O presidente do COP assumiu a surpresa pelo abandono dos cargos dirigentes de Mário Santos, incluindo o de Chefe de Missão ao Rio’2016, realçando que a escolha de José Garcia permite uma dedicação em exclusivo ao projeto olímpico.
“O Dr. Mário Miguel Santos era o único presidente de federação olímpica que fez parte da minha lista e fê-lo no pressuposto de que assumiria a responsabilidade das diferentes chefias de missão durante os quatro anos e, particularmente, a dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Fizemo-lo tendo em atenção a experiência recolhida no exercício das funções e a forma positiva que avaliámos essa experiência”, recordou.
José Manuel Constantino recuperou ainda o momento da saída de Mário Santos, que anunciou, em outubro de 2013, o abandono da presidência da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), da vice-presidência do COP e, consequentemente, das chefias de missão.
“Depois, por razões, para nós inesperadas, apresentou a demissão do exercício de funções no COP e na FPC. Não foi possível alterar esse posicionamento, pese embora, por parte do COP, tudo tenha sido feito para alterar essa decisão e, portanto, teve de se encontrar uma solução, que foi o José Garcia, num quadro distinto do anterior”, recordou Constantino.
De acordo com o presidente do COP, José Garcia vai estar “em exclusividade a partir de setembro” e “terá funções muito além do que é a função tradicional do Chefe de Missão, atendendo que, em articulação com o Departamento de Alto Rendimento e Representação Desportiva, vai acompanhar toda a preparação”.
“Não vai ser alguém que toma contacto com a delegação apenas antes do embarque para os Jogos, já está a fazê-lo, mas em exclusividade a partir de setembro”, frisou.
Constantino mostrou-se satisfeito com a escolha do antigo canoísta, que foi o primeiro português a vencer uma medalha em Mundiais na modalidade, tendo também coadjuvado o seu antecessor na FPC e em Londres2012, nos quais teve sob sua alçada a coordenação da aldeia que juntava os atletas de remo e canoagem.
“Pensamos que foi uma boa escolha, atendendo ao seu perfil, ao conhecimento que tem como ex-atleta olímpico, treinador, dirigente à frente de missões em preparações internacional. Estamos satisfeitos com a escolha, oxalá tenha sorte e oxalá as coisas lhe corram bem, porque, correndo bem a ele, correm bem a Portugal”, rematou.