Nova casa para a #canoagem de velocidade com a preparação final para o Rio a tomar forma #GBcanoeing

Com pouco mais de 500 dias para os próximos Jogos Olímpicos no Rio em 2016, a British Canoe última os preparativos do alto rendimento para a canoagem de velocidade e um dos ex-libris é a abertura do novo centro de treino no lago Dorney, agendada para o próximo mês.

Na sequência de uma revisão anual abrangente, na metade do ciclo Olímpico do Rio, no final de 2014, foram implementadas este mês, uma série de mudanças na estrutura da Velocidade, para garantir a preparação ideal dos nossos atletas no processo de qualificação olímpica deste ano e para os próprios Jogos Olímpicos. A canoagem britânica continua a melhorar seus desempenhos nas distâncias específicas para o Rio, mas também se tornou evidente, desde o Campeonato do Mundo de 2013 e 2014, que o nível da concorrência do resto do mundo continua a melhorar a um ritmo cada vez maior.

Rob Sleeth foi designado treinador da equipa de velocidade sénior e vai liderar o programa das mulheres seniores. Como o treinador sénior, Rob também continuará a supervisionar os homens 1000m. Ele será assistido dessa função por Michael Knott , trabalhando com as mulheres , enquanto Trevor Hunter mudou de papel para trabalhar diariamente com os homens séniores . Rob vai pegar o bom trabalho feito por Paul Darby – Dowman, que viu Paul desenvolver muito as performances e cultura desta equipa nas duas últimas temporadas , culminando em três recordes nacionais em 2014 e no título de Campeã do Mundo nos  5 km de Louisa Sawers.

Paul permanece como um membro extremamente valorizado desta equipa e assume um papel fundamental com o Programa de Desenvolvimento Olímpico (ODP). Paul será responsável pelos atletas Sub-23 em competições e estágios, bem como dar continuidade ao desenvolvimento da nossa equipa de 200m ao nível do ODP.

A fim de reforçar o apoio à equipa técnica, a British Canoe tem o prazer receber Justine Willmott que foi contratado para o papel de gestor de desempenho. Justine, que começou em 12 de janeiro, ficará em Bisham / Eton Dorney e vai ajudar a optimizar o ambiente de treino diário, estágios e planeamento e programação de competições, trabalhando em estreita colaboração com o treinador principal, Dr Scott Gardner. Justine traz uma riqueza de experiência de papéis semelhantes com outras organizações desportivas, incluindo como Director de Desempenho com a British Disabled Fencing Association  [Esgrima Paralímpica].

Estes ajustes na estrutura técnica permitirão que toda a equipa se concentre em diminuir as margens que possibilitem a disputa de medalhas no Rio em 2016. De acordo com Scott Gardner, técnico principal, os atletas e equipa técnica têm trabalhado cada vez mais em colaboração para atingir os objectivos da missão Rio.

A última peça do puzzle de desempenho vai ser colocada em prática em fevereiro, quando a British Canoe se transferir para o novo edifício do centro de alto desempenho na sua base de treino de velocidade no lago Dorney. O edifício, financiado pelo Sport England Lottery Funding dará um impulso significativo em  todos os aspectos da operação e vai dar aos atletas um aumento significativo na preparação, descanso e recuperação.

Steve Harris, gestor do Programa Paralímpico que liderou o projecto de construção em nome da British Canoeing  disse: “Com o novo edifício em Dorney muito próximo da conclusão, os nossos atletas, treinadores e toda a equipa técnica podem olhar para a frente num ambiente de alto rendimento muito maior, o que foi um desenvolvimento muito aguardado e previsto. A conclusão e entrada em funcionamento do novo edifício terá lugar em meados de fevereiro.

Confirmando os resultados recentes, o director de Rendimento da British Canoeing, John Anderson, disse: “Nós temos alguns atletas extremamente talentosos que são capazes de alcançar medalhas no Rio e essas mudanças recentes, combinadas com a comissão técnica existente fornecerão ao programa de Velocidade uma direcção clara e o foco vai para os últimos 18 meses antes dos Jogos Olímpicos.” 

O treinador principal, o Dr. Scott Gardner, acrescentou: ” Como equipa não temos ilusões quanto à quantidade de trabalho necessário, de modo a elevar os desempenhos de ‘quase-pódio’ para ‘pódio’. Posso garantir à comunidade da British Canoeing que todos os envolvidos com a equipa sénior estão unidos e o clima no estágio é o mais animado que eu já vi isso desde que assumi esse papel. Por favor, juntem-se a nós apoiando positivamente os nossos atletas e os seus treinadores a caminho dos Jogos.”

