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O novo presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) já manifestou abertura para promover os regressos de Fernando Pimenta e Teresa Portela à Seleção Nacional, atletas que neste ano ficaram fora de alguns importantes acontecimentos, como Campeonatos do Mundo, por discordarem das ideias preconizadas pela direção e equipa técnica.
Agora, são os canoístas que têm de mostrar se estão ou não dispostos a dialogar para que a reintegração seja uma realidade o mais rapidamente possível. “É verdade que o novo presidente já falou comigo. O que posso dizer neste momento e o que sempre disse, que gostava de voltar à Seleção. Trabalho todos os dias – aliás, nunca deixei de o fazer – para voltar a representar o meu país. Mais dia menos dia, estarei de volta”, confessou Fernando Pimenta que, em 2012, juntamente com Emanuel Silva (K2 1.000 m), deu a Portugal a única medalha olímpica (prata) em Londres.
A disponibilidade de Fernando Pimenta para o diálogo é pois total, mas o canoísta de Ponte de Lima faz questão de manter intacto o seu objetivo que é vingar no K1, afinal a embarcação da discórdia e que levou à rutura com a FPC. “Se estou disponível para desistir do K1? Não posso abdicar do meu sonho. Se isso um dia acontecer, será muito mau. Já abdico de muita coisa para poder concretizar esse sonho”, esclarece Fernando Pimenta.
Porta aberta. O vice-campeão olímpico, contudo, não fecha a porta a outras embarcações, nem mesmo manter o K2 com Emanuel Silva, o seu parceiro na prata em Londres’2012. “Vai depender de muita coisa, entre elas o sistema competitivo e os horários das provas.” E conciliar o K1 com o K4? “Não serei eu a decidir, mas sim a Federação. Mas esta sempre pode investir noutro atleta para o K4 – pois há muitos que espreitam também uma oportunidade – e mais em mim para o K1. Não fecho a porta a qualquer embarcação, mas mantenho o meu sonho de vingar em K1.”
Diálogo
Seja como for, Pimenta não quer manter qualquer braço de ferro, defendendo o diálogo. “Vai haver, certamente, oportunidade para falarmos todos, atletas, dirigente, técnicos, e nessa altura ficaremos a saber qual é o novo modelo para o alto rendimento, quais os critérios de seleção, quais os objetivos.” O novo modelo que Vítor Félix quer implementar passa, entre outras coisas, por dar mais liberdade quanto à escolha do treinador. “É benéfico, pois o atleta sente-se mais motivado e isso é um facto extra para melhores resultados.”
Colecionador de medalhas
Desde 2005 que Fernando Pimenta coleciona medalhas. Já são mais de uma trintena e muitas delas conseguidas no K1, a sua disciplina de eleição, aquela em que agora quer chegar ao Rio de Janeiro’2016. Neste ano, o canoísta do CN de Ponte de Lima conquistou duas de ouro nesta embarcação, nas Universíadas, e uma de prata, no Campeonato da Europa. E foi em 2007, ainda júnior, que o vice-campeão olímpico obteve as primeiras em K1, nada mais do que quatro: três de prata e uma de ouro. Mas o ponto alto da sua carreira foi em K2, com a conquista da prata em Londres’2012 com Emanuel Silva.
Jornal Record