 1 ano e meio com o objectivo claro de estar no mais alto lugar do pódio mas também digerem a falta de sorte. Um fenómeno anormal que no passado mês de agosto os deixou sem aproximadamente meio milhão de euros: a subvenção máxima da ADO a que teriam direito por conquistarem o título de Campeões do Mundo em Moscovo.

“Íamos em 2º lugar a 200 metros do final com a regata controlada para subirmos na recta final quando sentimos uma guinada e percebemos que não tínhamos leme”, recorda Hernanz.

Um veio de 6 milímetros que sustenta o leme e que se partiu. “Nunca tinha visto nada assim. Deve ter sido por defeito ou fadiga do material – A Federação solicitou uma pesquisa ao Centro de Experiências Hidrodinâmicas de El Pardo, que concluiu não ter havido sabotagem. Ficaram a 40 segundos do ouro e do reconhecimento que merecem, estes atletas que treinam 8 horas por dia, e isso é muito difícil”, recorda Luis Brasero, o treinador.

A desclassificação teve outra consequência, económica. “Perdemos meio milhão de euros, porque assegurávamos uma subvenção de 70.000 euros num ano e 60.000 euros no seguinte. Agora, com um pouco de sorte, vamos receber 700 euros por mês”, calcula Hernanz, a quem dói mais a consequência desportiva: “Há muitos anos que tento ser campeão mundial”.

Podem resolver isso em Agosto de 2015, no Mundial de Milão (os 7 primeiros apuram-se para os Jogos). Entretanto vão treinando entre Picadas (“no Inverno chega aos 8 graus abaixo de zero”, diz-nos Brasero) e no Guadalquivir em Sevilha. “Os meus parceiros de treino são muito forte fisicamente. Muito duros… e ainda por cima todos do Real Madrid”, relata o asturiano. “Neste momento estamos a melhor o descanso, a alimentação, perder gordura sem perder força…  Pequenos ajustes que nos fazem ser mais rápidos”. Um K4 que faz 6000km por ano de treino para que no Rio’2016 as últimas 350 pagaiadas sejam de ouro.