“Bolsas” – A opinião de Mário Santos

Jornal A Bola, 23/01/2015 – sem link

Veio a público, pela voz do Presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), o descontentamento dos treinadores integrados no Projeto de Preparação Olímpica (PPO) resultante da carga fiscal que incide sobre as bolsas atribuídas (muitas vezes resultam num valor liquido inferior ao salário mínimo nacional). Comparando a sua situação com a dos atletas cujas bolsas estão isentas de qualquer imposto.

Diz o Regulamento do PPO Rio 2016, no seu pronto IV.7: “Os praticantes das modalidades individuais integrados no Projeto Rio 2016 beneficiam de uma bolsa mensal destinada a compensar os encargos acrescidos com o seu regime especial de preparação, pagas diretamente pelo COP”. O mesmo normativo contempla: “….para o apoio aos treinadores é disponibilizada uma verba correspondente a 80 % do valor do nível em que está integrado o seu praticante, sendo que, em caso de acumulação de vários, o treinador receberá pelo segundo praticante mais 20 %, e mais 10 % pelo terceiro. Este apoio é realizado via federação e destina-se ao pagamento dos seus serviços.

Serão razoáveis os montantes previstos no contrato para o exercício das funções de treinador de forma profissional? Terá o país condições para suportar o encargo de um treinador para cada atleta? Devem os quadros técnicos limitarem-se ser meros prestadores de serviços precários? Um recente estudo do declínio do triatlo australiano detectou a falta de investimento em treinadores de qualidade como uma das causas do insucesso.

Esta era uma fragilidade já detectada há longa data e que foi mitigada no atual PPO, com uma maior flexibilização no modelo de enquadramento técnico. No entanto, a questão de fundo fica por resolver: Queremos que os treinadores melhorem a performance com treino mais eficiente e científico, com dedicação, responsabilidade profissional, perspectivas de carreira e enquadrados numa estratégia? Ou preferiremos, por inaptidão ou inércia, viver nesta constante zona cinzenta de questionável public accountability?

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012

Câmara de Viana entrega a clubes gestão de centros náuticos #canoagem

A Câmara Municipal de Viana do Castelo anunciou esta quarta-feira a entrega, em regime de comodato, da gestão de quatro centros náuticos, orçados em mais de sete milhões de euros, a outros tantos clubes do concelho.

Os contratos, que vão ser submetidos a ratificação do executivo municipal na quinta-feira, em sessão ordinária da autarquia, incluem ainda as embarcações e equipamentos entretanto adquiridos pelo município.

Os acordos foram celebrados no domingo passado, entre a Câmara e o Clube de Vela de Viana, o Viana Remadores do Lima, o Darque Kayak Clube e o Surf Clube de Viana.

Em causa estão os centros de Alto Rendimento de Surf, Vela, Remo e Canoagem, que resultam de um investimento superior a sete milhões de euros.

Em comunicado, hoje, a autarquia adiantou que aqueles contratos “definem as condições de comodato dos equipamentos construídos e apetrechados pela Câmara para o desenvolvimento de atividades desportivas náuticas nas vertentes de iniciação, escolar, lazer, adaptada e de turismo”.

“Aos clubes cabe o desenvolvimento da atividade regular de iniciação, formação e competição, assim como atividades diversas, participação em eventos desportivos, a disponibilização de instalações e materiais para grupos de desporto escolar e atividades curriculares, campos de férias, entre outros”, lê-se na nota enviada à imprensa.

Além do investimento nas infraestruturas, a autarquia “apetrechou” aqueles centros náuticos “de equipamentos no valor global de cerca de 670 mil euros”, desde “embarcações diversas, reboques, capacetes, fatos, pranchas, entre outros, para possibilitar a execução das atividades previstas”.

Construídos no âmbito da marca “Viana Cidade Náutica do Atlântico” os equipamentos estão integrados no projeto “Centro de Mar”, inaugurado em novembro passado a bordo do antigo-navio hospital Gil Eannes.

No âmbito daquela marca, a nível local, mais de mil alunos de mais de 50 turmas das escolas do ensino básico participam, este ano letivo, no programa “Náutica nas Escolas”, destinado a rentabilizar aqueles equipamentos.

A iniciativa, que arrancou no ano letivo 2013/2014 tem, por decisão dos respetivos agrupamentos, os desportos náuticos incluídos no plano curricular ou disponíveis como atividade extralectiva.

A prática das aulas de surf, canoagem, remo e vela enquanto atividades letivas curriculares na disciplina de Educação Física estão a ser desenvolvidas naqueles quatro centros náuticos.

