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Seletiva Nacional Canoa Feminino #Mundial JUN/Sub-23 e Absoluto #canoagem #Womencan

Dando Cumprimento a uma das prioridades estratégicas da Federação Portuguesa de Canoagem para os próximos anos e tal como já tinha sido comunicado na nota explicativa da Taça de Portugal de Regatas em Linha, a FPC está a desenvolver um programa de desenvolvimento da canoa feminina, visando o aumento quantitativo e qualitativo nesta categoria, que fará parte do programa olímpico em 2020. O primeiro passo já foi dado, com a inclusão desta categoria em todas as provas do Campeonato Nacional, das diversas especialidade, que entrou em vigou este ano.

O compromisso assumido com a ICF, obriga a equipa nacional a participar com uma embarcação, quer no Campeonato do Mundo de JUN / Sub-23, a realizar em Montemor-o-Velho, quer também no Campeonato do Mundo Absoluto, a realizar em Milão, de 19 a 23 de Agosto.

No decorrer do Campeonato Nacional de Velocidade, a decorrer no CAR de Montemor-o-Velho, nos dias 28 e 29 de Junho, será realizada uma selectiva com vista ao apuramento das atletas, Esta Seletiva será realizada fora do programa do Campeonato Nacional,  de acordo com os seguintes números:

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Atletas a convocar – Comunicado oficial n.º 20/2015

Taça de Canoas Mulheres, Bologne Sur Mer 30 e 31 de Maio #ICFsprint #WomenCanInternational

No seguimento do programa de desenvolvimento das Canoas Mulheres, a ICF em colaboração com a Fédération Française de Canoe-Kayak e o Boulogne Sur Mer Canoe Club, organizam a 4ª Taça de Canoas Mulheres.

Destaque para a presença da Campeã do Mundo Absoluto, a atleta do Canadá, Laurence Vincent-Lapointe, que recentemente ganhou duas medalhas de Ouro em Portugal no decorrer da 1ª Taça do Mundo.

Regatas: C1 e C2: 200m, 500m, 2000m e C4 200m

Esta semana decorreu um estágio [Training Camp] com a presença de 40 atletas em representação de 15 países que vão competir na bacia do rio Liane.

Sempre com o mesmo objectivo: mostrar que a Canoa no Feminino merece o seu lugar no programa Olímpico. Como prova dessa vontade, Istvan Vasjuti, vice-presidente da ICF, esteve presente no estágio e estará este fds no decorrer da Taça.

Programa de Prova AQUI.

Os resultados podem ser acompanhados através deste link.

Pedido de documentos à #ICF: Falha na Igualdade de Oportunidades, Universalidade e Boa Gestão #PlanetCanoe

Original WomenCan International

Na nossa publicação de 17/11 apresentámos dados que reflectem o domínio dos homens na Federação Internacional de Canoagem (ICF). Os dados mostram que quase todos os seus elementos são homens e que os Comités Executivos e os seus membros são todos homens. Mostram também que a Europa tem 87% das posições nos Comités Executivos e 52% das posições nas Comissões quando os europeus constituem apenas 25% entre todas as Federações Internacionais.

Ao questionarmos porque se mantém esta negligência grosseira na igualdade de género e universalidade, temos de ter estes dados em consideração. Apesar disso, ao longo dos anos, temos sido melhor representadas por vários homens em posições chave do que pela própria Comissão das Mulheres da ICF.

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DESLEIXO NA IGUALDADE DE GÉNERO E NA TRANSPARÊNCIA

A ICF organizou o seu Congresso anual em Varsóvia, Polónia mas pouca informação veio a público. Foram votadas alterações importantes e anunciadas alterações às regras para 2015 e aos programas dos Mundiais que afectam as Canoas Femininas. A única informação que veio a público foram os tweets da CanoeKayak Canada (CKC). Fizemos um pedido de esclarecimentos à ICF mas até agora não obtivemos resposta.unnamed

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PEDIDO

Solicitámos um comunicado de imprensa público, à ICF, com as seguintes informações:

  1. Lista de todas as moções (propostas) submetidas à ICF, por Federação Nacional e/ou trabalhadas pela ICF antes do Congresso de 2014. Cada moção deve incluir a justificação para a propostas de alteração. Esta lista deve incluir as moções aprovadas e as reprovadas e a justificação para a desaprovação;
  2. A lista de votos completa dos participantes no Congresso da ICF 2014 (nomes e Federação a que pertencem. Estiveram 248 participantes);
  3. Uma explicação sobre a forma de escolha e nomeação dos membros da ICF e de como as posições dos representantes dos Continentes são escolhidas e distribuídas;
  4. Informação detalhada sobre o Projecto de Boa Gestão da ICF;
  5. Um relatório ou resposta da Comissão de Mulheres da ICF com a sua posição/opinião sobre o actual estado das coisas (ex: falta de igualdade de oportunidades para as atletas femininas e para as mulheres no acesso a lugares de decisão e administração) e a sua estratégia para o desenvolvimento das mulheres no desporto, igualando o programa Olímpico e o aumento do número de mulheres nas posições de decisão;
  6. Reconsideração por parte da ICF sobre o programa das Canoas Mulheres para 2015.
    • A ICF deve incluir pelo menos 4 provas em todas as Competições Internacionais de 2015.
    • Para além do desnecessário adiamento do programa Olímpico para “talvez” 2020, manter adiada a implementação de um programa de provas igualitário em eventos Mundiais é uma violação dos direitos humanos à luz dos Princípios Olímpicos e da própria política da ICF para a Igualdade de Género. Esta repressão leva a que as Federações Nacionais também limitem ou impeçam o acesso e a igualdade de oportunidades das mulheres e raparigas.
    • De acordo com os dados da própria ICF há, aproximadamente, 50 países com mulheres e raparigas a competir e/ou a desenvolver a canoa velocidade ou slalom.
    • Nas competições mundiais de 2014 em velocidade e slalom, os níveis de participação chegaram aos 29 países de 5 continentes. No entanto, devido à falta de Estatuto Olímpico, muitas Federações Nacionais continuam a não levar a sério a igualdade de género, não desenvolvendo e não levando as Canoas Mulheres às grandes competições internacionais da ICF e muitas continuam a não organizar provas de nível nacional. Apenas a C1 200 metros não é suficiente para a comunidade de mulheres e raparigas que estão a competir/desenvolver as canoas e QUEREM competir em canoas.

CANOAS MULHERES 2015 E MAIS ALÉM

De acordo com os tweets da CKC durante o Congresso da ICF (7 de Novembro de 2014) o programa Mundial para 2015 será assim:

  1. Campeonato de Mundo de Velocidade de JUN/Sub-23
  • 2014: 2 provas: C1 200, C2 500
  • 2015: Programa aprovado: C1 200, Retirada a C2 500 e adicionado C1 500 e C2 200
  1. Campeonato do Mundo de Velocidade Absoluto – SEM ALTERAÇÕES
  • 2014: 2 provas C1 200, C2 500
  1. Campeonato do Mundo de Maratona Absoluto e de JUN/Sub-23
  • 2014: Sem provas de Canoas Mulheres
  • 2015: Adicionados C1 Mulheres Absolutos e JUN

PERGUNTAS

  1. Porque não há alterações ao programa dos Mundiais de Absolutos se, em simultâneo, há uma proposta de incluir as Canoas Mulheres nos Jogos Olímpicos de 2020?
  • As Mulheres esperavam e estão prontas para um mínimo de 5 provas para 2015 a todos os níveis: C1 200, C1 500, C2 200, C2 500 e C1 5000.
  • Se as mulheres podem fazer a Maratona porque não podem fazer a distância mais longa do Campeonato do Mundo de Velocidade?
  1. Porque foi retirada a C2 500 metros do programa dos JUN/Sub-23 se se mantém no programa Absoluto?

(E já agora, ICF: deixem de anunciar que as Canoas Mulheres “vão estar” nos Jogos Olímpicos de 2020. O COI é o único organismo com autoridade para anunciar isso e as decisões para 2020 vão ser feitas nos dias 8-9 de Dezembro de 2014. Os líderes da ICF começaram com estas afirmações em Maio de 2014 e deram indicações à comunicação social para fazerem o mesmo, causando litígios desnecessários na comunidade da canoagem.) unnamed (1)

CONTINUADA FALTA DE TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA

A transparência é um elemento chave na Boa Gestão, assim como a responsabilidade, profissionalismo e integridade – e tudo junto gera confiança. A falta de transparência da ICF e a informação que fizeram passar às pessoas que são mais afectadas pelas suas decisões – os atletas – e a sua contínua desinformação ao público e ao COI, deixaram os seus membros a fazer muitas perguntas sobre o futuro da canoagem no Programa Olímpico. Continua a causar desconfiança o compromisso assumido pela ICF para a Igualdade de Género e Universalidade, de acordo com a Carta Olímpica e com a Política de Igualdade da ICF e até mesmo o compromisso para com a Canoa Canadiana como disciplina com legado Olímpico.

