1º dia: 3 finais A e duas finais B na 2ª Taça do Mundo de Velocidade, Racice, Rep. Checa

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Fernando Pimenta – K1 1000m

Portugal apurou-se hoje para 3 finais A e duas finais B na 2ª Taça do Mundo de Velocidade a decorrer em Racice, na Republica Checa.

Teresa Portela foi a primeira a apurar-se para uma final A, no K1 500m onde terminou em 3º lugar com o tempo de 1.58,164 minutos, atrás de Lisa Carrington (NZL – ouro K1 200m e 500m 1ª Taça do Mundo – Milão) e de Ewlina Wojnarowska (POL – bronze K1 1000m 1ª Taça do Mundo – Milão).

Fernando Pimenta venceu a SF com 3.38,538 minutos, à frente de Adam Van Koeverden (CAN – 4º K1 1000m 1ª Taça do Mundo – Milão ) e Aleksey Mochalov (UZB – 4ºfinal B – K1 1000m 1ª Taça do Mundo – Milão). Na mesma SF o Emanuel Silva foi 4º classificado com 3:42,840 e qualificou-se para a final B.

Em C1 1000 metros, José Lima de Sousa foi 6º na SF e qualificou-se para a final B, tendo ainda participado em C1 500m e apurado para a SF que foi adiada por motivos técnicos, para amanhã. O mesmo atraso afectou o David Fernandes que também se qualificou para a SF em K1 500m e apenas amanhã voltará a competir.

Numa das últimas provas do dia o Fernando Pimenta e Emanuel Silva venceram confortavelmente a SF de K2 500m com 1:36,680, sendo os únicos dessa regata a qualificar-se directamente para a final A, tendo as duplas da Eslováquia e Hungria sido 2º e 3º, respectivamente.

As finais de amanhã estão indicadas abaixo e têm transmissão directa no Eurosport.

08:40 – K1 men 1000 m – Final B – Emanuel Silva – Start List
08:47 – C1 Men 1000m – Final B – José Lima Sousa – Start List
09:32 – k1 Women 500m – FINAL A – Teresa Portela – Start List 
09:49 – K1 Men 1000m – FINAL A – Fernando Pimenta – Start List

A final A de K2 500m do F.Pimenta e E.Silva é só no domingo.

Outro português em competição, mas a representar a Turquia, foi o Carlos Marques que se apurou para a final B de K2 1000m e em K1 500m passou à SF que foi adiada para amanhã.

08:54 – K2 Men 1000m – FINAL A – Carlos Marques/Layos Gyokos – Start List

Nem tudo o que reluz é ouro – artigo de opinião de Mário Santos

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Jornal A BOLA – 16/5/2014 – Sem link

A recente hiperbolização de resultados desportivos, das mais diversas disciplinas não olímpicas, valorizados através do muito mediatizado pagamento de prémios monetários suportados pelo erário público, está em absoluta contradição com as melhores práticas internacionais. Paralelamente, e no que diz respeito ao alto rendimento Olímpico, verifica-se um desinteresse na criação da base de dados dos resultados internacionais dos nossos atletas. Este instrumento está, recorde-se, previsto no Contrato Programa celebrado entre COP e IPDJ para o Rio 2016.

Esta ferramenta seria de todo útil e ajudava a impedir “lapsos” como os verificados recentemente: uma modalidade Olímpica, o taekwondo, conquista duas medalhas num Campeonato da Europa e este fantástico resultado passa ao lado da realidade nacional.

Orgulho pela medalha de Ouro de Rui Bragança (-58 kg), tão-só o único a conquistar em 2011 um pódio (prata) num campeonato do Mundo em disciplina Olímpica. O outro destaque vai para o bronze do promissor Mário Silva (-68 kg), um dos três portugueses medalhados nos Jogos Olímpicos da Juventude Singapura 2010.

A total ausência de informação sobre estes resultados é um indício claro de que o caminho a percorrer é longo e árduo. Que os responsáveis devem colocar o mérito em perspetiva e as prioridades mediáticas repensadas. Exige-se a todos os outros intervenientes tivessem a mesma competência destes campeões.

Não há uma verdadeira consciência de que existem modalidades cujo acesso aos Jogos Olímpicos é extremamente restrito. E que, nestes casos, a qualificação Olímpica pode, por si só, constituir uma clara possibilidade de medalha.

Precisamos de uma descomplexada aposta em modalidades estratégicas e não apenas no binómio atleta/treinador, sob pena de vermos limitada a possibilidade de êxito de modalidades com efetivo potencial de medalha. Partindo do pressuposto que o investimento no alto rendimento tem por objectivo a obtenção de resultados.

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012