Desporto Sapo [AQUI]

Teresa Portela: «O melhor para mim é treinar sozinha» #canoagem

Foto João Relvas/LUSA

A poucos dias de começar mais um estágio da Seleção Nacional feminina de velocidade, Teresa Portela confidenciou ao nosso jornal as razões por que não tem marcado presença nos trabalhos, apesar de estar convocada. “Tal como aconteceu no ano passado, em 2015 continuo a treinar-me sozinha. Tenho tido a liberdade para fazer o meu próprio planeamento.” E será esta a solução mais eficaz? “Tenho a certeza que sim. O melhor para mim é continuar desta maneira. Foi uma opção que tomei após os Jogos Olímpicos e a experiência do ano passado agradou-me.”

São conhecidos os problemas que a canoísta do Benfica teve com a Federação, ao incompatibilizar-se com o conceituado treinador polaco Ryszard Hoppe, há vários anos radicado em Portugal. “Não sei o que me reserva o futuro, mas neste momento o mais fácil é cada um seguir o seu caminho. Gostei de trabalhar com o Ryszard. Não se trata de ser ou não bom treinador, mas houve uma rutura e o melhor foi separarmo-nos”, explicou.

Novo treinador

Em 2014, Teresa Portela trabalhou com um treinador romeno, mas agora treina-se sob as orientações de um espanhol. “Não tinha condições financeiras para continuar com o anterior treinador. Procurei então um que fosse de mais perto. Não tenho que lhe pagar as despesas das deslocações.”

A canoísta trabalha para continuar a ser a “dona” portuguesa do K1 200 e 500. “Para que isso aconteça, tenho de ganhar a seletiva interna, em março. Não depende só de mim, o nível competitivo está cada vez mais alto. Só depois dessa prova é que poderei planear a época.”

FPC está par de todo o processo

A Federação está a par de todo o processo que envolve a canoísta do Benfica. “A Teresa já tinha manifestado o interesse em focar-se na seletiva interna e ser de novo a representante no K1. Temos várias opções em femininos para outras embarcações, ao contrário do masculino”, explicou o diretor técnico nacional, Ricardo Machado. “Aceitámos o seu pedido, pelo menos até à seletiva. Sabemos o que ela está a fazer, embora se treine à parte. É sempre convocada para os estágios e tem sempre a opção de se treinar com a Seleção.” E as outras canoístas como reagem a esta situação? “Bem. Foi dada a todas a mesma opção de se treinarem sozinhas até à seletiva.”

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K4 navega em Sevilha – Seleção de velocidade a estagiar em Espanha #canoagem

A Seleção Nacional de velocidade chegou ontem à noite a Sevilha, onde até ao dia 31 vai realizar o primeiro estágio oficial do ano. Começa então no país vizinho o arranque da época, que se reveste de grande importância, pois em agosto há o apuramento olímpico.

“Penso que é um bom local para treinarmos nesta altura da época, mas acima de tudo o mais importante é que vamos trabalhar juntos depois de 4 a 5 meses sem o fazermos. Vai ser bom para evoluirmos mais e para que o K4 esteja forte”, sublinhou João Ribeiro, um dos vice-campeões do Mundo, ao lado de Fernando Pimenta, Emanuel Silva e David Fernandes.

Para além da Seleção sénior, viajaram também para Sevilha cinco sub-23, e trabalharão todos sob a orientação dos técnicos responsáveis pela velocidade na Federação Portuguesa, Hélio Lucas e José Sousa.

Estreia

Os seniores farão a sua primeira competição internacional de 2015 em maio, o Campeonato da Europa, a ser disputado em Racice na República Checa. Já os sub-23 preparam o Mundial da categoria, que vai ter lugar em Portugal, concretamente em Montemor-o-Velho.

Mas as primeiras provas da época serão feitas em Portugal, com destaque para a seletiva de março, que definirá os atletas e respetivas embarcações para o Europeu sénior e depois para a Taça do Mundo de Montemor-o-Velho. Certo é que o K4 masculino e feminino será a prioridade da FPC para atacar no Mundial de agosto o apuramento olímpico.

Jornal Record [AQUI]

Campeão mundial de #canoagem dá aula no #Alentejo

Foto Alexander Hassenstein/Getty Images Europe

Yuriy Cheban, campeão olímpico e mundial de canoagem (C1 200m), proporcionou uma manhã diferente a um grupo de crianças de Vila Nova de Mil Fontes. O atleta ucraniano deu um workshop, tendo transmitido a sua experiência aos alunos do Clube Náutico de Mil Fontes.

Os mais pequenos receberam as instruções de Cheban e entraram nas águas do rio Mira sob o olhar atento do campeão. O atleta está no Alentejo com a seleção da Ucrânia que se encontra em estágio, o mesmo acontece com a seleção de K1 do Irão. No próximo mês outros países rumam à região, que irá receber cerca de 240 atletas.

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