Equipa olímpica de #canoagem da Grã-Bretanha em Minas Gerais, #Brasil #ICFcanoesprint #ICFPlanetcanoe

Visando a preparação para os Jogos Olímpicos Rio’2016, a equipe britânica de canoagem desembarca em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (6/2), para mais um período de treinamentos nas dependências do Minas Tênis Náutico Clube, na Lagoa dos Ingleses. Além do medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, Edward Mckeever, os atletas Liam Heath e Jonathan Schofield, ganhadores do bronze, na mesma olimpíada, também estarão no Minas Náutico. Louisa Sawers (campeã mundial de 2014), Kristian Reeves, Jonathan Boynton, Ed Rutherford, Rachel Cawthorn, Hannah Brown, Angela Hannah, Jessica Walker, Lani Belcher, Hayleigh Mason e Rebeka Simon completam a relação dos atletas britânicos.

A comissão técnica é composta do diretor de performance John Anderson,  do técnico principal Scott Gardner e dos treinadores Alexandr Nikonorov, Robert Sleeth e Michael Knott. A equipe ficará em Minas Gerais até 25 de fevereiro. O atendimento à imprensa será agendado para um dos dias em que a delegação estará em treinamentos no Minas Náutico. Em fevereiro do ano passado, a delegação da Grã-Bretanha teve sua primeira passagem pela Lagoa dos Ingleses. O campeão olímpico esteve presente e volta para esta nova temporada de treinos.

Acordo

Minas Gerais foi o primeiro estado do Brasil a assinar protocolo de intenções com um comitê olímpico estrangeiro para ser local de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Em outubro de 2013, o Governo de Minas assinou, no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, protocolo de intenções com a British Olympic Association (BOA) – Associação Olímpica Britânica –, para que delegações de diversas modalidades olímpicas da Grã-Bretanha possam se preparar em Minas Gerais para os jogos em 2016.

O protocolo de intenções prevê a formação de um grupo de trabalho entre o Governo de Minas, a Prefeitura de Belo Horizonte e os Centros de Treinamento selecionados para prestar assessoria ao Comitê Olímpico Britânico enquanto estiverem em Minas Gerais. A escolha das instalações esportivas do Minas Tênis Clube, do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Clube Mineiro de Caçadores (CMC) de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como locais de preparação dos atletas britânicos foi fruto de uma série de negociações.

Popmundi.com.br

Profissionalmente incorreto – A opinião de Mário Santos

Jornal A BOLA, 6/2/2015 – sem link

Enquanto dirigente desportivo sempre tive uma enorme dificuldade em entender os que têm evidente objeção em encarar a realidade do desporto profissional como um facto objetivo, palpável, inquestionável.

Refiro-me à zona cinzenta que permite que muitos atletas de alto rendimento celebrem com clubes contratos de prestação de serviço quando, na verdade, são atletas profissionais. Na maioria das vezes, não passam de contratos de trabalho desportivos (aquele que, mediante contrato de trabalho desportivo, exerce a atividade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo por via dele uma remuneração) travestidos de prestações de serviços, de bolsas, apoios e disfarces afins.

Curiosamente, parece bonito, romântico e até politicamente correto omitir que a grande maioria dos atletas de alto rendimento têm contratos com entidades públicas e privadas. E que, por via destes, são remunerados, com objetivos desportivos (remuneração variável conforme os obtenham ou não), prémios de performance, enquadramento técnico e com a obrigação de participar em determinadas competições, bem como sujeitos à realização de determinadas avaliações técnicas e médicas.

Em Portugal a retórica argumentativa politicamente correta é perigosa, perniciosa e, convenhamos, começa a enjoar. Os grandes prejudicados são os atletas que ficam, assim, cerceados dos direitos emergentes de uma relação de trabalho. Em muitos casos, e ao abrigo destas prestações de serviços, cedem os seus direitos de imagem. Aliás esta obrigatoriedade de emitir um recibo de prestação de serviços vigorava para os atletas integrados no Projeto de Preparação Olímpica até à entrada em vigor de normativo que isenta esses rendimentos em sede de IRS.

Ao omitir esta realidade e não tendo coragem de assumir esta atividade profissional de forma desinibida, acabamos por tornar uma atividade digna, merecedora de respeito, admiração e garantias numa pura e simples prestação de serviços.

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012