1º DIA: UMA FINAL A E DUAS FINAIS B NA 3ª TAÇA DO MUNDO DE VELOCIDADE, SZEGED, HUNGRIA

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Racice 2014 – Foto Facebook Teresa Portela

Teresa Portela apurou-se hoje para a final A do K1 500m na 3ª Taça do Mundo de Velocidade a decorrer em Szeged, na Hungria.

Ao vencer a SF 1 com 1:56,450, a portuguesa segue para a final com o 3º melhor tempo, atrás das húngaras Danuta Kozák (1:55,029), campeã olímpica e mundial e Anna Kárász (1:55,029).

Também em competição esteve o José Lima de Sousa na C1 1000m e 500m, garantindo duas finais B.

Na SF 1 da C1 1000m terminou em 7º lugar e na SF 2 de C1 500m terminou em 4º lugar, ficando a apenas 1 lugar do acesso à final A.

Amanhã, para além das finais de Teresa Portela e José Lima de Sousa, entra em acção o Hélder Silva na C1 200m. O atleta vai querer confirmar o bom momento de forma após a conquista da medalha de bronze na 2ª Taça do Mundo em Racice, Republica Checa.

Amanhã também começa a qualificação para o K1 200m Mulheres, onde Teresa Portela vai procurar alcançar mais uma final.

As provas dos portugueses, amanhã:

08:47 – C1 Homens 1000 m – Final B – José Lima de Sousa – Start List
09:32 – K1 Mulheres 500m – Final A – Teresa Portela – Start List
13:55 – C1 Homens 200m – Eliminatória 2 – Hélder Silva – Start List 
14:15 – K1 Mulheres 200m – Eliminatória 2 – Teresa Portela – Start List 

Carlos Marques, português a competir pela Turquia também conseguiu um lugar na final B de K1 500m, ao terminar em 4º lugar na SF 2 com 1:47,732.

Essa final apenas se disputa no domingo pelas 9:00.

1º Dia 3ª Taça do Mundo Szeged, Hungria – ICF Report (Português)

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Foto Balint Vekassy – canoephotography.com

O primeiro dia da última Taça do Mundo de Velocidade, em Szeged – Hungria, foi disputado em condições tempestuosas.

Apesar de algumas rajadas de vento desfavoráveis, a maioria dos principais candidatos não falhou e gradualmente foram atingindo as finais “A”. Quem não teve a mesma sorte foi o canadiano, com várias medalhas Olímpicas, Adam Van Koeverden.

Quando seguia confortavelmente na liderança, a meio caminho, Van Koeverden foi prejudicado pelo vento e ultrapassado por Jo Sondre Solhaug (NOR) e Miroslav Kirchev (BUL), que estavam nas pistas um e três, respectivamente. Koverdern estava na pista mais exposta, a seis, e não participa amanhã na final “A” do K1 1000m.

O alemão Max Hoff, o vencedor do K1 1000m, nas duas K1 Taças do Mundo, e o dinamarquês René Holten Poulsen garantiram o seu lugar na final, mas, inesperadamente, terminaram em segundo nas suas respectivas semifinais.

Marko Tomicevic (SRB) foi o mais rápido, com 3:34.146  e com os dois australianos, Kenny Wallace e Murray Stewart, a final promete vir a ser explosiva.

Mais ao final do dia, o Van Koeverden recuperou da sua decepção anterior e qualificou-se para o K1 500m mas foi o australiano de 25 anos, Lachlan Tame que estabeleceu o melhor tempo de cruzar a linha em 1:40.592.

OS LOCAIS CUMPRIRAM

A húngara Danuta Kozák, campeã olímpica e mundial de K1 500m, mostrou-se confortável na sua regata favorita e estabeleceu o tempo mais rápido do dia, logo à frente da sua colega de equipa, Anna Kárász (HUN) de 22 anos.

Juntaram-se às húngaras, na final, a poderosa Franziska Weber (GER) e da China Yu Zhau, vencedora do K1 1000m em Milão, há três semanas.

