Canoagem: hora H!

A BOLA 14/08/2015 – sem link – Foto Balint Vekassy (ICF)

Como o título diz, chegou o momento de todas as decisões na canoagem. A partir de quarta-feira, decorre em Milão o Campeonato do Mundo que apura para os Jogos Olímpicos do Rio2016. Portugal apresenta, nas provas do programa olímpico, uma equipa de 10 canoístas que competirão em sete eventos.

Comparando com a equipa que em 2011 tentou a qualificação para Londres2012, verificam-se poucas alterações. Em 2011 participamos em nove eventos olímpicos, com 11 atletas. Nos 1000 metros masculinos competiu no K1 (Fernando Pimenta), no K2 (Joao Ribeiro Emanuel Silva) e o K4 (Fernando Pimenta/João Ribeiro/Emanuel Silva/David Fernandes. Agora tudo se mantêm com exceção do K2 1000. Na altura, tal como agora, Fernando Pimenta foi o canoísta do K1 1.000. No sector feminino (K1 200 e 500, K2 e K4 500) a equipa é a mesma, com a integração da jovem Francisca Laia no K4 com Joana VasconcelosBeatriz Gomes e Helena Rodrigues face à saída de Teresa Portela que agora faz apenas K1 500 e 200.

Apesar de competir sensivelmente com os mesmo atletas, nas mesmas distâncias e com as mesmas tripulações, a realidade agora é outra. Em 2011, a canoagem portuguesa era uma ‘outsider’ no desporto nacional. Agora está sob os holofotes dos Media, sob o olhar atento dos seus adversários e, sobretudo, com um currículo desportivo mais consistente, enfrentando, por isso, este desafio num patamar de exigência diferente.

A canoagem tem um sistema de apuramento muito seletivo que só garante a qualificação olímpica direta com um lugar entre os seis primeiros. O treino está feito, mas os dias da competição são fundamentais: qualquer erro paga-se com preço bem elevado. Estamos habituados a que os nossos canoístas se superem. Os portugueses confiam que esse espírito nos vai levar até ao desejado Rio2016!

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012