A pagar? – A opinião de Mário Santos

Jornal A BOLA – 14/11/2014 – Sem link

São recorrentes as polémicas relacionadas com as participações nacionais desportivas custeadas pelos atletas. Reclama-se que o Estado deveria assegurar tais participações.

Enquanto Presidente de uma Federação, com limitados recursos financeiros como a canoagem, vivi na primeira pessoa este problema. A canoagem é composta por diversas disciplinas, duas das quais Olímpicas e seis com calendário competitivo internacional, sendo de todo impossível participar em todos os eventos com a totalidade dos atletas nacionais com nível. Foi necessário proceder a uma seleção da seleção, estreitando a malha, e condicionando a participação unicamente dos atletas com possibilidade de atingir uma final (9 primeiros) nas disciplinas olímpicas e uma medalha nas não olímpicas. Coloca-se então a questão de expandir a possibilidade de competirem mais atletas, desde que garantido um mínimo de qualidade competitiva. Parece-me razoável que se o faça, não se coarta assim a possibilidade do atleta competir aos mais alto nível numa competição para a qual está preparado.

No entanto quem conhece com alguma profundidade o financiamento público às seleções nacionais, sabe que no passado nunca houve uma relação de causalidade entre o sucesso e o financiamento. Portugal compete no mundo e com todo o mundo que gradativamente investe mais no desporto de rendimento. Como consequência desse investimento temos cada vez mais Países com altos níveis performativos, esbatendo-se as diferenças. Se aspiramos ter competitividade externa, é necessário definir estratégias e uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis.

Esperemos que os critérios de financiamento e os planos federativos para o alto rendimento em 2015 sejam claros, assim como a avaliação dos anteriores programas de cada modalidade. Desta forma todos os atletas, treinadores, dirigentes e seguidores das mais diversas modalidades saberão (concordando ou não) a razão de uns terem que pagar e outros não.

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012

Canoagem de fora dos “II Jogos Bolivarianos de Praia, Huanchaco’2014”

A 20 dias do início dos II Jogos Bolivarianos de Praia, que se realizam em Huanchaco no Peru, a comissão organizadora decidiu cancelar as provas de canoagem por falta de quórum, ao não existir um mínimo de países inscritos na modalidade.

Apenas um país se inscreveu para a canoagem quando são necessários, um mínimo, de 3 países membros da ODEBO** [BOL, CHI, COL, ECU, PAN, PER e VEN] e um dos países convidados [ESA, GUA, DOM e PAR].

As provas de canoagem estavam agendadas para os dias 9 a 11 de Dezembro nas praias de Huanchaco. O programa ficou com 12 modalidades: actividades subaquáticas, natação em águas abertas, andebol, esqui aquático, futebol de praia, remo, rugby de praia, surf, ténis de praia, triatlo, vela e volley de praia.

Os Jogos Bolivarianos de Praia realizam-se  em Huanchaco (Perú) de 3 a 12 de Dezembro.

.** – Organização Desportiva Bolivariana

Daqui

Jogos Europeus Baku’2015 – Recrutamento de voluntários

Foto do Centro Desportivo de “Kur” em Mingachevir, Azerbaijão que recebe as provas de canoagem e remo

Os Jogos Europeus Baku’2015 vão ser a maior organização desportiva da história do Azerbeijão.

Está aberto o programa de voluntariado que foi promovido pelo Ministério da Juventude e Desporto.

Simon Clegg, da organização dos Jogos disse: “Os voluntários de Baku’2015 são essenciais na ajuda aos atletas, árbitros e espectadores para que os Jogos sejam uma realidade.”

Programa de voluntariado e inscrições AQUI.