RUI FERNANDES NO BRASIL É “PROVA DA QUALIDADE” DA CANOAGEM PORTUGUESA

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Foto Cláudia Matos

Visão, 17 dez (Lusa) — A contratação do técnico Rui Fernandes para liderar os caiaques masculinos brasileiros no Rio2016 é encarado pela Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) como “a prova da qualidade” do trabalho feito no país na última década.

“A canoagem portuguesa afirma-se cada vez mais como potência internacional. Não são só os nossos atletas vistos com outros olhos, mas também os nossos técnicos a ser cobiçados por outros países. Não é a primeira vez que tentaram levar Ryszard Hoppe (selecionador) e Rui Fernandes. Desta vez, os valores não estão ao alcance da FPC, limitada quanto aos recursos financeiros. Não pudemos acompanhar o valor”, lamenta Vítor Félix.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da FPC assume a “perda enorme para a equipa técnica nacional“, mas revela que estava ao corrente do convite, que tem plano alternativo e que a opção do Brasil é um “elogio” à canoagem portuguesa.

RUI FERNANDES DEIXA SELECÇÃO PORTUGUESA PARA TREINAR BRASIL PARA O RIO2016

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Rui Fernandes – Foto canoagem.org.br

O antigo atleta olímpico (Barcelona1992 e Atlanta1996) e ex-treinador do CN Prado foi o técnico escolhido pela Confederação Brasileira de Canoagem (presidida por João Tomasini, também “vice” da federação internacional), para liderar a equipa de caiaques que deseja ver brilhar nos Jogos Olímpicos.

A primeira experiência de Rui Fernandes como selecionador empobrece a equipa de Portugal e constitui o primeiro desafio para a nova direção da federação, agora liderada por Vítor Félix.

Rui Fernandes tem 42 anos e é licenciado em desporto pela Universidade de Coimbra e vai trabalhar em São Paulo, no centro de estágio da seleção “canarinha”.

Foi ainda o responsável pelo projeto da residência universitária da FP Canoagem, em Montemor-o-Velho, vivendo na mesma desde 2007.

Juntamente com Ryszard Hoppe, Rui Fernandes foi responsável por cerca de meia centena das 76 medalhas em Europeus e Mundiais que a canoagem conquistou (em pista e maratonas) nos nove anos da direção presidida por Mário Santos, que recentemente abandonou funções por motivos “pessoais e profissionais”.

RTPNoticias e Jornal Expresso