O comportamento e decisões da ICF bem como das Federações Nacionais para com as comunidades locais/regionais de canoagem.

A ICF não definiu uma estratégia clara, compreensível e viável sobre o caminho a seguir pelas Mulheres na nossa modalidade e para a Canoa Canadiana.

CONCLUSÃO

Em conclusão, a ICF e as Federações Nacionais dizem estar preocupadas com os baixos níveis de participação na Canoa Canadiana, em geral, e com as Mulheres na Canoa em particular. Apesar de ser importante alterar o peso e o desenvolvimento de novas tecnologias, isso não é suficiente. Olhemos apenas para as próprias decisões da ICF sobre o contínuo adiamento de igualdade para as mulheres, nos seus programas (provas e distâncias de competição) e a sua decisão de nunca incluir a C4 nos Jogos Olímpicos desde 1936 a par do K4 que actualmente existe no programa para homens e mulheres. A prova de canoa de 4 pessoas a moverem de forma poderosa os braços, ancas e as pernas em uníssono é espectacular de ver.

Menos oportunidades aos atletas = menos incentivo para o investimento

A riqueza e a economia dos países, sofre, quando a metade da sua população, é limitado ou impedido a igualdade de acesso às oportunidades. No desporto é igual.

Australiana Jessica Fox vence” Prime Minister’s Outstanding Women in Sport Award” – #ICFslalom #PlanetCanoe

Foto Sportscene

Parabéns à australiana Jessica Fox – vencedora do Prime Minister’s Outstanding Women in Sport Award!

Em 2014 venceu, nos Mundiais de Slalom, os títulos mundiais em C1 & K1, um feito que mais ninguém conseguiu alcançar, homem ou mulher.

Mais informações sobre o prémio AQUI.

Mais informação sobre o histórico duplo título Mundial AQUI.

Sexo vende Sexo! Não vende as “Mulheres no Desporto”

Mulheres com o corpo pintado na passadeira vermelha na Gala Women in Sports realizada em Sydney. Fotografia de Mick Tsikas/AAP

Artigo de Danielle Wardy – Original no The Guardian

Fiquei calada quando um cavalo foi nomeado “Desportista do Ano”. Fiquei calada quando alguém achou que era bom para o desporto, ter mulheres a correr em lingerie num jogo que a maioria dos australianos não percebe. Desta vez, não posso ficar calada. Desta vez, alguém que devia estar do nosso lado, fez algo muito estúpido. Sinto-me traída.

Há 4 anos atrás, a revista Women’s Health iniciou a atribuição dos prémios I Support Women in Sport – Eu Apoio as Mulheres no Desporto – para, nas palavras da editora, Felicity Harley, “dar às estrelas do nosso desporto, o reconhecimento que elas merecem.”

Aplaudi a iniciativa da Women’s Health. As atletas femininas precisam de uma campeã, em particular uma que fale para os 350.000 mil leitores/ano, o que é 250 vezes mais do que o público da W-League.

Este ano, algo correu muito mal. Na cerimónia dos prémios surgiram 4 modelos em topless, a pousar como atletas e a desfilar na passadeira vermelha com as cores do equipamento pintadas no corpo.

Quantas atletas batalham todos os dias para serem reconhecidas pelo seu talento e não pela aparência, porquê?… porquê que alguém pensou que era boa ideia ter mulheres nuas num evento para promover os incríveis resultados das atletas? Será que Cathy Freeman precisa mesmo de ver uma modelo seminua pintada com o seu icónico fato dos Jogos Olímpicos de 2000, a desfilar na passadeira vermelha?

Talvez alguém tenha cometido o mesmo equívoco cometido pelos profissionais do marketing desportivo, desde que inventaram o marketing desportivo: O Sexo Vende!

Deixem-me dizer-vos uma coisa. O sexo vende sexo. Sexo não vende o desporto feminino. Nunca vendeu e nunca vai vender. Vivemos num mundo em que as mulheres com capacidade desportiva, se quiserem ter “sucesso”, são convidadas a ser símbolos sexuais, primeiro e atletas em segundo. E se não te encaixas nesse estereótipo ou não estiveres disposta a jogar esse jogo? Boa sorte e adeus. É raro uma atleta conseguir superar esta ideia pré-concebida. Ironicamente a Cathy Freeman é uma dessas atletas.

As nossas crianças e mulheres estão a desistir do desporto a uma taxa sem precedentes. O nosso país tem neste momento uma das maiores taxas de obesidade do mundo. Estamos a dar um mau exemplo às nossas crianças ao não lhes mostrar mulheres fortes, atléticas, com vontade e habilidade de usar o seu corpo para algo mais do que “ficar bem” na passadeira vermelha.