Zhau também se qualificou para a final do K1 1000m, juntamente com a favorita local Renáta Csay (HUN).

Roland Kökény e Rudolf Dombi (HUN) qualificaram-se facilmente para a final “A” do K2 1000m. No entanto, os campeões olímpicos de Londres 2012 terão de mostrar a sua melhor forma, se quiserem derrotar os vencedores da última semana, Marcus Bruto e Max Rendschmidt (GER).

Duas duplas húngaras também se qualificaram para o C2 1000m homens, mas eles terão de ser mais rápidos que os vencedores da medalha de bronze em Londres 2012, o Alexey Korovashkov e Ilya Pervukhin (RUS) para que amanhã, possam ouvir o seu hino nacional do degrau mais alto do pódio.

A Grã-Bretanha, Rússia e Polónia qualificaram duas duplas para a final do K2 500 metros Mulheres mas a dupla da Áustria, Ana Roxana Lehaci e Viktoria Schwarz, foi quem estabeleceu o tempo de qualificação mais rápido com 1:47.189.

Três duplas da Ásia qualificaram-se para a final “A” do K2 1000m Mulheres. Dois da China e outro de Singapura, comprovando o grande impulso que a canoagem está a ter naquele Continente.

A Rússia continua a tentar diferentes combinações na C4 1000m Homens, mas serão, certamente, fortes candidatos na final de amanhã.

O K4 da Austrália, campeões Olímpicos de 1000m Homens pode contar com forte concorrência na final de amanhã com duas equipas da Hungria à mistura.

O campeão Olímpico de Londres 2012 em C1 200m Masculino, Yuriy Cheban (UKR) regressou em grande, na sua primeira aparição desde os Jogos, qualificando-se facilmente para a final da C1 500m Masculino.

Resultados completos AQUI.

ICF Report, 23/5/2014

As nossas seleções – artigo de opinião de Mário Santos

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Jornal A BOLA – 23/5/2014 – Sem link

Vivemos um enorme fervilhar de emoções com a convocatória da seleção nacional de futebol que vai competir no Campeonato do Mundo de futebol. É de relevar o facto da seleção ter conseguido garantir, com consistência, a presença na fase final do Campeonato da Europa e do Mundo. Feito, infelizmente, alcançado apenas esporadicamente pelas outras modalidades colectivas.

Tal dificuldade resultará de vários factores, mas não podemos olvidar a enorme competitividade e exigências ínsitas numa qualificação para uma fase final de um Campeonato do Mundo, especialmente em modalidades colectivas alicerçadas em campeonatos profissionais e com atletas profissionais, alavancadas em campeonatos competitivos em países com grande percentagens de prática desportiva regular.

Feita a devida salvaguarda. Nunca é demais alertar que esta é a nossa seleção de futebol, mas nós temos outras seleções cuja existência é quase obliterada pela opinião publica e olvidada pela comunicação social. Em muitas destas modalidades o factor publico é fundamental para alavancar a superação dos nossos atletas. Contudo o divórcio do publico com as nossas seleções tem sido significativo. Evidentemente que as razões poderão ser muitas, entre as quais um deficit de cultura desportiva num país essencialmente atento ao futebol.

Em 2013 realizou-se pela primeira vez em Portugal um Campeonato da Europa de Canoagem com a participação dos únicos lusos medalhados nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, no entanto a adesão de publico foi residual.

Mais recentemente, Portugal disputou uma fase de apuramento para o Campeonato da Europa de voleibol,porém também ai tivemos uma presença reduzida do publico que quase se equiparou á presença dos nossos adversários finlandeses.

Esperemos que os próximos eventos a decorrer em Portugal – como por exemplo o Campeonato da Europa de ténis de mesa – sejam um marco de viragem com a presença de publico pondo fim a este e divórcio reforçando sinais de uma cultura desportiva que gostamos de clamar mas poucos gostam de cuidar.

Mário SantosPresidente FPC 2004-2013 e chefe de missão JO Londres’2012