IPDJ apoia com 225 mil euros provas internacionais em Montemor-o-Velho #canoagem

O Governo, através do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), irá apoiar em 225 mil euros a Taça do Mundo de Velocidade e o Campeonato do Mundo júnior e sub-23 de canoagem, que vão decorrer em Montemor-o-Velho.

De acordo com o contrato-programa de desenvolvimento desportivo em eventos desportivos internacionais, assinado hoje entre o IPDJ e a federação portuguesa de canoagem naquela vila do Baixo Mondego, a Taça do Mundo de Velocidade, a realizar entre 15 e 17 de maio, no centro náutico local, terá uma comparticipação financeira estatal de 70 mil euros.

Já o Campeonato do Mundo júnior e sub-23, entre 22 e 25 de julho, igualmente em Montemor-o-Velho, será alvo de um apoio financeiro de 155 mil euros.

À margem da sessão, em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, disse que Montemor-o-Velho possui “um dos melhores equipamentos do mundo” destinados não só à canoagem, como ao remo, natação e triatlo – numa alusão ao Centro de Alto Rendimento ali instalado -, considerando “importante que seja rentabilizado”.

“As grandes competições servem para montra, mas não são as grandes competições que viabilizam a sustentabilidade destes equipamentos. Se conseguimos ter cá campeonatos da Europa, provas da Taça do Mundo, temos também de ter capacidade de trazer as grandes seleções, as grandes equipas a virem cá fazer os seus estágios e os seus treinos, frisou.

“Isso sim é que garante a sustentabilidade de todo o projeto”, acrescentou Emídio Guerreiro.

Questionado, a esse propósito sobre a falta de unidades de alojamento em Montemor-o-Velho, o governante admitiu que essa é uma dificuldade com que os organismos e entidades ligadas à modalidade se confrontam.

“Tem na região, não tem muito perto, isso implica encontrar outras soluções. Há algumas casas adaptadas para acolher [atletas]. Mais uma vez tem tudo a ver com a raiz disto [do planeamento e construção dos Centros de Alto Rendimento]. Montemor foi pensado, sobretudo, para a canoagem. O Governo anterior pensou uma outra estrutura mais a norte, no Pocinho [rio Douro] para o remo, e a situação é inversa, no Pocinho temos 85 quartos, mas não temos hangares para os barcos, aqui temos a pista para os barcos e não temos a unidade de dormida”, referiu.

No entanto, Emídio Guerreiro considerou que as dificuldades “também constituem uma oportunidade para a vila de Montemor-o-Velho criar essas ofertas diferenciadas”.

“Porque quem vem paga, tanto paga num centro de estágio público como numa residencial, adaptada para esse efeito, privada. Por isso as pessoas também têm de perceber que este esforço público que está a ser feito, quer do poder local, quer do Estado central com os apoios que dá a estes eventos, que para haver alguma continuidade destas diferentes competições, há aqui também um desafio lançado à sociedade que pode criar unidades de negócio”, sustentou Emídio Guerreiro.

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