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Hélder Silva: «Gostaria muito de ir aos Jogos Olímpicos»

Hélder Silva em Szeged, Hungria  – foto Aleksandar Djorovic

Hélder Silva, medalha de bronze no Europeu (C1 200 metros), tem causado perplexidade por ser o único canoísta atleta de canoa, em sete tripulações, da Seleção Nacional presente no próximo Mundial de Velocidade, que começa amanhã, em Moscovo, na Rússia. Em vez do caiaque, o também guarda da GNR em Maiorca (Montemor-o-Velho) optou pela canoa, embarcação que detém, igualmente, uma história desportiva de eleição em Portugal.

“As canoas têm tradição no meu clube, o Náutico do Prado. Basta relembrar aquilo que fez o olímpico Silvestre Pereira nos Jogos de Atlanta’1996. Ele foi uma referência quando me iniciei, há 12 anos”, elogiou Hélder Silva, de 27 anos.

Silvestre Pereira alcançou, então, o 12.º lugar em C1 500 e o 13.º em C1 1.000, feitos do mestre com que Hélder Silva já começa a sonhar.

ESPERANÇA

“Gostaria muito de me qualificar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 e julgo que o poderei conseguir, no próximo Mundial em 2015. Tenho como referência o meu 7.º lugar no Mundial’2013, que foi o melhor resultado de uma embarcação individual portuguesa. Bastaria igualar esse resultado. Tenho muita esperança”, considerou Hélder Silva.

O atleta natural de Braga compete nas eliminatórias do Mundial na próxima quinta-feira e está confiante em obter um bom resultado:“A minha preparação para a competição em Moscovo decorreu bem, com normalidade e sob a orientação do selecionador Ryszard Hoppe. O primeiro grande objetivo vai ser chegar à final, pois só aí se poderá ganhar alguma coisa. É um percurso complicado, mas se lá conseguir chegar, depois tudo pode acontecer. Irei lutar por um dos lugares cimeiros”, finalizou Hélder Silva, guarda da GNR de profissão.

Jornal Record, 06/08/2014

Ryszard Hoppe: «Portugal pode ganhar até quatro medalhas»

O selecionador nacional, o polaco Ryszard Hoppe, confia plenamente nas capacidades de Portugal no próximo Mundial de velocidade, que se disputa em Moscovo, Rússia, entre quinta-feira e domingo. Os resultados obtidos no Europeu foram bons indicadores para uma equipa de grande qualidade competitiva.

“Portugal pode ganhar até quatro medalhas nas embarcações onde tem maiores chances. Não há dúvida que o Mundial é uma prova muito mais complicada que um Europeu, pois chega a ter mais de 80 países e alguns muito fortes, mas ainda é o Velho Continente a maior referência na modalidade”, considerou ontem Ryszard Hoppe, na véspera da partida (11h30), desde o Porto, para a capital russa.

Recorde-se que Portugal conquistou no último Europeu de velocidade a medalha de ouro no K2 500 masculino, com o vice-campeão olímpico Emanuel Silva e João Ribeiro, e cinco medalhas de bronze, no K1 200 e 500 feminino (Teresa Portela), K1 5.000 (Fernando Pimenta), K4 1.000 (Emanuel Silva, Fernando Pimenta, João Ribeiro e David Fernandes) e C1 200 (Hélder Silva).

As expectativas são, por isso, elevadas, com a Seleção a ser representada, desta vez, por sete embarcações e todas do programa olímpico, num trabalho que vai visar como grande objetivo o apuramento dos respetivos atletas para os Jogos do Rio’2016.

“Queremos terminar a temporada em beleza, sendo que este Mundial é o palco ideal para o fazermos. E será uma rampa de lançamento para o Mundial’2015, em Milão (Itália), prova de qualificação para os Jogos. Teremos ainda uma última chance de apurar mais atletas, numa prova que vai decorrer na Europa em 2016”, explicou Ryszard Hoppe.

Refira-se que o K4 1.000 feminino regista a entrada de Maria Cabrita para o lugar de Francisca Laia, enquanto Hélder Silva é o único português a competir em canoas.

“Gostaria que Hélder fosse também ao C1 1.000, mas as exigências não o permitem”, concluiu o técnico polaco.

Jornal Record, 05/08/2014 Alexandre Reis

Teresa Portela: «Espero receber a bolsa com os retroativos»

Foto Aleksandar Djorovic

A olímpica do Benfica, Teresa Portela, é uma das estrelas da Seleção Nacional no próximo Mundial de Moscovo, que decorre entre quinta-feira e domingo. Mas a medalhada com o bronze no Europeu em K1 200 e 500 metros vai para a prova na Rússia, onde correrá nas mesmas distâncias, com alguma ansiedade, apesar de já ter resolvido muitas divergências com a federação de canoagem, que chegou a mover à atleta um processo disciplinar, entretanto arquivado.

“Não tenho recebido a bolsa desde há um ano, apesar de ter subido, entretanto, do nível 2 para o nível 1. Nada tem acontecido, mas dizem que vou ser reintegrada no Projeto Olímpico e que tudo se vai resolver. Agora, espero receber a bolsa com os retroativos a que tenho direito”, revelou Teresa Portela.

A velocista, de 26 anos, resolveu alguns dos seus problemas com as entidades dirigentes, pelo que admitiu estar mais tranquila para trabalhar, mas continuam a existir muitas arestas por limar:“ Para já e antes do Mundial, não quero entrar em pormenores”, sustentou.

