FERNANDO PIMENTA: “RECONHECIMENTO MERECIDO DO NOSSO TRABALHO”

Imagem

Inaugurada na quarta-feira a exposição “Desporto/Autarquias/Economia – a Canoagem como factor de desenvolvimento”, na Assembleia da República. Record falou com o atleta da modalidade Fernando Pimenta, que irá ter nesta mostra a medalha de prata que conquistou, juntamente com Emanuel Silva, nos Jogos Olímpicos de Londres’2012

 RECORD – Que importância tem a exposição sobre canoagem na Assembleia da República?

FERNANDO PIMENTA – É um reconhecimento merecido do nosso trabalho, dos nossos resultados. É, sem dúvida, um momento engrandecedor. A canoagem é, cada vez mais, um desporto que muito faz, com pouco. Fizemos grandes esforços para atingir os nossos resultados.

R – E estará patente na Sala dos Passos Perdidos da AR…

FP – Dá-nos uma enorme responsabilidade. Espero que por ser em Lisboa, haja uma grande adesão; ficaria feliz se as pessoas quisessem descobrir mais sobre esta modalidade, que procurem interessar-se neste desporto que tem tanto para dar a Portugal, que venham descobrir, por exemplo, a diferença entre a canoagem e o remo.

R – Acha que o sucesso alcançado contribui para o desenvolvimento de Ponte de Lima, de onde é natural?

FP – Sem dúvida. A canoagem em Ponte de Lima tem-se assumido como um grande “negócio”, é um desporto atrativo. As pessoas procuram-nos para se divertirem no rio. Além disso, temos também os centros de treino, como o do Nelo, na Aguieira, ou em Vila Nova de Mil Fontes, que são dos melhores sítios do Mundo para se praticar canoagem. São procurados pelas grandes potências da canoagem mundial, mas também por jovens e turistas. Só no ano passado receberam cerca de 13 mil visitantes, e isto contribui muito para a modalidade e economia local.

R – Há mais jovens a interessarem-se?

FP – Os nossos resultados enquanto dupla de representação no K2, não só nos JO, mas todo o trabalho desenvolvido, tem atraído muitos jovens. O que se assiste muito em Portugal é uma grande adesão ao futebol, e um desinteresse pelas outras modalidades mais “pequenas” e quase sem apoios.

R – Vai ter objetos seus na exposição?

FP – Estará o meu caiaque, a pagaia e a medalha de prata dos JO. São objetos quase de culto, pois a partir do momento da conquista foram preservados para exposição.

Jornal RECORD, 24/03/2014

CANOAGEM PORTUGUESA QUER MUNDIAIS DE PISTA E MARATONA 2018

Imagem

Federação portuguesa está a tentar trazer o Campeonato do Mundo de pista de 2018 para o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho e o de maratonas para Vila Verde.

A federação portuguesa de canoagem quer organizar os campeonatos do mundo de pista e maratonas em 2018, decisão que será tomada pela federação internacional (ICF) no próximo fim-de-semana em Lausana, na Suíça.

“É difícil ser atribuído ao mesmo país dois campeonatos do Mundo no mesmo ano, mas achamos que a ICF e a ECA (Associação Europeia de Canoagem) já conhecem a capacidade de organização de Portugal para grandes eventos internacionais. Temos a ambição de os receber”, assumiu Vítor Félix, um dia após Portugal garantir os Europeus de maratonas de 2017.

O presidente da federação revela que os mundiais de pista seriam no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, enquanto os de maratonas na vila de Prado, Vila Verde, onde decorreram os Europeus de 2013.

Vítor Félix destaca a “qualidade das organizações” internacionais de Portugal desde 2009, bem como o facto de Portugal ser “apetecível para o turismo, com baixo custo de hotéis e restaurantes”, como os principais trunfos das candidaturas.

O dirigente congratula-se pelo facto de a canoagem estar na “moda”, entendendo que cabe à modalidade – “não federação, mas clubes, atletas e todos os dirigentes”, conforme ressalvou – manter-se na ribalta.

Jornal O JOGO, 24/03/3014