A equipa Olímpica viaja para o Brasil no início de fevereiro para um estágio de calor, antes de voltar para a Europa para os preparativos finais para a temporada internacional de 2015. A equipa vai participar nas Taças do Mundo em Duisburg e Copenhaga e depois preparar-se para os inaugurais Jogos Europeus em Baku. No entanto, o objectivo principal deste ano será qualificar o número máximo de lugares de cotas Olímpicas no Campeonato Mundial em Milão, em agosto.

GB Canoeing [AQUI]

Os problemas da #canoagem na #Madeira – opinião David Fernandes

Foto Cláudia Matos

Cabe-me a mim falar um pouco do desporto no qual sou viciado. A canoagem, como grande parte dos desportos náuticos, está a passar por uma fase complicada. Quando parecia que o número de praticantes iria aumentar, impulsionada pelos grandes resultados dos canoístas madeirenses quer a nível nacional quer internacional, a modalidade acabou por estagnar e o futuro não é risonho. Isto porque alguns clubes acabam por extinguir a modalidade, outros optam por não federar grande parte dos atletas e os que têm um numero considerável de canoístas acabam por vê-los desistir. É compreensível pois os apoios são poucos ou quase nenhuns, as verbas para as participações nacionais são cada vez menores e os nossos acessos ao mar e instalações náuticas estão a regredir.

No que toca a participações nacionais, tornou-se muito difícil conseguir levar grande parte dos atletas porque o orçamento é apertado e o formato de apuramento requer um grande número de federados, o que leva, por exemplo, a podermos ter um atleta de nível mundial impossibilitado de ir aos nacionais, por haver poucos federados na canoagem, quando em outras modalidades o índice de apuramento não é a quantidade mas sim a qualidade. Era importante rever este aspeto, porque na verdade é um fator desmotivador para os atletas, que acabam por procurar outras modalidades em que possam ter sucesso numa carreira desportiva. Mas é a nossa política desportiva!

Triste é a nossa situação em S. Lázaro. Houve clubes que ficaram a ganhar com as novas instalações náuticas, mas os grandes clubes ficaram a perder pois viram grande do seu espaço reduzido. Para um clube que tem diversas modalidades é complicado ficar reduzido a 1/3 das instalações anteriores. Como se não bastasse as dificuldades dos clubes com o espaço, a rampa de acesso ao mar está a precisar de manutenção. Há quem diga que deveria ser os clubes? Mas é usada pelos clubes, por atletas, pescadores, amantes de atividades náuticas, ou seja, por um número infindável de utilizadores que esperam que seja uma alma caridosa a limpar.

No entanto, as duas rampas (a antiga e a que foi construída devido às obras da ribeira) já estão com uma cor verde e vão continuar a estar. Para culminar temos a rampa de acesso ao varadouro do Funchal com uma estátua em frente ao portão. Não havia outro sítio para colocá-la? Pelos vistos não… E agora com tanta versão do novo local onde vai ficar situado o novo museu, não me admirava nada que as atividades náuticas fossem novamente prejudicadas. Atenção: não sou contra a estátua nem contra o museu de um super atleta – o melhor do Mundo no futebol e que merece tal reconhecimento ficando a Região a beneficiar com isso – mas só gostaria que ninguém ficasse prejudicado, porque, vendo bem, o Funchal ainda é grande e existe muitos espaços para colocar estátuas e museus.

Mas para quê batalhar mais? Há quem diga que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, mas eu não acredito nisso. Na verdade, passados 22 anos que ando por S. Lazaro, no que nós designamos por “calhau”, já se tornou habitual ver desportos com piores resultados do que a canoagem e até em relação aos restantes desportos náuticos, a terem melhores condições e maior visibilidade. E esta falta de visibilidade que nós temos não é por falta de informação da associação e dos associados, pois esses fazem por chegar aos meios de comunicação social e outras entidades as atividades que são realizadas dentro e fora da região. A responsabilidade acaba mesmo por ser a nossa cultura desportiva. Não acham?

Ainda recentemente esqueceram-se que fui medalhado no Mundial de 2014, uma simples medalha de prata numa especialidade que é Olímpica. Um feito que até podem achar banal, mas que na Região Autónoma da Madeira só dois desportistas o conseguiram, curiosamente em duas modalidades náuticas. Esse prémio foi esquecido pela comunicação social nas suas habituais crónicas de final do ano, onde evidenciam os grandes êxitos dos madeirenses. Mas anteriormente já tinha sido esquecido, como tantos outros resultados que alcancei, pelo Governo Regional. Mérito desportivo? Nenhum! Muita gente acha que é apenas um reconhecimento do trabalho, mas para os atletas amadores como eu é um trampolim para apoios desportivos, patrocínios e é um fator motivador, claro. Sem visibilidade, as empresas não se interessam pelos atletas e pela modalidade. E ao fim ao cabo isto é um ciclo, que se for corretamente compreendido todos acabam por ganhar.

Por mais triste que seja, é assim que vai a canoagem na Madeira.

Agora Madeira [AQUI]