LUTAR PELAS FINAIS

Nesta fase, a canoísta das águias está concentrada, essencialmente, na competição, traçando os seus objetivos para o Mundial de Moscovo, rampa de lançamento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016: “Vou lutar para estar nas finais e competir ao mais alto nível. Preciso ganhar confiança e experiência para os próximos anos, naquela que será a última prova da época. Espero acabar o ano bem e conseguir um bom resultado no Mundial.”

A preparação de Teresa Portela, diferenciada do resto dos elementos da Seleção, está realizada:“Tive três semanas de preparação após o Campeonato da Europa, o que não é muito tempo, mas o trabalho está feito. Falta acertar alguns pormenores.”

Jornal Record – Alexandre Reis

Seleção está preparada para atacar Mundial

Foto Bruno Pires

Parte da Seleção Nacional que vai atuar no próximo Mundial de Moscovo, entre quinta-feira e domingo, concluiu ontem um estágio de preparação em Aviz, trabalho que aumentou as expectativas para a prova na Rússia. Portugal aposta, de vez, em três embarcações olímpicas (K1, K2 e K4 – todas a 1.000 metros –, visando os Jogos do Rio em 2016.

A preparação decorreu conforme o planeado. Estamos todos motivados e ninguém se magoou. Só falta o Mundial para fecharmos a temporada em beleza. Espero que todos estejam à altura, pois os indicadores foram muito bons e o moral está levantado”, considerou Emanuel Silva, vice-campeão olímpico em Londres’2012, em parceria com Fernando Pimenta.

A dupla que ganhou a prata nos Jogos desfez-se, entretanto, mas Emanuel mantém-se no K2, agora ao lado de João Ribeiro.

Os dois também fazem parte também do K4, com David Fernandes e Fernando Pimenta, sendo que o último passou a apostar na prova individual (K1), sem que isso enfraquecesse a frota nacional.

NOVO DESAFIO

Fernando Pimenta defendeu o seu ponto de vista: “O K1 é um novo desafio para mim, pois só este ano voltei a competir nesta embarcação. Preciso de algum tempo para ganhar experiência. Mas assumo o que me predispôs a enveredar pelo K1: já tenho um nível suficientemente bom para conseguir resultados internacionais.”

Para Fernando Pimenta abriu-se um novo leque de oportunidades na Seleção Nacional: “Ao escolher o K1, a equipa nada perdeu, bem pelo contrário, pois tanto o Emanuel como o João têm feito um bom trabalho no K2. Portugal ganhou mais uma embarcação competitiva com a minha opção. Quanto ao K4, vai ser outro dos desafios, num trabalho conjunto onde todos vão dar o tudo por tudo. O bronze conquistado no último Europeu foi um bom indicador para voltarmos a brilhar no Mundial.”

Jornal RECORD – Alexandra Reis

 

K1 500m – 7º lugar – JOANA VASCONCELOS

Joana Vasconcelos terminou em 7º lugar na final A de K1 500m no Campeonato do Mundo de Velocidade Sub-23. Vitória para a húngara Anna Karasz que soma o título dos 500 ao dos 200 que tinha conquistado esta manhã. 2º lugar para a chinesa Wenjun Ren.

Detalhes da prova AQUI.

Vítor Félix: «Gostava que o reconhecimento se traduzisse em financiamento»

LUSA, Jornal Record – 15/07/2014

Presidente da FPC quer mais incentivos à canoagem

O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem manifestou esta terça-feira o desejo de ver o mérito e os incentivos à modalidade por parte do Estado e das instâncias desportivas do país traduzidos em “maior financiamento para a modalidade”. “O reconhecimento é feito — Presidente da República, presidente da Assembleia da República, secretário de Estado do Desporto e Juventude, COP e IPDJ — por todas essas pessoas que tutelam a politica desportiva nacional, no entanto, a canoagem e os seus atletas não vivem de palmadinhas nas costas. Gostava que esse reconhecimento se pudesse traduzir em mais financiamento para a federação de canoagem, para que possamos fazer mais e melhor”, vincou Vítor Félix.

Em declarações à Lusa, o dirigente entende que a modalidade continua a ser prejudicada em relação a outras: “Existem outras federações que recebem muito, provavelmente o dobro de nós, e fazem metade. E não só nos resultados desportivos, mas na atividade nacional, número de atletas federados”. “Com os poucos meios que temos, gerimos da melhor forma os recursos, quer no Centro de alto Rendimento, quer na atividade nacional que vamos desenvolvendo. O dinheiro é sempre pouco. Quem dá ou quem paga entende que dá sempre muito, mas quem recebe acha que é sempre pouco. A canoagem tem noção que se recebesse mais no que toca ao financiamento da administração pública e desportiva podia fazer muito mais”, acrescenta.

Vítor Félix insurge-se após a canoagem ter conquistado um recorde de seis medalhas em Europeus de pista — uma de ouro e cinco de bronze –, no que classifica ter sido “mais uma bonita página da curta história de 35 anos enquanto estrutura organizada”. “Depois da única medalha olímpica em Londres2012 e 13 medalhas em Europeus e Mundiais em 2013, este ano já vamos em 12 e ainda temos três campeonatos do Mundo por disputar. É realmente uma história de sucesso, consistente, sustentada desde 2005 historia bonita desporto português”, concluiu.

Foto José Moreira