Original Sportscene Paddle Sports. Canoístas olímpicos que mergulhem as mãos na água da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, antes de começar a correr nos Jogos Olímpicos de 2016 correm o risco de contrair doenças graves.
Essa, pelo menos, é a previsão de alguns observadores locais no Brasil, que temem que a poluição nas águas em torno de locais de desportos aquáticos no Rio não vai ser limpa a tempo para as competições olímpica daqui a dois anos.
Embora esteja em andamento uma limpeza e possam ser vistos três barcos de coleta de lixo limpando plástico e vários outros detritos de alguns dos cursos de água, os críticos afirmam que eles não fazem nada para combater a poluição invisível na forma de matérias fecais e outras falhas em matéria-esgoto que entra na água, graças à insuficiência dos meios de tratamento de água para mais de 6 milhões de habitantes do Rio de Janeiro.
De acordo com um relatório da agência de notícias Associated Press, em novembro, os testes do governo do estado do Rio de Janeiro feitos na última década, nos cursos de água de toda a cidade, mostram níveis de poluição fecal por coliformes muito acima dos considerados seguros pela legislação brasileira ou dos EUA.
Quase todas as praias da baía principal do Rio de Janeiro foram abandonados por banhistas. Especialistas em saúde alertam para os riscos para os atletas que entram em contacto com a água.
As autoridades estão se concentrando em lixo flutuante, que é visível. Está em curso um investimento de 840 milhões de dólares no sistema de tratamento de esgoto do Rio -, mas actualmente apenas 30% do esgoto da cidade é tratado. O resto flui para rios, a baía e as lagoas locais.
Um biólogo e ambientalista local, Mario Moscatelli, descreveu as medidas como “muito pouco, muito tarde “ , comparando a situação a um paciente que necessita de quimioterapia , em vez de medicamentos paliativos.
“A coleta manual é óptima para fotos”, disse ele sobre os barcos agora pegando lixo “, mas nem sequer começa por abordar a raiz do problema. “
Os problemas financeiros do bilionário brasileiro Eike Batista, que financiou com sucesso as candidaturas do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo e cujo império de negócios implodiu no ano passado, têm apenas agravado a situação.
Ele começou um projecto em 2008 para limpar uma grande lagoa na cidade, dizendo que estaria nadando nela quando o projecto terminasse. Infelizmente, o projecto estava apenas meio- concluído quando ele começou a ficar sem dinheiro.
Ele comprometeu-se a dragá-la e isolar do esgoto – mas há hoje menos peixe do que nunca e alguns dizem que a dragagem perturbou o habitat. A limpeza completa, de acordo com a Reuters, exigiria a construção de aquedutos subterrâneos para transportar mais água do mar para a lagoa. Isso não deve acontecer agora – e um engenheiro envolvido no projecto, Paulo Rosman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro diz: “Não vai demorar muito para que a lagoa esteja suja de novo.”
noticias canoagem 