‘Bronzes’ para o Rio – opinião de Mário Santos

Jornal “A Bola”, 28 Agosto, 2015 – sem link

Sucedem-se os eventos em diversas modalidades com disciplinas do Programa Olímpico e, consequentemente, os decisivos apuramentos para os Jogos Olímpicos (JO) Rio2016. Nos distintos sistemas de qualificação, há muitos nos quais o resultado nos Campeonatos do Mundo é determinante. Outros centram-se na obtenção de determinada marca e há ainda os que valorizam o ranking mundial. Temos ainda modelos em que o atleta conquista a quota garantindo assim a sua participação e outros em que a quota é atribuída ao país.

A canoagem conseguiu seis quotas no Campeonato do Mundo. Fernando Pimenta com uma inédita medalha de bronze no K1 1000 metros assegurou a primeira que veio a ser aumentada para quatro com o quinto lugar do K4 1.000 metros (Fernando Pimenta/Joao Ribeiro/Emanuel SilvaDavid Fernandes). Helder Silvar com um 8.º lugar na C1 200 metros e Teresa Portela com um 9.º em K1 500 terão garantido mais duas vagas. Uma equipa que há anos se destaca no desporto português e que só não foi alargada a mais quatro atletas por umas malfadadas milésimas de segundo (0,018) que impediram o K4 500 Joana VasconcelosFrancisca LaiaBeatriz GomesHelena Rodrigues) de garantir a participação olímpica.

Os Mundiais sucedem-se e resultados como o espetacular desempenho de Nelson Évora, que o levou ao bronze com a sua melhor marca do ano, sinal de superação, ou a decisão técnica que afastou Telma Monteiro podem repetir-se.

A um ano dos JO, Portugal contabiliza duas medalhas de Bronze em Mundiais de disciplinas do programa do Rio2016. Em período homólogo, para Londres2012, o único medalhado era Rui Pedro Bragança no taekwondo, mas, apesar disso, não teve acesso aos JO.

Preparar-se pois estes resultados, os bons e os menos bons, não vão determinar o resultado no Rio 2016.

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012