Não me interpretem mal, eu gosto de me aperaltar tanto como qualquer outra pessoa mas nem todas as mulheres gostam. As nossas atletas são um grupo heterogéneo e interessante, com corpos diferentes, histórias e experiências diferentes desde a pura atleta, à licenciada, mulheres com carreiras e cientistas. Vale a pena contar estas histórias. As crianças não podem ser aquilo que não vêem e já é hora de mostrar, às nossas crianças, que existe um mundo para além daquele em que se é valorizado ou desvalorizado apenas pela aparência.

E o que podemos fazer? Eu tenho alguns conselhos para a Women’s Health. Usem a vossa voz para ser um verdadeiro agente de mudança. Há uma forte comunidade de fãs empenhadas no seu dia-a-dia e a trabalhar constantemente para promover as mulheres no desporto. E quando digo fãs, incluo jornalistas, produtores de conteúdo e fotógrafos que podem contactar para vos ajudar a contar essas histórias aos vossos leitores.

Consigo lembrar-me de, pelo menos, 5 sites sobre mulheres no desporto que são geridos apenas por paixão e por acreditar de estão a mudar o paradigma da imprensa desportiva, para melhor. Trabalhem com eles para contar as histórias que as nossas crianças precisam de ouvir.

PAM BOTELER – As mulheres e a canoa

Pam Boteler , do Washington Canoe Club em Washington , DC, é uma atleta de classe mundial e activista que tem vindo a fazer ondas na sua especialidade desde 2000. Ela entrou para a história da canoagem dos EUA ao ser a primeira mulher a competir contra os homens na canoa de velocidade e ter vencido uma medalha de ouro e uma de bronze. Continuou a competir contra os homens em 2001, vencendo o Ouro na C4 e finalmente, em 2002, influenciada pelo seu sucesso na água e pelo lobby fora de água, a USA Canoe/Kayak alterou os seus regulamentos para permitir que as mulheres competissem nos Campeonatos Nacionais nas suas respectivas categorias – em todas as idades e tipos de embarcação. Finalmente, as mulheres na canoagem de velocidade nos EUA têm um campeonato próprio.

Oiça a entrevista à rádio Women Warriors Blog [inglês] – começa aos 5:45

Pam apaixonou-se pela canoagem de velocidade em 1999 inspirada pela canadiana Sheila Kuyper, pioneira e lenda da canoagem. Essa imagem de uma mulher poderosa e elegante numa “canoa do homem” tem sido um impulsionador e catalisador para ela trabalhar incansavelmente – dentro e fora da água – para abrir o caminho para que as mulheres de todas as idades possam perseguir o seu sonho de treino e competição no seu clube, no seu país , nos seus próprios eventos, e representar o seu país em competições internacionais e em última instância nos Jogos Olímpicos. Ela conseguiu isso a trabalhar full-time para o para o Governo Federal dos Estados Unidos.

Como atleta e presidente da WomenCan International, Pam trabalha incansavelmente como voz global para a igualdade na Canoagem Olímpica. Ela é um modelo de inspiração para as mulheres que perseguem o seu sonho Olímpico e o desejo de competir a nível nacional e internacional, independentemente da sua idade, género, habilidade ou nível sócio-económico. Ela também nos inspira a fazer o que achamos não ser possível e ajuda os outros a perseguir os seus sonhos.

Melhores resultados em Velocidade 2000 – 2010:·

  • Primeira mulher a competir num Nacional de Velocidade dos EUA (2000) contra homens arrecandando um Ouro e um Bronze.·
  • Primeira mulher a competir num Nacional de Maratonas dos EUA (30 km) e de Velocidade a competir contra os homens (2002 & 2003) e primeira mulher (e única até agora) a competir num Mundial da ICF em C1. As mulheres continuam a estar proibidas de competir no Campeonato do Mundo de Maratonas em Canoa.·
  • 11 medalhas internacionais·
  • Participou em 3 Campeonatos do Mundo (2003, 2009, 2010) e 5 Campeonatos Pan-Americanos (2001, 2002, 2006, 2009, 2010)·
  • 32 medalhas em Campeonatos Nacionais dos EUA – Invicta em C1 1000 metros. Invicta em provas femininas de C1 500 & 200 metros de 200 0 – 2008

Actualmente a pagaiar: Washington Canoe Club (Washington DC) – Hawaiian Outrigger Canoeing, Maratona e Surfski.

Artigo original em WomenCan.com